Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Vampiro Sozinho na Escuridão: O Senhor das Moscas... Antes de Tudo.

Noite em Saint Augustine, Flórida.

Brisa envolvente de uma noite prometida...


A Lilitu Hellen Roja - popularmente conhecida nestes tempos, e dentre os seus mais íntimos, como "A Roxy" -, desperta em seu aparente e seguro refúgio, situado na área nova da cidade, após pouco mais de doze horas de sono ininterrupto.

Ilustração de Autoria Desconhecida.
Hellen Roja "A Roxy",
Vampira da Casta Lilitu
Já faz algum tempo que a noturna senhorita Roja se apoderou indiretamente das dependências deste suntuoso apartamento duplex disposto no vigésimo segundo andar de um prédio bem localizado e conceituado nesta área da cidade, uma vez que, fez de seu proprietário, o jovem Ethel Liddane, um de servo.

No início a relação entre Hellen e o jovem Ethel, nada mais era do que uma espécie de “consumação corpórea”, pura e simplesmente: dele o saciar do ego e dos hormônios, e dela o saciar de sua libido e da besta vampírica. Contudo, com a passagem do tempo (semanas), ela percebeu nele potencial para alçar seu subserviente libertino à uma condição além de casual amante e escravo sexual, fazendo dele um servo – uma criatura fadada aos anseios e a sorte última de um abraço funesto pelas garras e lábios de sua imortal dominatrix.

O fato é que Hellen acordou predisposta a viver mais uma noite de deleites e caça, e sobretudo, a alimentar-se de outros, não somente de seu cativo servo Ethel, que possivelmente nesta dia não a satisfaria em plenitude - algo que em dias já lhe estava a incomodando em função de seu alto grau de devassidão.

Após despertar, Hellen vagarosamente se pôs a deslizar sobre a cama até colocar os pés sobre o frio assoalho, mas já presumindo o futuro voluptuoso que se seguiria minutos mais tarde, e que em resumo, seria o retorno ao leito do corpo dos dois amantes – ela e seu servo -, para que houvesse um desfecho do consumo de seus corpos pelo ato libidinoso, e o devido encaminhamento de Ethel aos braços de um merecido descanso pós exaustão sexual do amante mortal na tentativa falha de suprir os anseios de sua incansável e impetuosa amante.

A vampira desnuda seguiu caminhante, senão, quase que flutuante pela delicadeza silenciosa de seu passear, em meio a penumbra do quarto em direção a luminosidade do cômodo adjacente – o banheiro -, de onde podia se ouvir o som de uma música de fluidez harmônica, vibrante e envolvente a tocar pela acústica proposta provida ao ambiente, e também, o som da água corrente que fluía incessantemente do chuveiro no box... Era Ethel, seu servo e amante que se banhava com zelo em um trejeitos claramente narcisista – sem sombra de dúvidas, um aspecto do qual Ela sempre apreciou em seus amantes, em vida e na pós vida. Por alguns minutos, Hellen se pôs a admirar o jovem Liddane, estando ela parcialmente abraçada a uma das entradas de acesso ao banheiro, a mordiscar com suavidade os lábios, enquanto o flertava em detalhes, e que aparentemente ele não teria a percebido por se encontrar de costas, imbuído pelo acumulo de sons que preenchiam o espaço, e distraído em seus afazeres benfazejos.

Ilustração de R.M. Archer.
Ethel Liddane,
Servo da Lilitu Hellen Roja.
Como a ducha do chuveiro era quente, o box ao qual Ethel se banhava estava excessivamente enfumaçado de maneira tal que seria pouco provável que o mesmo percebesse a aproximação de alguém do lado de fora; assim como os sons da melodia no espaço somado ao da queda d’água, faziam de todos os elementos supracitados, fatores que colaborariam para que o servo não percebesse a sua predadora e fosse assim facilmente emboscado, ainda que este humano fosse um servo, e assim, sem delongas isso de sucederia... Pois, dada as circunstancias, o jovem servo não conseguiu percebê-la, e a sua impudica dominadora o surpreendeu pelas costas em um forte abraço, contraindo o seu pequeno corpo contra o corpanzil dele, correndo com avidez as suas mãos, narina, lábios e língua. Desta forma, Hellen se aproveitou de seu servo tempo o suficiente, e com o prazer que lhe era quisto, para iniciar algo no banheiro e finalizar sobre a cama, no intuito de adormecê-lo por horas afinco, e com isso seguir por demais horas em sua aleatória caçada noturna pela cidade.

Com o seu amante desacordado em seu leito, Hellen pegou o carro “emprestado” na garagem para seguir em sua intencionada empreitada noturna



Em um beco qualquer parcialmente envolto de sombras...


Hiroshi "John" Saito, um vampiro da Casta Gaki, transita silenciosamente e cauteloso, distante das vistas dos demais transeuntes, e encoberto pelas sombras de muitas vielas formadas pelos prédios desgastados, e aos quais ele se familiarizou com o passar do tempo. Pois, assim são os subúrbios das cidades norte americanas, ou possivelmente de todas elas pelo mundo à fora, sejam velhas ou novas, segundo a sua percepção. Não totalmente absorto em seus pensamentos para não se distrair, Saito caminha furtivo, encoberto pelo propício manto de sombras que toma como recurso natural, afim de garantir que aos menos capazes que cogitarem ter a impressão de tê-lo visto, duvidem quanto a veracidade do observado, e sigam seus caminhos, geralmente, em passos vagarosos como fazem os alheios, ou apressados, aqueles que temem pelas suas vidas e pertences.

O vampiro da casta de descendencia oriental, mudou-se há cerca de cinco meses para a cidade de Saint Augustine, especificamente, para um antigo bairro composto em sua maioria por uma população de origem também oriental (japoneses). e neste local tem levado uma vida essencialmente reclusa, por hora sem muitas ambições além de se manter a salvo, bem alimentado e seguro.

Ilustração de Oren Miller.
Hiroshi “John” Saito,
Vampiro da Casta Gaki
Atualmente, Saito reside no andar subterrâneo de um prédio que integra um modesto conjunto habitacional formado por algumas dezenas de edifícios de mesmo padrão. Tal empreendimento é um projeto de décadas atrás firmado em parceria entre os governos dos Estados Unidos e o Japonês. Os prédios em sua maioria hoje já não são habitados somente por descendentes nipônicos, pois, muitos que ali residiram inicialmente por concessão dos governos fiadores, ou passaram para frente a titularidade do patrimônio, ou retornaram para o Japão, e a realidade do momento implícita é que existem mais vietnamitas, sul-coreanos, chineses e latinos (sobretudo, mexicanos e brasileiros), seja na condição de proprietário ou inquilino. Enfim, de vista, e sem deveras empatia, ele conhece muitos de seus vizinhos em seu prédio e nas mediações adjacentes, mais como uma forma de se precaver, mas com certeza, muito deles nem sabem se ele existe ou é real. 

O motivo pela adoção de uma vida mais reclusa, enquanto residente de Saint Augustine, deve-se por um fato em específico ocorrido meses atrás em sua chegada... Quando na cidade anterior em que residiu por quase cinco anos, Richmond (Virgínia), o mesmo se viu envolvido em uma trama que culminou no homicídio de seus dois servos (Klein Tristan Mitchell e Ae Young Moon) e um ancião da Casta Vyrolakos, ambos assassinados por vampiros, e com o suporte de caçadores, e que por vez, desencadeou em uma batalha sangrenta entre duas legiões de Castas ditintas (Lilitus x Vyrolakos), e a Saito foi atribuído de maneira arbitrária o julgo de “assassino”, sem a menor chance de contra argumentar em autodefesa.

Quando o Gaki chegou na cidade de Saint Augustine – meses atrás -, logo tomou conhecimento sobre a existência do antigo bairro e das características peculiares dos populares da região e que poderiam lhe aferir alguma sutil empatia, e o que de fato ocorreu. Sendo assim, ele logo chamou por um táxi para que o levasse até o lugar, afim de encontrar o mais breve possível um refúgio para se estabelecer ao longo do dia, visto a proximidade do amanhecer. E foi ainda nesta infortuna madrugada que Saito conheceu o Adze Tobias Iwealla “Tob”.



Transitando em velocidade moderada pelas avenidas, e a procura de...


Ainda percorrendo a área nova da cidade – isso por volta de umas 22:00 -, no intuito de encontrar alguma presa aleatória pelas mediações, o celular da Hellen toca, e o telefone que chama não é de alguém conhecido, mas mesmo assim ela resolve atender em função da insistência: 

- Olá Lilitu amiguinha do Adze Tob... Você não me conhece, e eu tão pouco a você, mas temos este “amigo” em comum, e como fora noites atrás bem referenciada pelo mesmo, resolvi por bem convidá-la para integrar um grupo de trabalho em uma pequena operação para desbancar a ação de uma legião afrontosa que atenta contra a paz de nossa cidade, e isso incluí a sua tranquila vida libertina e a dos seus irmãos de casta. E, antes que me pergunte, o Sr. Iwealla também integrará o grupo. O que me diz sobre? Posso contar contigo em nossa frente de trabalho? – A voz era metódica e endossada de um leve sarcasmo.

Desenho por Bruno Sather
Tobias Iwella "Tob"
Vampiro da Casta Adze
Hellen pensa por um breve momento, mas antes de firmar este compromisso para com esse estranho interlocutor, ela reflete rapidamente sobre o conhecido Adze Tobias Iwealla “Tob”, e o quão este último foi significativo noites atrás quando perambulava errante como uma criatura da noite recém chegada a cidade de Saint Augustine... “Por esse Adze em especifico vale pagar a moeda de favor que lhe devo... bem mais importante, que o tribuno de minha casta por essas redondezas”. Por fim, ela se manifesta:

- Ok, aceito a oportunidade de empatar a foda dos outros. – Assim, Hellen firmou com o seu misterioso contratante.

- A princípio conseguimos identificar sete servos que adentraram a nossa cidade, e que aqui residem, ou estão em constante idas e vindas, para manter seus senhores avisados, portanto, quanto a estes visitantes precisamos com brevidade liquida-los, e, consequentemente, transmitir um recado claro aos invasores, além de encerrar essa comunicação. – O sarcasmo de outrora de seu interlocutor sumiu para tomar um tom mais ríspido. – Em alguns minutos devo-lhe retornar o contato para definir um ponto de partida inicial para não mais tempo.

Tão repentino o estranho que entrou em contato com Hellen Roja, ligou, do mesmo modo encerrou.

Agora em seus pensamentos e lembranças, a vampira Lilitu reflete o dia em que conheceu o Adze Tobias Iwealla “Tob”, e como isso lhe foi suficiente capaz neste momento aceitar ingressar em algo nebuloso e desconhecido, sobretudo, sugerido por um contratante tão igual quanto o ofertado, e pelo simples mencionar do nome do “amigo” da casta Adze, e o seu envolvimento no trabalho.

"Havia chegado recentemente na cidade de Saint Augustine - não mais que duas semanas ao certo -, e a minha companhia era a serva, Violla Santinni, uma ex-policial exonerada da corporação por má conduta, que ganhava a vida como investigadora particular, e era tão voraz sexualmente quanto a mim. Foi ela quem me convenceu a residir nesta cidade, e sair de Nova York... E antes não houvesse saído se soubesse que o preço deste esforço para salvar as nossas peles de uma Legião de Ghuls seria a morte de Santinni neste lugar. E foi em uma fatídica noite de transitar aleatório para conhecer a vida noturna de alguns lugares da região, e emboscar presas para se alimentar, que eu e Violla fomos cercadas por um grupo de Caçadores de Vampiros. Não vou esquecer nunca do gesto caridoso e empático de minha companheira para com uma moradora de rua cega digna de pena que aparentava ter sido acometida por algum grande problema... uma sutil armadilha, claro. Poderia ter sido finalizada ali naquele momento com a minha amante se não fosse a intervenção do Adze Tobias Iwealla “Tob”. Juntos, eu e Tob, conseguimos liquidar e afugentar alguns caçadores, mas a minha amante teve de ser levada as pressas para um Pronto Socorro para receber os devidos cuidados médicos, pois, havia perdido muito sangue e estava perdendo a consciência em função das balas que a alvejaram. No Hospital, eu fiquei sabendo na noite posterior que Santinni havia perdido muito sangue e que havia chegado no lugar entre a vida e a morte, com possibilidades mínimas de sobrevida, e que o máximo que poderia ser feito por ela seria sedá-la e coloca-la em coma induzido até que se recuperasse. Semanas se passaram desde o incidente, e com ela a minha angustia e incertezas quanto ao destino de minha amante só aumentavam, sobretudo, vislumbrando diariamente o seu corpo definhar. E foi em um dado momento destes, que Iwealla reapareceu para me dizer que no início da noite que Violla havia tido uma parada cardíaca logo pela manhã, e que se eu ainda tinha desejo em relação a se vingar, pois, ele havia descoberto onde um dos caçadores sobreviventes se encontrava.  Não hesitei em aceitar a oferta do Adze em cumprir a vingança, mas que estava disposta a fazê-la sozinha, sem qualquer intervenção. Nós fomos ao encalço do caçador sobrevivente, e lá descobrimos que ele não estava só, tinha a companhia de mais dois novatos, dos quais destinei estes últimos a fazer o que bem entendesse Tob, enquanto eu me saciaria do maldito caçador que parcialmente abateu a minha amante Santinni".



Fim de noite, e mais sangue há de ser derramado.


Por meio de um servo de terceiros, o Adze Tobias Iwealla foi informado e incumbido de seguir o Gaki Hiroshi Saito, uma vez que, o ocorrido na cidade de Richmond já havia sido disseminado em conversas truncadas entre alguns desmortos, e posto em alerta pontuais grupos de vampiros do leste do país. O fato é que, neste momento, a cabeça de Saito já se encontrava à prêmio, e se tornará uma moeda de troca em potencial, mas não para Tobias, a priori.

Ilustração de Jasper Sandner.
José Tess Sellon,
Veterano Caçador de Vampiros.
Na furtiva perseguição executada por Tobias Iwealla ao Gaki recém chegado a Santi Agustine, o primeiro não percebeu sendo perseguido por um grupo de cinco caçadores, dentre eles um conhecido, e renomado algoz do sobrenatural, que possivelmente liderava e coordenava a ação dos demais envolvidos, um chileno chamado José Tiess Sellon. Por fim o vampiro da casta Adze foi cercado por seus captores, contudo, sem saber da presença do mesmo, o Gaki identificou a movimentação suspeita de alguns humanos ao seu redor, e que se revelaram caçadores em seus trejeitos.

- Se Você não quiser cair aqui também, considere me ajudar! – Essas foram as palavras ditas entre os dentes por Tobias diretamente a Hiroshi em uma breve troca de olhares. O oriental tentou se afastar a passos largos de toda a situação, mas a imperceptível comunicação foi entendida pelo veterano caçador Sellon. Saito o fitou Adze de cima a baixo, e em uma notória percepção de que mais uma vez fora envolvido em algo além do aguardado, ele acatou.

E, logo iria amanhecer.

Em um confronto nos becos, Saito e Iwealla conseguiram liquidar quatro de seus caçadores liderados por Sellon, contudo, somente conseguiram deixar o caçador chileno gravemente ferido, pois, logo mais tarde (em minutos!), os destroços e corpos de caçadores foram recolhidos, antes mesmo da polícia chegar para atender a denúncia local de um possível conflito entre grupos criminosos.

Posteriormente, o Adze Tobias Iwealla “Tob” veio a saber que o caçador chileno havia ficado com uma das vistas comprometida, além da movimentação de um dos braços, e que isso de alguma forma fora o passaporte de volta para qualquer outro lugar além de Saint Augustine.

Em função do abrupto amanhecer, e com a intensão clara de se manterem vivos, sobretudo, sem tempo para quaisquer questionamentos -, Tobias ajuda Hiroshi a obterem um lugar para ambos se refugiarem, e dada as circunstâncias, o oriental recém chegado não discute e muito menos dispensa o suporte do desmorto, que a essa altura da história compreendia ele estar o seguindo. Contudo, ao despertar no dia seguinte, Saito não encontrou Tobias, mas este último deixou no local o celular.

Neste aparelho largado pelo Adze havia uma série de mensagens trocadas com diversos interlocutores desconhecidos - salvo o Senhor Tobias -, mas que fora suficiente para Hiroshi compreender o quão negativo o assassínio daquele desconhecido ancião ocorrido no estado da Virgínia havia o colocado em uma situação perigosa dentre os desmortos... Independente disto, da parte de Tob, havia um recado para ele conciso de gratidão, para se manter vivo, e para todos os fins, de que ele havia sido destruído pelos caçadores na noite anterior.

Vampiro Sozinho na Escuridão: O Senhor das Moscas... Introdução


O SENHOR DAS MOSCAS

Uma de tantas fábulas soturnas de desmortos em Saint Augustine.



Após três fatídicas tentativas com o jogo desenvolvido pelo Mestre Jefferson Pimentel, o Vampiro Sozinho na Escuridão, lançado por ele e a New Order Editora - essa última, também dos amigos de longa data, Anésio e Manjuba -, sai o desfecho da minha pequena narrativa montada com base no material playtest, denominado “O Senhor das Moscas”.


A premissa da aventura O Senhor das Moscas


Ilustração por Bruno Sathler
Capa da Aventura Playtest do jogo Vampiro Sozinho na Escuridão.

Tobias Iwealla, também conhecido por Tob, é um dos vampiros da Casta Adze que vive na cidade de Saint Augustine. Se abrigando em um gigantesco galpão do Centro Industrial da cidade, costuma viver alheio ao fervor da cidade, ciente da maldição de doença e peste que carrega graças a seu demônio das sombras.

Hellen Roja “A Roxy” da Casta Lilitu e Hiroshi "John" Saito da Casta Gaki conheceram Tob há alguns meses atrás, e em circunstancias distintas, contudo, nas quais tiveram problemas com alguns desmortos na área dominada por cada um deles, e que de alguma forma propiciaram essa desagradável conexão. Enfim, graças o envolvimento dos mesmos na resolução deste problema em comum, eles conseguiram vencer os malditos e, depois daquele dia, tornaram-se algo próximo da definição de “amigo” que criaturas como eles poderiam manter.

Isto justifica porque neste momento a Lilitu e o Gaki seguem na direção da morada do Adze em alta velocidade, após receber da parte deste último uma ligação nervosa dizendo que um grupo de caçadores de vampiros estava a sua espreita. E, Tob desligou subitamente em meio a tiros, do qual Hellen e Hiroshi tem a certeza de que o amigo não entraria em contato se o risco não fosse alto.

Chegando ao local o mais rápido que puderam, bem a tempo de escutar os tiros e gritos que precederam a imensa nuvem de moscas que explodiu do refúgio de Tob, tornando ainda mais negra aquela noite escura.

A Lilitu e o Gaki souberam naquela hora que aquela manifestação incontrolável do poder de Tob só poderia significar uma coisa:  O demônio do amigo havia tomado conta do corpo. E se nada for feito, com certeza as moscas espalharam doença pela região, atraindo todo tipo de problema possível! Portanto, não podemos fugir dali e deixa-lo naquela situação...


O Livro Vampiro Sozinho na Escuridão


Ilustração de Bruno Sathler.
Capa do livro Vampiro Sozinho na Escuridão.

Compre o jogo, caso ainda não tenha, e menos ainda tenha preconceito em relação a jogar RPG sozinho, pois, é diversão garantida, sobretudo, neste período de quarentena!

Nota 1: Existe um grupo gigante em qualidade de pessoas envolvidas e materiais desenvolvidos para essa modalidade de se divertir, que é o rpg solo. Portanto, seguem links de interesse:
Página do Grupo no Facebook do RPG SOLO: https://www.facebook.com/groups/187588152056870/?ref=bookmarks
Um dos melhores anfitriões para tratar o estilo de se jogar RPG sozinho, Tarcísio Lucas: https://www.youtube.com/channel/UCNUxQq9cc9zewoLPW_1Ar1g

Nota 2: Adquira o seu exemplar do Vampiro Sozinho na Escuridão por meio da loja virtual da New Order Editora, e valorize o hobby, os seus autores e as editoras envolvidas! Segue o Link abaixo:

sábado, 28 de março de 2020

Hard Rock 80s Batlle, Uma Fábula Glam Metal

Para um entendimento simples, perceba a narrativa disposta abaixo como uma obra ficcional fantástica tendo como referência algumas das muitas bandas que edificaram em partes a compreensão musical do autor - Geovane "Dionísio" -, por isso grato a Amir Ribemboim Bliacheris pelo jogo Desafio Musical, assim como as dicas de caras como o Tio Nitro e o Tarcísio Lucas, por meio de seus repectivos canais do YouTube, páginas da rede social Facebook e Blogs. O jogo mencionado aqui se encontra disponível no grupo da rede social do Facebook Solo RPG, e também na página do RPG Solo Brasil (https://rpgsolobrasil.blogspot.com/2020/03/jogo-desafio-musical.html).


HARD ROCK 80S BATTLE
A fábula de uma batalha entre as bandas e os sucessos de uma geração.


Califórnia, 1989...

No término do ano passado, especificamente em novembro de 1988, quatro bandas donas de canções que se tornaram mundialmente conhecidas pelo público, e também se sagraram expoentes dos estilos musicais Hard Rock, Glan Metal e AOR desta década de 80, foram convidadas a participarem de um pequeno festival que tinha como intuito ser algo ímpar e grandioso na história de todos os eventos do gênero já concebidos, denominado HARD ROCK 80S BATTLE, algo que teria a pretensão de eleger uma canção que representasse o  hit de uma geração, uma vez que, o mesmo teria grandiosa projeção, o patrocínio de famigeradas empresas da área de sonorização e de instrumentação musical, inclusive a promoção publicitaria por meio da MTV, e, por fim, e não menos importante, uma considerável premiação, no valor de 350 mil dólares e a produção de um clipe no valor total de até R$ 50 mil dólares. Enfim, dada às condições que envolviam a possibilidade de projeções estratosféricas, a disponibilidade de “recursos ilimitados”, e uma significativa premiação financeira, todas as bandas consentiram em participar do mesmo.

Contudo, vale pontuar que não foi algo tão simples para todas as bandas consentirem a participação no evento supracitado, e, ainda mais, para os empresários das mesmas, endossarem essa concordância, visto que o grupo idealizador, o Ophiuchi System, até então não detinha aparente renome dentre o circuito convencional de festivais/shows. A princípio foram relutantes a adesão ao cast as bandas Poison e Ratt, e, somente. De fato, foi um sofrível exercício de paciência e negociação para os organizadores do evento.  Mas, que por fim, dois aspectos pesaram de forma crucial para a tomada de decisão: o nome das famigeradas empresas de suporte técnico e a premiação glamorosa.


SELEÇÃO DE MELHOR CANÇÃO DE BATALHA
As bandas coube selecionar a música de dentre as suas obras como hino de enfretamento


O evento consistia em três etapas:

1.ª Etapa: A seleção de uma canção dentre quatro do set list predefinido pela própria banda, e que deveria ser mediada pelos critérios de Melhor Letra, Melhor Desempenho Instrumental (inclusive vocal), e Melhor Vibração do Público (Vibe), e definida pelos integrantes da banda, e a sua assessoria empresarial, não mais. Os ensaios poderiam ser acompanhados por um público seleto, e predefinido pela banda e seus envolvidos, a fim de conceber suporte na avaliação de alguns aspectos, sobretudo, de vibração (Vibe).

 2.ª Etapa: Semifinal, seria a disputa entre duplas das canções finalistas na etapa anterior, e que seria mediada também pelos mesmos critérios anteriores de Melhor Letra, Melhor Desempenho Instrumental (inclusive vocal), e Melhor Vibração do Público (Vibe), E essa avaliação seria executada por uma equipe de jurados indicada pelos principais organizadores do evento: a Ophiuchi System, a MTV, a Marshall, a Fender, a Gibson, a Ludwig, a Tama e a Pollygram, além de contemplar a participação de uma plateia real presente no mesmo cenário onde a banda estaria se apresentando, ou que estivesse assistindo ou ouvindo por meio da transmissão simultânea via rádio e televisão para milhares de lugares pelo mundo, e com a possibilidade de participação via canais telefônicos.

3.ª Etapa: Final, seria a disputa entre as duas canções finalistas definidas na disputa anterior – a semifinal -, e que seria mediada também pelos mesmos critérios anteriores de Melhor Letra, Melhor Desempenho Instrumental (inclusive vocal), e Melhor Vibração do Público (Vibe), porém, também neste momento, assim como na etapa anterior, essa avaliação seria executada por uma equipe de jurados indicada pelos principais organizadores do evento: a Ophiuchi System, a MTV, a Marshall, a Fender, a Gibson, a Ludwig, a Tama e a Pollygram, além de contemplar a participação de uma plateia real presente no mesmo cenário onde a banda estaria se apresentando, ou que estivesse assistindo ou ouvindo por meio da transmissão simultânea via rádio e televisão para milhares de lugares pelo mundo, e com a possibilidade de participação via canais telefônicos.


DEF LEPPARD
Em Histeria a Inglesa Clama


DEF LEPPARD, banda inglesa formada na cidade de Sheffield nos idos de 1977, era composta por Joe Elliott nos vocais, Phil Collen e Steve Clark nas guitarras, Rick Savage no baixo e Rick Allen na bateria. Ela aceitou prontamente a participação no referido evento a ser localizado em solo estadunidense, pois, fora muito conveniente para a continuidade da turnê do álbum Hysteria – um trabalho muito bem aceito e bem criticado mundialmente -, e que fora relançado anos atrás (1987) pela Mercury Records nos Estados Unidos, por sinal, a mesma gravadora do primeiro e segundo trabalho da banda Cinderella. 

This is Def Leppard!
A Def Leppard era a única banda de fora dos Estados Unidos neste evento de competição musical, cujos organizadores do mesmo desde o início asseguraram que não fora algo intencional, e que até havia a pretensão de se trazerem mais bandas para compor o cast, sobretudo, da Europa, contudo, financeiramente, e por questões de agendas, tornou-se algo impossível. Sendo assim, a Def Leppard se apresentou não somente como uma banda de referência Inglesa, mas de todo um continente - o velho continente.

Para o evento a banda se preparou com as seguintes composições para compor o seu enxuto set list de enfrentamento: a 1. Love Bites (álbum Hysteria, 1987), a 2. Hysteria (álbum Hysteria, 1987), a 3. Pour Some Sugar On Me (álbum Hysteria, 1987), e a 4. Photograph (álbum Pyromania, 1983).

Embora a banda acreditasse muito no potencial de 4. Photograph, algo que ela até cativou no Critério Vibe realizado ao longo dos ensaios em estúdio com o público limitado, e antes também percebido na atmosfera dos shows passados, isso infelizmente não se concretizou. Em termos de Critério Letra a música 1. Love Bites tivesse sido melhor, ela demonstrou uma vibração (Vibe) mediana perante o público. E considerando todos os pontos, a banda fez opção pela 3. Pour Some Sugar On Me para seguir a frente na batalha, pois, em suma, foi aquela que apresentou nos aspectos Instrumental e Vibe algo bem mais promissor que as demais do set list, devidamente ensaiadas.

LEGENDA
Jogo: Desafio Musical
Ambientação: Hard Rock 80s Battle
1.ª Etapa: Triagem dentre as Músicas do Set List da banda Def Leppard (PC)
Imagem do jogo que remete a construção deste trecho da narrativa.


RATT
Rodada e Rodada para Muito Além da Adega




RATT, banda estadunidense formada na cidade de San Diego, Califórnia, nos idos de 1976, e composta por: Stephen Pearcy nos vocais, Warren DeMartini (guitarra), Carlos Cavazo (guitarra), Juan Croucier (baixo), e Jimmy DeGrasso (bateria).

This is Ratt!
Pois bem, a banda a princípio tardou em conceber o aceito ao convite de participação no evento, pois, a Ratt ainda se encontrava em turnê, com uma série de shows confirmados em diversas cidades nos Estados Unidos, e com os membros eufóricos para alcançar a marca de vendas de meia milha (e milhão) do disco Reach for the Sky – ou seja, mais um disco de platina para emoldurar o altar das conquistas -, e que foi lançado em 1988 pela Atlantic Records... Sim, ela estava muito próxima da conquista, e, possivelmente está participação no evento do “tipo desconhecido, mas com bala na agulha” fora algo sugestionado pelo empresariado, o pessoal de backstage, e a própria gravadora.


Por força maior, desculpe-nos o contratempo fãs da Banda Ratt, no momento, shows cancelados, e remarcados para logo mais!

Enfim, concedido o aceite, a Ratt não quis apostar com rits ainda pouco conhecidos do público em relação ao novo trabalho, uma vez que, acreditaram que os seus conhecidos concorrentes também não pegariam leve na composição de seus set lists de afrontamento. Para tanto, a banda de Stephen Pearcy optou por 1. Round and Round (álbum Out of the Cellar, 1984), a 2. Back for More (álbum Out of the Cellar, 1984), a 3. You're in Love (álbum Invasion of Your Privacy, 1985), e a 4. It Doesn't Matter (álbum Dancing Undercover, 1986).

No início a banda creditou boas expectativas na 1. Round and Round, mas infelizmente, o desempenho desta ficou muito a desejar próximo da 2. Back for More e a 4. It Doesn't Matter, tendo essas últimas que passarem por uma nova triagem pelos integrantes, uma vez que, haviam empatadas no Critério Vibe – sim, mesmo o público restrito e selecionado para os ensaios, acabou por propiciar uma dúvida. Por fim, decidiram em se doar para 2. Back for More, que resultou na entrega de um Instrumental e uma Vibração mais apreciável, e digna de seguir na batalha na condição de hino desse aguerrido grupo californiano.

LEGENDA
Jogo: Desafio Musical
Ambientação: Hard Rock 80s Battle
1.ª Etapa: Triagem dentre as Músicas do Set List da banda Ratt (PC)
Imagem do jogo que remete a construção deste trecho da narrativa disposto acima.


POISON
Pois toda Rosa tem o Seu Espinho



POISON, banda também estadunidense formada no ano de 1982, em Los Angeles, Califórnia, e composta por Bret Michaels Sychak nos vocais e guitarra, Rikki Rockett na Bateria, C.C. DeVille na Guitarra, e Bobby Dall no baixo, e vocais secundários, e teclados. E, assim como a Ratt, a banda de Bret Michaels Rikki e Bobby estavam respirando a fluída e proveitosa turnê do disco Open Up and Say...Ahh!, álbum lançado em meadas de 1988, em parceria da Enigma Records e a Capitol Recods.

This is Poison!
Existem contradições entre os argumento citados pelos integrantes da banda e o empresário, quanto a mora no aceite em participar do evento, pois, este em si seria um meio eficiente para alcançar mais público, e consequentemente aumentar a vendagem de materiais. Enfim, a banda em si – somente os integrantes -, refere-se ao questionável espetáculo da Batalha Oitentista de Hard Rock como o “show no quintal dos tiozinhos endinheirados para comemorar a puberdade da filharada”... Enfim, a banda em si – somente os integrantes -, tinha o conhecimento obscuro, senão hilário, de que o baterista Rikki havia consumido o convite original com maconha e na cia de algumas grupetes, possivelmente, em uma das inúmeras noitadas em camarins aleatórios, regadas a sexo e a ingestão exacerbado de álcool.

Para batalhar com as demais bandas, a Poison montou o seu set list para ensaio fechado  com a 1. Cry Tough (álbum Look What the Cat Dragged In, 1986), a 2. Talk Dirty To Me (álbum de lançamento Look What the Cat Dragged In, 1986), e a 3. I Want Action (Look What the Cat Dragged In,1986), e a 4. Every Rose Has Its Thorn (Open Up and Say... Ahh!, 1988). Bret Michaels e cia buscaram fazer um repertório suficientemente eficaz para que pudessem se garantir, portanto, apostando somente em uma música do trabalho novo.

Para a banda Poison, o caldo engrossou quando tecnicamente os integrantes do grupo perceberam que ao longo dos Ensaios que as músicas 2. Talk Dirty To Me e 4. Every Rose Has Its Thorn obtiveram resultados bons, mas muito similares, o que implicou na necessidade de revisão em específico destas duas obras. Enfim, após um árduo trabalho, um clássico se mostrou pleno para a seguir nesta batalha de bandas, sim, a banda de Bret e o seleto público elegeram como hino para essa disputa, 3. I Want Action!


LEGENDA
Jogo: Desafio Musical
Ambientação: Hard Rock 80s Battle
1.ª Etapa: Triagem dentre as Músicas do Set List da Def Leppard (PC)
Imagem do jogo que remete a construção deste trecho da narrativa disposto acima.


CINDERELLA
Canções Noturnas Agitam de Forma Lasciva e em Frenesi.



CINDERELLA, banda também estadunidense formada em 1982, nos subúrbios da Filadélfia, Pensilvânia. Tendo como integrantes Tom Keifer nos Vocais e Guitarra, Jeff LaBar também na Guitarra, Eric Brittingham no Baixo, e Fred Coury na Bateria. A Banda de Tom Keifer estava em turnê do álbum Long Cold Winter, lançado no ano passado (1988) pela gravadora Mercury Records, por sinal, o mesmo selo que havia licenciado e lançado o álbum Hysteria da Def Leppard, cuja banda ainda seguia firme e forte em uma turnê pelo país norte americano.

This is Cinderella!
Assim que o empresário da banda recebeu o convite para participação neste evento organizada pela pouco conhecida Ophiuchi System, ele não hesitou em conceber o aceite ao perceber o endosso do documento por parte de muitas marcas conhecidas e renomadas, e que tão pouco iriam se prestar a se associarem com alguém que não fosse digno de credito. O fato é que a Cinderella (seus integrantes) estava envolta de shows para além das fronteiras do país, com projeto de incursão por tempo indeterminado para diversos países na Europa.

Para se lançar na disputa com as demais bandas, a Cinderella buscou um set list que fosse arrebatador, e para tanto, optou pela 1. Shake Me (álbum Night Songs, 1986), a 2. Gypsy Road (álbum Long Cold Winter, 1988), a 3. Don't Know What You Got (Till It's Gone) (álbum Long Cold Winter, 1988), e a 4. Coming Home (álbum Long Cold Winter, 1988). De fato, foi a banda que mais apostou em expor um repertório novo, e fruto do último trabalho nos ensaios de triagem para a eleição de seu hino de afrontamento.  

Apriori, a banda Cinderella apostou muito na 2. Gypsy Road, contudo, infelizmente não foi dessa vez uma melhor performance da obra. Pois, no calor dos ensaios com o público seleto, a banda teve impasses de fato com as músicas 1. Shake Me e a 3. Don't Know What Youone Got (Till It's G). No primeiro momento foi no Critério Letra, portanto, um ensaio extra se fez necessário para todos os critérios afim de diluirem as dúvidas. Depois, em um segundo momento foi a vez de um embate no Critério Vibe – sim, a energia era tanta, que chegou a anuviar confusão -, sendo assim, mais um ensaio para sanar os equívocos. Desta vez, no terceiro e quarto momento, os integrantes da banda se doaram de tal forma, que no Critério Instrumental foi aquele que promoveu uma novo empasse... Mais uma vez, um round extra de ensaio, por mais que nos demais aspectos a 3. Don't Know What You Got (Till It's Gone) já se mostrasse superior. Por fim, e no quinto Ensaio, a banda elegeu para a disputa a 3. Don't Know What You Got (Till It's Gone) como a sua promissora concorrente.


LEGENDA
Jogo: Desafio Musical
Ambientação: Hard Rock 80s Battle
1.ª Etapa: Traigem dentre as Músicas do Set List da banda Cinderella (PC)
Imagem do Jogo que remete a construção deste trecho da narrativa disposto acima


SEMIFINAL
Bastidores em Franco Combate na Seleção das Duplas

Difícil não haver nos bastidores de qualquer evento ou grupo social uma intriga, uma conversa fiada desnecessária, que só cumula para proliferar o caos, azedar os ânimos e deturpar a paz -, e não é algo que se restrinja somente aos grandes, pois, entre os pequenos a coisa também fervilha, sem sombra de dúvidas, por mérito do frágil ego da maioria dos seres humanos.

Nos bastidores do evento a Mercury Records se envolveu por solicitação dos empresários, algo muito além dos anseios das próprias bandas envolvidas. A gravadora estadunidense solicitou aos dirigentes da Ophiuchi System que não houvesse um confronto direto entre as duas bandas com material recém licenciados e lançados nos Estados Unidos pelo selo, especificamente a Def Leppard e a Cinderella, pois, ambos os grupos musicais já se encontravam sob a mira dos holofotes almejados, e com apresentações conjuntas em alguns locais, e, sendo assim, a última coisa que os dirigentes da gravadora almejariam era um conflito de egos – algo no atual momento, muito propício à incidir, dado o histórico do cenário e de seus envolvidos. Enfim, a provedora do evento ouviu o pleito, não gostou da atitude da gravadora, e expandiu a conversa para os integrantes das bandas... e, isso foi suficiente para parcialmente azedar o clima entra as bandas, os empresários e a gravadora. Por fim, e, em contrapartida, as duas bandas afinaram a relação, e antes mesmo do processo de seleção ocorrer entre as quatro bandas, as mesmas foram uníssonas em pedir ao pessoal da Ophiuchi System pelo combate. Quanto a esse pleito fluído do desejo das duas bandas, e com muito mais coesão, as provedoras do Hard Rock 80S Battle acataram.

A Certeza do Primeiro de Inúmeros

Aos organizadores do espetáculo, aos empresários das bandas, e as próprias bandas participantes do evento, a única certeza é de que fora imensamente válido todo o esforço e tempo despendido. E foram fatos constatados:

  • A plateia no estúdio televisivo da MTV, grande e agitada;
  • As centena de pessoas que assistiram do lado de fora do estúdio, e fizeram muito barulho;
  • O pico de audiência televisiva nos milhares de aparelhos dentro dos Estados Unidos; e,
  • As inúmeras ligações telefônicas percebidas antes, durante e depois das apresentações, enquanto mecanismo de participação interativa dos telespectadores.

Chegou ao conhecimento dos organizadores do evento que já haviam casas de apostas ocorrendo em paralelo, e sem qualquer relação direta, quanto ao desfecho do por tamanha a repercussão emergida, sobretudo, oriunda e encabeçada por um grupo desconhecido e que havia somado forças com tantas outras figuras carimbadas da cena musical.


NOVO CONTINENTE  VS VELHO CONTINENTE
A Semifinal do HR80 entre as bandas Cinderella e Def Leppard

Agora não mais ensaios técnicos e um público seleto, pois, a nova etapa tinha abertura para uma plateia real e mais diversificada, e com transmissão simultânea via rádio e televisão para milhares de lugares mundo a fora, além de uma medidor extra do Critério Vibe por meio da possibilidade de participação via canais telefônicos.

A primeira a se apresentar no palco foi a inglesa e a Def Leppard com a vibrante Pour Some Sugar On Me, e que nos demais critérios fluíram de maneira mediana, mas nem por isso questionável, pois, a Letra e o Instrumental seguiram em parcial harmonia.

Seguindo as apresentações foi a vez da banda Cinderella com a Don't Know What You Got (Till It's Gone)... Com um piano no palco Tom Keifer iniciou a apresentação, e a plateia foi ao delírio, e tal como a Def Leppard, eles conseguirm resultados muito similares, sobretudo, no aspecto Vibe.

Para a comissão julgadora as duas bandas se mostraram ótimas competidoras, de tal forma que os seus avaliadores constataram ter avido um empate técnico no critério Vibe, sendo assim, necessário mais uma apresentação para prover um sensato desempate entre os dois grupos. E foi nesse momento, que a banda Cinderella se mostrou plena com a sua obra no quesito Vibe ao demostrar uma melhor performance, de forma ainda mais magnética.

LEGENDA
Jogo: Desafio Musical
Ambientação: Hard Rock 80s Battle
2.ª Etapa: Confronto entre as bandas semifinalistas Def Leppard x Cinderella
Imagem do jogo que remete a construção deste trecho da narrativa disposto acima


VIZINHANÇA EM CONFLITO
A Semifinal do HR80 entre as bandas califonianas Poison e Ratt

Nem a RATT e a POISON estavam nervosas quanto a sua primeira apresentação no evento, contudo, pela primeira vez, ambas participavam de um de show de caráter combativo, e envolvendo duas bandas regionais do estado da Califórniaque indiscutivelmente havia alcançado renome mundial. A princípio as mesmas não foram bem no Critério Letra, porém, a banda de Bret Michaels demonstrou uma melhor harmonia nos quesitos Instrumental e Vibe... Sim, a banda Poison estava afiadíssima com a I Want Action, e convicta de que essa etapa era dela, se não o próprio evento em si.

A banda Poison não veio para "brincar de espetáculo"– assim os integrantes alegavam de forma estridente e pelos corredores -,, mas a banda Ratt e o seu empresário questionaram a paridade no Critério Letra das duas obras nessa primeira atuação, e solicitaram um novo enfrentamento entre as duas bandas conterrâneas, algo muito bom e para o delírio dos presentes, e para fins de esclarecimento da bancada avaliadora... E, mais uma vez, a Poison de Bret, Rikki, Bobby se sobresaiu, entregando um show digno de clareza em todos os aspectos. Enfim, algo que somente aumentou a convicção pretenciosa da banda quanto ao desfecho do show promovido pelos seus fiadores.

LEGENDA
Jogo: Desafio Musical
Ambientação: Hard Rock 80s Battle
2.ª Etapa: Confronto entre as bandas semifinalistas Ratt x Poison
Imagem do jogo que remete a construção deste trecho da narrativa disposto acima


A CINDERELLA AO VENENO NÃO SUCUMBIRÁ
O Confronto Final do HR80 entre as bandas Cinderella e Poison

Quando as luzes do palco foram lentamente se apagando, o cheiro de fumaça oriunda de gelo seco foi parcialmente impregnando o espaço e até o momento em que a escuridão tomou todo o lugar em um profundo breu, eis que uma ligeira e quase imperceptível movimentação se fez a frente de todos na plateia. No palco para ser mais exato, nada fora passível de se ver, ou ser ouvido com clareza, salvo um burburinho do público com expeças e espetaculosas suposições. Enfim, todo esse clima de suspense fora rompido com um dedilhar no piano e um feixe de luz a romper em direção ao já conhecido instrumento musical, um piano grande e branco, um corcel que somente caberia a Tom Keifer dominá-lo... E só isso foi suficiente para levar o público a um êxtase magnético, pois era a Cinderella a acontecer naquele lugar, e com a emblemática Don't Know What You Got (Till It's Gone)    

Depois do show da Cinderella, a banda Poison não se viu desamparada pelo público, muito pelo contrário, ela foi incentivada por todos, inclusive as suas concorrentes, haja visto o que fora a sua última apresentação ao longo da semifinal, ou seja, algo demasiadamente empolgante! A banda tocou muito a sua canção que se tornará quase que um hino na boca de seus fãs, a I Want Action, contudo, o seu desempenho performático ficou desejoso diante da sua rival. 

Apesar que nada fora mencionado após o show, até mesmo os integrantes da Poison haviam se sentido surpreendidos pelo desenvolvimento de sua concorrente.

LEGENDA
Jogo: Desafio Musical
Ambientação: Hard Rock 80s Battle
3.ª Etapa: Contronto entre as bandas finalistas Cinderella x Poison
Imagem do jogo que remete a construção deste trecho da narrativa dosposto aima.   


FINAL
Cinderella, a campeã da 1.ª Edição da Hard Rock 80s Battle!


Ao final do evento, e posterior a entrega da premiação pelos organizadores, a banda Cinderella agraciou o público com um show completo referente a turnê do novo álbum “Long Cold Winter”, e a apresentação de um cover de uma das músicas da banda Poison, que foi " I Won't Forget You" com o dueto entre Bret Michaels e Tom Keifer, com este último projetando um adendo magistral a composição por meio dos toques de piano.