Ao longo dos anos me aproximei de muitas pessoas, algumas das quais estabeleci boas relações - vínculos atemporais de amizade e fraternidade -, algo independente de suas orientações religiosas e/ou ideológicas, ainda que estas fossem adversas as minhas próprias. Quanto a isso não há um segredo, senão me despir de meus preconceitos, aceitação, e também, seguir a risca uma máxima que tento vivenciar todos dos dias: “não julgar uma pessoa pelo que ela aparenta ser e nem pelas belas palavras que profere, contudo pelo seu conteúdo e ações”. Viver essa máxima não é fácil e quem a me instruiu também me alertou sobre um excesso de percalços incontáveis.
Cada pessoa trás consigo uma lição, e assim a vida se apresenta como uma mestra que se predispõe a ensinar a todo o momento pelos mais diversos e improváveis interlocutores, e o que vai me diferenciar de meu semelhante é a forma como cada um se propõem a perceber e aplicar estas lições em seu cotidiano, pois, elas podem ser acolhidas de bom grado, ou negadas, e a isso cabem de maneira oscilante e subjetiva denominações como maldição, destino, sorte e etc.
De fato, não posso deixar ser corrompido por um pensamento leviano e cômodo de que “o mundo está perdido” e/ou de que “o homem se perdeu consumido por ilusões materialistas, quiméricas e obscuras”, ainda que os fatos tentem mostrar de maneira árdua exemplos concisos sobre estes dois paradigmas; ainda serão para mim os poucos exemplos de virtuosidade uma força motriz de relevância desmedida para levar a frente a minha esperança de dias melhores para a humanidade.