Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

RPG: Aventuras em Yrth - A Saga de Orion - A Profecia da Destruição

Eis trechos da profecia proferida por Melinna Aragon - a guardiã espiritual de Orion -, aos heróis que um dia foram incumbidos de guardarem a vida do futuro rei das terras de Ivalice (Lancelot, O Cavaleiro de Caithness; Katabrok, O Bárbaro; e João de Deus, O Errante), quando este ainda bebê foi teletransportado para o continente de Ytarria para crescer doutrinado pelos mais formidáveis homens que já pisaram sobre a face deste mundo, e assim, retornar ao seu povo, como o mais digno, justo e completo rei que uma nação poderia sonhar ter.


Profecia da Destruição


Chegará um tempo de desolação geral no mundo, nestes dias, o pensamento de todos se voltará para algo em comum, o Inimigo – aquele que nos quer o mal, e prontamente, submissos a ele.

E a população tomada por um estado viral de histeria e paranoia por sobrevivência, e em nome da esperança iniciaram os primeiros combates. A princípio soaram como sutis e fúteis divergências familiares, entre irmãos, pais e demais de próprio sangue; mas isto, já bastará para que estas desavenças tomem forças ainda maiores, e se enraízem por grupos, classes sociais, povoados, raças e reinos, e assim, o que um dia foram meros conflitos de cunho fraterno tornar-se-ão guerras cívicas entre impérios.

As batalhas mais sangrentas e perpétuas aconteceram entre os reinos de Altimerg (Ytarria). Chegado este momento, não haverá acordos, alianças e nem laços de trégua, ou mesmo, paz.,, Nada! Somente um desejo natural de aniquilação, destruição e conquista.

Assim, muitos padecerão somente pelo prazer alheio de serem mortos, e sejam estes culpados ou inocentes, benfeitores ou malfeitores, pois, nada além de um desejo legitimo de banhar a terra com o sangue de outros prevalecerá.

Aos que ainda forem capturados, certo lhes será a morte indigna, pois, os momentos que antecederão a ela serão de demasiado terror, insanidade, injurias, e algo muito além do ultrajante e derradeiro fim, propiciado pelos seus degenerados algozes.

A vida percorrerá sobre uma linha tênue entre o abismo do inevitável horror e a demência.

Quando houver somente um reino, um rei, uma única nação soberana sobre este continente... Saibais vós que um mal ainda maior sucumbira sobre estes, pois, as chamas da vaidade, do egocentrismo e da insensatez tomaram por vez a mente dos seres viventes.

Os cidadãos se lançaram uns contra os outros, independente dos laços que um dia os uniram e fizeram bradar suas armas de forma uníssona, sejam estes de sangue, amizade, religião ou ideológicos.

Os conflitos serão tão intensos, sombrios e brutais, que aos vencedores caberá praticar perversidades inimagináveis nos corpos de seus inimigos, a fim de nutrirem em seu amago, o mal.

Famílias inteiras serão devastadas, profanadas e corrompidas em meio ao sangue dos seus.

O Medo e as incertezas penderão sobre as cabeças de todos.

A paz se tornará uma palavra de significado dúbio, e muitas das vezes, desconhecida.

O imaculado será maculado.

Nem mesmo aqueles que outrora foram tidos como santos, puros e heróis estarão isentos desta tragédia que assola a terra, pois, na tentativa frustrada de fazerem o bem, agiram como instrumentos de um mal atroz. E destes que houver uma fagulha de consciência, o suicídio será teu fardo, com o receio de seguirem a propagar esta praga.

Triste será o fim dos grandes nomes e exemplares de virtude que um dia pisaram sobre este chão, e cuja mente serão corrompidas por este mal. Não reconhecendo o pior daquilo que se tornaram e que um dia combateram com tanto afinco.

Florestas devastadas, campos de plantio abandonados, solos estéreis e água escassa.

Não havendo mais provisões, o inimigo será posto em um banquete a mesa. Como animais irracionais, canibais, munidos de uma fome abissal, um instinto assassino e perverso, os seres caminhantes sobre Altimerg serão feito demônios, capazes de assombrarem até mesmo as verdadeiras bestas – criaturas que muitas das vezes sentiram medo da natureza daqueles que um dia os temerão.

Enfermidades mortais surgirão, contudo, nada se equiparará a este mal corruptor de devastará a sanidade, e os transformará em entidades maléficas.

As forças mágicas somente serão lembradas para alastrar o mal, e com isto muito do conhecimento arcano se perderá para todo sempre.

Deidades a muito abandonadas se sentiram compadecidas pelos seus antigos acólitos, e compelidas a tentarem fazer algo para trazer-lhes novamente para junto de sua graça, enviaram seus servos mais leais oriundos de seus reinos oníricos. Contudo, ainda assim, estas criaturas que vieram em missão divina e no intuito de ajudarem serão emboscadas e brutalmente assassinadas.

Tomados por uma irá atemporal e inominável, os deuses de outrora, se sacrificarão ao eterno esquecimento, varrendo para a eternidade estes seres bestiais que um dia lhes serviram com honra, louvores, virtude, graça e glória.