Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

terça-feira, 19 de março de 2013

Aforismo: Exaltação do Ego em meio a pocilga

Ilustração por Omar Rayyan
Degenerados Enfermos
14.03.2013

Aterrador são as pessoas que gostam de exaltar aos quatro cantos suas características primorosas - ainda que subjetivas por um egocentrismo desmedido e abissal que os assola profundamente a alma. Estes mesmos costumam citar um apreço a vida capaz de sensibilizar multidões, de fazer seus ouvintes verterem lágrimas dos olhos por tamanha expressão de sentimentos, contudo, ironicamente, aqueles que falam demasiadamente de si são traídos por sua submissão a vilania. Nos bastidores, por de trás das cortinas, longe dos olhos de quem inflamam com belas palavras e gestos, são os tais carniceiros que se lançam a pocilga digladiando ferozmente por misérias. E se você ainda tem dúvidas, credes que eles também sangram, e, tão logo, são passiveis do abraço da morte.


Algumas pessoas que comungam desse tipo de prática ardilosa deveriam, em um tempo abreviado, sofrerem demasiadamente em resposta as suas ações malévolas, pois, seria no mínimo prazeroso para aqueles que sofreram em suas mãos, ter a visão de seus algozes declinarem em queda livre em um abismo sem fundo, serem rechaçados em humilhações, e a pagarem um preço desmedido. E ha quem me julgará: “Não reconheço meu amigo nessas palavras”, e, aqueles que o fizerem, pode ter certeza, nunca o foram de verdade. Declaro afeição aos meus amigos, amo verdadeiramente a companhia deles, compadeço de suas causas quando relacionadas e sinérgicas as minhas virtudes. Portanto, nisso reside deleite sim, e, não sou hipócrita ao ponto de negar, pois, quero os meus inimigos, todos eles sem exceção, mortos, mas muito antes da consumação desse fato, os quero enterrados em dor e sofrimento até o pescoço.

Quem convive com os porcos e se sujeita a comer lavagem na companhia dos mesmos, não é mais do que eles, senão iguais. Embora alguns que comunguem dessa pratica ainda tenham a ilusão delirante e absurda de que são melhores do que seus “moribundos” companheiros. Em meio ao lamaçal, esses valdevinos ainda possuem a capacidade surreal de justificar o ato como uma questão de socialização, e, nesse ponto faço minha as palavras de um amigo: “Socialização de Cú é rola, mermão!"