Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

RPG: Aventura nos Reinos de Ferro - Perguntas & Respostas - Arleath Vivorinun ou Ametista de Mercir

Perguntas & Respostas
Ametista de Mercir, A espiã.

Ilustração por Marko The Sketch Guy.
Arleath Vivorinun ou Ametista de Mercir.

Órfã rejeitada pelos pais biológicos por
ter nascida hermafrodita. Porém,
agraciada com a criação e a instrução
vinda de pessoas que perceberam nela
atribuições qualitativas além de sua anomalia
sem qualquer resquício de preconceito.
Qual é o nome dele(a)?

Arleath Vivorinun. foi o nome concebido por Leonel Vivorinun em homenagem a esposa falecida, cujo nome era Arlea.

Em Caspia, adotou o nome de Ametista de Mercir por aconselhamento e desígnio de seu tutor, Manphius de Mercir. Tal nome era para sustentar um parentesco com uma irmã distante do espião, além de despistar quaisquer inimigos do passado em Orven.

Quantos anos ele(a) tem?

Reais: 25 anos
Aparente: 23 anos

Quando e onde ele(a) nasceu e cresceu?

Arleath é oriunda do reino de Khador. Porém, o preconceitos de seu pai biológico fez com que ela fosse apartada da família ainda recém-nascida. Deixada para morrer em um bosque a esmo no reino de Cygnar (próximo a cidade de Orven) por um caixeiro viajante, ela foi encontrada e recolhida por um caçador, Leonel Vivorinun.

Ele(a) conheceu seus pais? Como foi sua infância?

Arleath não conheceu os pais biológicos. O seu entendimento a respeito de família se deve a Leonel Vivorinun, que a acolheu e a criou com todas as dificuldades.

O que sente sobre eles?

Quanto aos pais biológicos, Arleath não faz questão alguma de conhecê-los, ou mesmo ter notícias sobre estes. Pois, para ela uma família capaz de abdicar de uma vida indefesa por preconceito, ou qualquer outro motivo que seja, pode no fim, cometer atrocidades ainda maiores.

Os pais dele(a) ainda estão vivos?

Arleath desconhece, não tem qualquer tipo de informação de seus progenitores.

Ele(a) tem irmãos ou irmãs? Sabe onde eles estão e o que estão fazendo? (válido para outros tipos de parentes).

Assim como nada sabre sobre os pais, Arleath também desconhece a respeito da existência de irmãos biológicos.

Arleath lembra ainda quando pequena - com quase dez anos de idade -, o seu pai Leonel, recebeu a visita em seu sitio de duas famílias, que segundo o próprio, eram seus irmãos, Lion e Lincoln, na companhia de suas esposas e filhos, ambos bebes de colo. Porém, após esse episódio, eles nunca mais retornaram, nem mesmo no enterro do patriarca. No dia, houve uma discussão acalorada que mesmo após a partida abrupta destes do lugar, fez com que o velho Leonel ficasse choroso e desconsolado durante dias. 

Ele(a) teve amigos em sua juventude? Descreva-os.

Não, exceto os animais do sítio em que vivia com Leonel. Três cães de caça (Bumerangue, Machadinha e Furão). No dia em que a casa em que vivia foi incendiada pelos seus perseguidores, Arleath pressentiu quando os animais foram mortos cruelmente para tentar atingi-la.

Ele(a) é casado (ou noivo ou viúvo)? Se for, como aconteceu?

Não. Porém, pretende como uma aspiração maior e distante sê-lo.

Ele(a) tem filhos? Se tem, como eles são?

Não. Porém, assim como o matrimônio, ela também pretende como uma aspiração maior e distante sê-lo.

Ele(a) recebeu educação formal? Se teve até onde ele(a) foi?

Arleath nunca chegou a frequentar uma escola, tal como as demais crianças. Leonel tinha receio de que devido a condição hermafrodita de sua criança fosse descoberta, e o pior viesse a lhes ocorrer.

Em Caspia, Arleath teve a oportunidade de ir para escola, porém, o seu preconceito em relação a sua própria condição física fez com que ela se limitasse as instruções transmitidas por Manphius em sua casa ou no palácio, embora esse nunca tenha sabido o real motivo, a não ser uma desconfiança em relação aos poderes psiônicos ou a quantidade de tempo que ela passou enfurnada em um sítio vivendo como uma camponesa.

Ele(a) teve amigos em sua juventude? Descreva-os.

Os grandes amigos de Arleath foram Leonel Vivorinun, seu pai de criação; e, Manphius de Mercir, amigo no passado de Leonel quando serviam ao Rei Vinter Raelthrone III, e a quem foi designado à responsabilidade de guarda-la e instrui-la.

O que seu ele(a) faz para viver?

Após a morte de Talles Orlyuss, Arleath foi acolhida pela confraria de espiões e sabotadores a qual Manphius de Mercir fazia parte. Como membra desse destacamento, onde ela recebe com parcial frequência instruções de trabalhos que permitem adquirir meios financeiros para se sustentar em Caspia, além de graduação dentro do grupo.

Por que ele(a) escolheu essa profissão?

Embora tenha compreendido e desenvolvido melhor a maneira como lidar com as suas habilidades especiais (psiônicas) na companhia de Talles Orlyuss, a sua sobrevivência se da por meio daquilo que Manphius a instruiu, que compreende uma vida mais escusa dos demais e voltada para servir a coroa.

Como ele(a) é fisicamente em detalhes?

Cabelos ruivos, parcialmente lisos com ondulações;
Olhos castanhos claros cor de mel, e que reluzem em tom esverdeado claro quando faz uso de seus poderes psiônicos;
Altura: 1,70 cm;
Peso: 66 Kg;
Corpo bem delineado;

Qual é o aspecto da aparência física dele(a) que é mais distintiva ou mais facilmente notada?

Os olhos e os lábios.


Objetivos / Motivação

Ele(a) tem algum objetivo? Se tem, qual é?

Assim como Leonel e Manphius, Arleath também almeja servir a coroa de Cygnar, colocando a disposição todos os seus talentos, aprendizados e habilidades especiais. E, por meio dessa servidão, adquirir reconhecimento de suas capacidades e renome a memória de seu pai (Leonel Vivorinun).

E por que ele(a) tenta fazer isso?

Tanto Leonel e Manphius (até mesmo, o vil Talles) lhe transmitiram em algum momento de sua vida credulidade e convicção nessa doutrina de servir e proteger o reino, assim como todos que ali prosperam com dignidade. E, é notório que tal sentimento quando desrespeitado na sua presença por algum cidadão do reinado, ou mesmo oriundo de qualquer outro canto, a irritam.

O que ele(a) vai fazer quando conseguir cumprir seu objetivo?

Caso Arleath, sobre o capuz de Ametista de Mercir, venha conquistar tudo aquilo que almeja, assim como também, enquanto parcialmente mulher, ela espera como qualquer outra constituir uma família e ter filhos.

O que ele(a) vai fazer se falhar?

Arleath prefere a morte a ter que abdicar desses objetivos.

O que ele(a) considera seu maior obstáculo no seu sucesso?

Arleath compreende que a sua caminhada de aquisição de reconhecimento e renome no reino será algo árduo, sobretudo, por ser hermafrodita que não a faz muito quista em alguns crédulos religiosos, além do segredo de assassínio (na cidade de Orven de Boreng Uzupper), e por ser mulher (ainda que parcialmente) em uma sociedade predominantemente masculina patriarcal.

O que ele(a) faz para sobrepujar esses obstáculos?

Arleath tenta manter-se apartada do convício de certos tipos. Portanto, não costuma se vestir de maneira que as curvas de seu corpo fiquem demasiadamente amostra, ou que a façam parecer vulgar, salvo nos casos de missões em que isso se faça necessário.

Se ele(a) pudesse mudar alguma coisa no mundo, o que seria?

Arleath mudaria o preconceito imbuído na mente das pessoas, sobretudo, daqueles que creditam a inocentes a culpa aferida por sua ignorância.

Se ele(a) pudesse mudar alguma coisa em si mesmo, o que seria?

Arleath já tentou a mutilação de sua genitália masculina afim de eliminar por vez qualquer oportunidade de ser perseguida pela sua condição hermafrodita, porém, tal atitude quase culminou na sua morte. Com o tempo, e a reflexão sobre as palavras oriundas de seu pai, ela aprendeu a lidar melhor com a sua natureza, temendo somente a descoberta por outros de tal anomalia.

Ele(a) tem medo de alguma coisa?

Como qualquer criatura consciente, Arleath tem os seus temores.

  • Que descubram a respeito de sua deformidade fisiológica (Hermafrodita);
  • Que a punam injustamente com a morte pelo assassínio de homens como Boreng Uzupper;
  • Que profanem o nome de seu pai, Leonel Vivorinun;
  • De ter contato com os seus pais biológicos;
  • De ter que sobreviver tendo que fazer uso de uma arma de fogo; e,
  • De mais uma vez ser feita escrava sexual.

Personalidade

Como as outras pessoas descrevem ele(a)?

Para Leonel Vivorinun, Arleath foi uma filha e companheira tal como Arlea, a sua esposa foi em vida. Muito atenciosa, de coração generoso e dedicada a ele, salvo os conflitos psicológicos que surgiram mediante ao afloramento da puberdade, pois, com esta última, vieram o despertar dos poderes psiônicos e o agravo de características fisionômicas.

Para Manphius de Mercir, apesar de um inicio conturbado, a sua relação com Arleath era amistosa, pois, apesar de retraída e tímida no inicio, ela era generosa e dedicada em tudo que se empenhava. Com o tempo, tornou-se mais desinibida e conversadeira.

Ilustração por Frans Mensink.
Arleath Vivorinun teve a sua sexualidade
explorada ao extremo por seu tutor Talles
Orlyuss, que ao descobrir a anomalia
fisiológica de sua aluna, não tardou em
experimentar com ela prazeres carnais
doentios a muito ambicionados
e reclusos em sua mente.
Com Talles Orlyuss, Arleath voltou a ser alguém mais retraída, distante, acuada, introspectiva e revoltada, sobretudo, quando o tutor começou a fazer dela uma espécie de meio para realização de suas fantasias sexuais, que em suma eram perversões doentias e que exploravam ao máximo o limite de suas forças.

Passado o convívio com Talles, a vida de Arleath retornou a uma normalidade, mas nada como era antes com Leonel ou Manphius, e, isso a fez um pouco apreensiva em relação as demais pessoas, pois, tinha receio de encontrar outros como o tutor anterior. Porém, aos poucos ela tem se mostrado novamente viva, generosa e empenhada no cumprimento de seus objetivos.

Como ele(a) se auto-descreveria?

Arleath se descreve como uma mulher em busca de conquistas verdadeiras, que não se limitam somente a bens materiais, mas coisas de valor atemporal, tais como honra e boa reputação. Para isso, ela não medirá esforços em fazê-lo da melhor forma possível, sem ter que sacrificar a vida de seres inocentes, assim como também não poupará a vida daqueles que obstruírem o seu caminho.

Qual é a atitude dele(a) em relação as outras pessoas?

Arleath sempre procura ouvir mais os outros, uma vez que, durante muito tempo de sua vida, ela viveu no convívio de pouquíssimas pessoas, e em um mundo por pouco solitário e distante.

Ela tenta ficar ao máximo atenta aquilo que acontece a sua volta para tomar a melhor atitude.

Ele(a) tem atitudes diferenciadas para certos grupos de pessoas?

Sim. Geralmente, Arleath tende a ser solicita em ajudar outros, que assim como ela, sofrem de algum tipo de preconceito, seja por deformidade física, insuficiência de renda, ou questão racial. Assim como também, ajudar e se aproximar daqueles que auxiliam aos primeiros, pois, percebe neles uma sensibilidade semelhante a que seu pai teve ao retira-la do tronco de uma árvore em um bosque a esmo, e dali leva-la para criar em sua casa. Logo, ela não tolera o mínimo de destrato para com aqueles que sofrem de necessidades especiais ou que são injustiçados. 


Gostos e preferências

Como ele(a) passa suas horas de lazer?

Quando Arleath não esta envolvida em um trabalho para a confraria de espiões e sabotadores de Cygnar, ela geralmente esta em casa. E na sua residência, longe dos olhos de terceiros e curiosos, ela pratica solitária as suas habilidades psíquicas. Também tem o hábito de passear pela vizinhança para requerer informações do cotidiano local e da cidade, uma forma que ela construiu para interagir e ficar sabendo das novidades, sobretudo, de um novo vizinho que possa ameaça-la.

Que coisas ele(a) gosta de vestir?

Embora tenha assumido uma característica mais feminina, Arleafh prefere roupas masculinizadas e largas, que possam ocultar suas silhuetas, a fim de não chamar a atenção.

O que ele(a) gosta mais no trabalho / ocupação?

De como os homens são tendenciosos diante de uma bela mulher, e se deixam levar facilmente, principalmente, quando eles são fisgados pela sua impulsividade luxuriosa.

O que ele(a) gosta de comer?

Peixe e legumes ensopados, exceto cebola.

Ele(a) coleciona algo ou tem algum passatempo?

Quando Arleath era mais jovem, e vivia com Leonel, ela colecionava algumas toalhinhas de renda, que o pai lhe dava em seu aniversário, onde tinha o nome dela escrito, cada qual de maneira diferente, pois, eram adquiridas com costureiras distintas a cada novo ano.

Costuma brincar com os seus bichos de estimação, e testar neles alguns de seus poderes.

Ao saber de algum animal ou alguém acidentado próximo a ela, e conhecendo a índole do mesmo, Arleath procura se aproximar do mesmo, e, sem que ninguém perceba, faz uso de seu poder de cura.

Ele(a) tem algum animal de estimação?

Um cão pequeno vira-lata de cor marrom (Bigorna) e um gato vira-lata cinza (Sujeira).

Que tipo de companhia ele(a) prefere?

Prefere a dos animais, crianças e necessitados.

E que tipo de amante?

Mulheres.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

RPG: Aventuras em Yrth - Ladrões de Corcéis Encantados - Adrien, O Caminhante - Parte 1

Adrien, O Caminhante.
Raça: Meio Elfo.
Natural do Reino de Mégalos (Continente de Ytarria).
Nascido sobre o signo de Peixes.
Ofício: Ranger/Mercenário.

História do Personagem.

Adrien de Lacross (nome humano) ou Auiin Ellys (nome élfico) é um meio elfo, fruto de uma paixão avassaladora, e, sobretudo, fatidicamente momentânea, entre um humano e uma elfa. Contudo, cabe conhecer que o humano em questão era Freddo Di Lacross, uma espécie de anti-herói, um alguém desprendido de valores morais, familiares e sentimentos para com as suas amantes cruelmente capturadas por sua lábia sedutora ou por outros meios não convencionais. Allíass El, por sua vez, era uma jovem elfa da floresta que pertencia à casta Negra da Sociedade Elfica de Yarria, porém, uma proeminente guerreira em sua comunidade, que atormentada por dessabores do destino se viu seduzida por Freddo.


Di Lacross, Um alguém que fosse bem menos do que era poderia ter sido melhor do que se almejava.

Ilustração por Guzzardi.
Lorde Dravon Aspen de Lacross,
Pai de Freddo, um aristocrata de prestígio
no grande império de Mégalos,
cujas terras de seu feudo atribuem o
nome a vila de Lacross,
administrada pela família.
Freddo Aspen de Lacross, ou Di Lacross como era conhecido popularmente, era uma espécie de caçador de recompensas, um aventureiro nato, errante em busca de fama e poder. Embora, a sua família tivesse uma generosa herança a lhe servir, incluindo riquezas, propriedades, e títulos de nobreza, esse filho nascido em berço de ouro megalano, almejava muito mais, sobretudo, a pervertida possibilidade de desfrutar sexualmente de todos os tipos de mulheres que existissem nesse continente e em outros mais que pudesse chegar. Uma peculiaridade que Freddo desde muito jovem adquiriu ao ser lançado em um mundo obscuro de luxuria e perversão por indução de seus tios no intuito de macular a honra de seu pai, o que de fato nunca se concretizou, apesar das incontáveis peripécias que vieram à tona.

Lorde Dravon Aspen de Lacross, pai de Freddo, almejava que o filho se tornasse um cavaleiro com todos os títulos, pompas e honrarias que cabem a um ordenado, tal como ele foi um dia, contudo, isso não seria possível, pois, no sangue do jovem não havia tal anseio, ele era indisciplinado, arredio e desafeto de tal intenção por mais que lhe fosse quisto o patriarca. O ídolo heroico do filho era Vinnie Storm, um lendário ladrão e guerreiro citado nos anais históricos de Ytarria, cuja ambição por riquezas e luxúria se assemelhava aos de Freddo.

Porém, por mais indisciplinado que fosse para as questões burocráticas, diplomáticas e tratos sociais, Freddo Di Lacross não era um tolo boêmio ao ponto de dispensar instruções que lhe possibilitassem a sobrevivência, sobretudo, tratando-se elas de proficiências voltadas às artes bélicas. Desta forma, embora fosse ele o mais jovem de todos os quatro filhos de Dravon, foi ele quem melhor dominou o manejo de armas como as espadas de laminas largas, as lanças de todos os tipos e tamanhos, e a rede. Aos dezessete anos ele era considerado um prodigioso esgrimista, para consolo de seu pai e inveja de seus irmãos.


Medus, a derrocada de uma estrela em ascensão nas arenas de Teridar.

O seu temperamento impulsivo, desdenhoso e a sua natureza sobrevivente fizeram com que Freddo se aventurasse clandestinamente em arenas de gladiadores, sobre a alcunha de Medus, O Ferrão Defiant. Almejava ele provar as suas capacidades marciais diante de seu pai e dos demais se sujeitando a vida de servos treinados exclusivamente para combates mortais. E sob a carapaça de Medus, Freddo conheceu um lado da vida o qual ele jamais se esqueceu, pois, os dias em uma Casa de Gladio na cidade de Teridar (nordeste do império), apresentaram a ele um mundo ainda mais censurado, cruel e desumano, no qual a habilidade em combate mostrava-se válida e muito útil dentro de uma arena ao longo de um período mínimo de entretenimento de uma plateia ávida por sangue, contudo, a grande maioria do tempo, implicava em uma recorrência sem fim de desgastantes testes psicológicos, treinamentos com armas e combate, e, ainda, conflitos internos por mediocridades,

Ilustração por Dan Luvisi.
Freddo de Lacross assume a falsa
identidade de Medus, O Escorpião Defiant,
um gladiador desconhecido, sem origens
e que suas vitórias trazem renome
a Casa de Gladio de Venâncius Blade.
Para Freddo chegar a Casa de Gladio de Venâncius Blade, uma das mais antigas e bem reputadas escolas de gladiadores do Império Megalano, foi necessário a ele habilidade para subornar homens que lidavam com o comércio de escravos na cidade de Teridar. Havia muitos riscos que nem os menos sensatos estavam dispostos a correr, por qualquer que fosse a quantia envolvida, porém, no fim, o jovem lorde conseguiu o que tanto almejava.

Com pouco mais de nove meses de estadia com os gladiadores em Teridar, Freddo Di Lacross viveu o glorioso momento de ter seu nome aclamado com veemência pelas massas de uma grande arena após uma sequência de indubitáveis vitórias, e, consequentemente, uma ascensão mal quista diante de outros grandes guerreiros. No entanto, tal projeção do guerreiro de origem duvidosa fez com que um plano maquiavélico fosse tramado pelos demais gladiadores da Casa de Gladio de Venâncius Blade a qual pertencia, homens que não se sentiam confortáveis com a sua presença e o invejam de alguma forma.

Assim sendo, em uma dada noite, após mais uma vitória na grande arena de Teridar, Medus foi premiado pelo senhorio Pillus Venâncius com um farto banquete, um excesso de variados tipos de bebidas alcóolicas e a companhia de três agradáveis meretrizes para lhe satisfazerem sexualmente em um leito exclusivamente seu, algo disposto somente aos campeões da casa. Porém, ao desmaiar em sono profundo pelo árduo exercício de comemorar a grandeza de seus feitos, Freddo foi surpreendido durante a madrugada ao ser amordaçado de costas no leito onde repousava, e, sobre o seu rosto, colocaram-lhe um fétido saco de excrementos e sangue a fim de lhe encobrir a visão de seus algozes. Ele experimentou pela primeira vez na pele a aterradora sensação de ser violado sexualmente e com violência desmedida por dezenas de homens que compunham a irmandade da Casa de Gladio que o acolheu, enquanto ouvia seu nome ser citado em sussurros de escarnecido prazer em meio aos gritos de dor semelhante proferidos pelas suas companheiras.

Ilustração por Ralph Horsley.
Lorde Pillus Venâncius, Senhor da Casa de
Gladio Venâncius Blade, acolheu Freddo
sobre a alcunha de Medus, e, que, para se
ver livre do hospede vivo sem maiores
tumultos, solicitou a Dravon um pedido
de desculpas em tributos como reparação
a essa tola meninice.
Aquilo foi um fato que isolou Medus dos demais gladiadores por duas semanas como medida cautelar dos administradores para que o ocorrido não se transformasse em uma chacina naquela honorável Casa de Pillus Venâncius. Em seu confinamento, Freddo mais a se assemelhava a uma besta selvagem avida por vingança sanguinária, fomentando a brutalidade de suas ações assim que ganhasse a liberdade.

Parcialmente recomposto após o isolamento, e tomado por um desejo sangrento de vingança de liquidar um a um dos fétidos combatentes que dividiam o teto daquela casa de combatentes, Medus tentou buscar meios para colocar seu plano em pratica, contudo, ele logo se viu compelido a não fazê-lo pela sua insuficiência de forças e a unidade de seus inimigos. Sendo assim, Freddo buscou junto ao senhorio da Casa de Gladio a sua liberdade imediata por se tratar de um nobre, algo que surpreendeu a todos. Porém, a liberdade do filho de lorde Dravon Aspen De Lacross só chegou três semanas depois, quando o pai enviou ao senhorio do lugar por intermédio do filho, Albionne, um generoso pedido de desculpas pela conduta inadvertida e intrépida do filho nos jogos imperiais. As desculpas em si foram uma espécie de pagamento de resgaste, uma encarecida oferenda a ser considerada,

Em Teridar os asseclas de Pillus Venâncius semearam entre o publico dos jogos o boato de que o gladiador Medus havia sido atacado por uma serpente em uma noite enquanto dormia, e, que em função do veneno mortal da criatura, a morte havia lhe acometido fatalmente. Porém, outra história logo foi à tona e ganhou mais forças entre a massa: Medus foi brutalmente violentado até a morte quando os demais gladiadores souberam que ele havia matado por bel-prazer as três mulheres contratadas para satisfazê-lo após sua última vitória.

O fato é que as três cortesãs contratadas por Pillus para amparar o campeão em suas necessidades lascivas, também não foram poupadas de um destino mortal, pois, com receio de que as mesmas viessem a público relatar o que havia se sucedido naquela agourenta noite na Casa de Gladio de Venâncius Blade, os inimigos de Medus concluíram por bem elimina-las também.

Até a chegada de Albionne Aspen de Lacross a cidade de Teridar levando consigo o pagamento de desculpas a Lorde Pillus, Freddo foi mantido distante dos demais gladiadores, enclausurado em uma sela especial nas dependências da grande casa do senhorio, sem qualquer tratamento especial.


O encontro com Brad Storm e a possibilidade da concretização do sonho de uma vida de épicas aventuras.

No caminho de volta para casa, Freddo tomou conhecimento do preço que o pai pagou pela sua soltura daquela Casa de Gladio, o que lhe deixou ainda mais envergonhado e transtornado. Muito antes de chegar à pequena cidade onde sua família era reputada, o jovem se viu obrigado a se evadir daquela missão de retorno, pois, compreendia que naquele momento era emergencial a sua necessidade de reconquistar a grandeza de seus feitos, ou seja, não poderia ele retornar para graça de seu lar de mãos abanando, como um pesado fardo ou um pária, principalmente, tendo ele chegado tão longe dentro das arenas de gladio em Teridar.

Ilustração por Artastrophe.
Brad Storm, filho do lendário herói
Vinnie Storm com a princesa Rhiana
de Marshanda, e que agora busca
meios em Ytarria para liquidar um
terrível mal que recaiu sobre o
continente onde nasceu.
Para desespero de lorde Dravon Aspen, Albionne retornou a Lacross sem a presença do irmão mais novo, desaparecido desde a passagem pela grande cidade de Yibyorak.

Na cidade goblin de Yibyorak, após se desvencilhar do irmão, Freddo clandestinamente sobe em uma embarcação marítima que o levou até a cidade portuária de Dekamera (Mégalos). E, nesse local ele tomou conhecimento de que um homem de sobrenome Storm estava a contratar audaciosos e destemidos aventureiros para ingressarem em uma confraria de corsários, algo que o deixou extremamente esperançoso de se aliar aquele que é o seu ídolo e aspiração para os seus feitos, principalmente, conhecendo a reputação de que Vinnie seria imortal. Em pouco mais de dois dias perscrutando todas as informações que permeavam o submundo, Freddo chegou ao contratador em questão, Brad Storm.

Brad Storm se simpatizou com a pessoa de Freddo, sobretudo, ao longo de uma rodada de bebidas pagas pelo ex-gladiador de Teridar em uma taverna próxima ao porto - não que necessariamente tenha sido Lacross o fiador daquela libação, mas um dos azarados tripulantes da embarcação em que viajou as escondidas. E, na oportunidade, o jovem Storm relatou com uma convicção ímpar que: era mesmo filho de Vinnie com uma princesa de um reino chamado Mashanda - um lugar que pertencia a outro continente deste mundo (Yrth) -, e, que a reunião desse grupo de audazes aventureiros tinha como propósito a busca por um item mágico perdido aqui nesse continente (embora, de fato não pertencesse a ele ou fosse criado por alguma criatura que aqui habitasse), algo de poder extraordinário capaz de deter um mal que assombrava as distantes e enigmáticas terras a sudoeste de Ytarria.

Aquilo suscitou na alma de Freddo uma perspectiva sem igual de ingressar em uma poderosa e épica jornada rumo ao desconhecido – algo que a tanto a sua alma ansiava.

Sem mais rodeios, e pesar de já se encontrar demasiadamente bêbado, Brad Storm informou a Freddo que nos próximos dias ele seria testado, de forma que provasse a sua lealdade e convicção, para então ingressar ao grupo de destemidos aventureiros. Uma confraria que já contava com outros quatro membros. Lacross aceitou as condições de Storm, embora houvesse um resquício de dúvida, algo normal para quem passou recentemente por um trauma como o dele.

Ilustração por Aomori.
Freddo tencionava retornar algum dia
a Teridar e por fim a Casa de Gladio
de Venâncius Blade, porém, sabia que o
momento que se apresentava
agora lhe era único, e, importante
para a plenitude de sua vingança.
Freddo tinha em mente a clara intenção de retornar a cidade de Teridar para liquidar a todos da Casa de Gládio e o Senhorio Pillus, porém, ele sabia que essa vingança agora deveria esperar, pois, se havia algo que desde muito jovem tinha aprendido: era de que uma vingança bem servida deveria ser disposta fria aos seus algozes. O seu pensamento agora viajava a léguas de distância a sudoeste de Ytarria, embora, houvesse etapas da missão a serem cumpridas ainda aqui nesse continente, principalmente, a sua aceitação nessa confraria liderada por Brad Storm.

Os dias que seguiram após o encontro com Storm na taverna passaram sem maiores dificuldades para Freddo, isto é, nenhum tipo de dificuldade ou problema, que ele por sua vez, tivesse conseguido resolver ou se desvencilhar sem que algo de muito ruim ocorresse a si ou ao grupo. Assim sendo, logo veio a sua aceitação a confraria Storm, algo do qual desde o início julgou certo ocorrer, embora não soubesse ele, que a vaga somente competia a mais um membro, e que os outros dois que concorriam com ele eram tão competentes quanto.

Uma vez formada a confraria sob a liderança de Brad Storm, o líder julgou então relatar aos companheiros que o poderoso artefato a ser buscado era a lendária Espada Elementar de Forbidden Lands, o arriscado caminho que seria necessário fazer para se chegar até ela, e, todas as lendas conhecidas por ele que a permeavam. Pois, esse foi um dos mais poderosos itens adquiridos por seu pai e seus antigos companheiros de aventura, e, que agora repousava em um local inóspito nas profundezas da temida Floresta Negra ao centro do Império Megalano, sob a proteção de um dragão das sombras vil e ardiloso, conhecido como Sardaph.

Antes do grupo de aventureiros chegarem a Floresta Negra, uma série de outras pequenas tarefas lhes foi conferidas por Storm. Atividades essas que lhes serviram para estreitar o laço de vinculo entre os mesmos, e, assim fazer destes uma real confraria capaz de lutar um pelos outros. Para tanto, se lançaram em missões dispostas em murais de aventuras semeadas em todos os tipos de taverna que havia no caminho a ser trilhado, considerando que as escolhidas não os tirassem da rota, e, não fossem medíocres suficientes. Antes de chegarem ao seu destino, eles já se intitulavam Os Arautos da Tempestade Proibida, e, assim também já eram conhecidos nas regiões centrais do império.


Condolessa, e os dessabores da derrota ante o amor verdadeiro.

No grupo liderado por Storm, Freddo conheceu Condolessa Queen, uma sedutora guerreira com alguns talentos arcanos incomuns, porém, dotada de um temperamento aguerrido, independente e um tanto bruto para uma mulher. O convívio dos dois inicialmente se mostrou algo repleto de animosidade pela adversidade de características, no entanto, passado algum tempo, isso se reverteu para algo bem mais tórrido e profundo. Algo que os dois não buscaram ou que jamais haviam tencionado viver, mas que aconteceu sem lógica.

Ilustração por HBDesign.
Condolessa Queen foi para Freddo Lacross
o seu grande amor. Porém, preferiu o
guerreiro abdicar de tal sentimento pelo
medo e a incapacidade de lidar com a força
das mudanças que o mesmo exigia
em silêncio no âmago de seu ser.
Porém, Freddo Lacross não foi suficientemente capaz de abdicar de sua vida boemia e extremamente lasciva, sobretudo, estando ele na companhia de homens como Storm. E, a Condolessa, assim como aos demais membros da confraria, coube conhecer um lado dela do qual jamais imaginou possuir, o ciumento. Um lado que por diversas vezes a expôs em situações extremas, desgostosas e constrangedoras... Esse lado selvagem e arisco da guerreira, por muitas vezes foi contido por Storm, que interviu em momentos onde um assassínio seria consumado diante de muitos.

Por fim, o sentimento de Condolessa por Freddo se tornou algo exclusivo e encerrado em seu âmago, permitindo a ela somente representar diante dos demais apenas por uma frígida consideração em relação a ele, sobretudo, tendo ela tomado conhecimento das peripécias sexuais de seu amante longe de sua companhia, e muito além daquilo que poderia ser consentido em um relacionamento como o deles, que jamais poderia ser considerado algo possessivo e monogâmico, pois, ela estava muito além do que qualquer outra amante fora para ele, em termo de liberdade e devoção.


Conduzidos por uma estranha sedutora ao covil do dragão.

A caminho da sombria cidade portuária de Hyrnan (Mégalos) e as sombras das medonhas muralhas verdes da Floresta Negra, o grupo foi surpreendido em seu acampamento durante a noite em um ataque mortífero que resultou na morte de um companheiro. Porém, os aventureiros foram bem sucedidos, e, conseguiram em tempo se recuperar do ataque, se organizarem e enfrentarem os desconhecidos inimigos que se moviam como sombras espectrais. Nesse ataque eles também tomaram conhecimento de que Sardaph, o dragão das sombras já os aguardava em seu templo, algo que deixou Storm extremamente irritado com os companheiros, pois, uma informação muito preciosa havia vasado, e, principalmente, ela havia chegado ao conhecimento do inimigo.

Na cidade de Hyrnan, os Arautos da Tempestade Proibida se viram obrigados a repensar uma forma de chegarem ao templo de Sardaph (em algum lugar no coração da grande floresta). Senso assim, eles buscaram nas tavernas e hospedarias locais, mercenários que poderiam lhes servir de guia nessa empreitada, e, encontraram com algum custo, Allíass El, a Elfa Negra.

Ilustração por Stanley Lau Guy.
Allíass El, a Elfa Negra, guia contratada
pelos Arautos da Tempestade Proibida
para chegar até Sardaph, o Dragão
das Sombras, que habita o interior da
Grande Floresta Negra, e detentor da
lendária Espada Elementar
de Forbidden Lands.
Allíass El foi mencionada por alguns como a mais capacitada para chegar a qualquer lugar dentro da Floresta Negra, pois, ela era uma criatura nascida no cerne da agourenta região, e, aquela a quem alguns procuravam para negociar com o dragão (Sardaph). A Elfa Negra possuía uma beleza incomum: uma voz atraente, rouca e pausada; cabelos lisos em tons esbranquiçados; olhos que cintilavam entre tons azuis e acinzentados; um olhar penetrante capaz de refletir a alma daquele com quem conversava - algo incômodo para os habituados a mentir -, e, por fim, um corpo detalhadamente delineado em formas lascivas (desejosas). Ela de longe transmitia ares de confiança, mas, os mistérios que a envolviam pareciam soar no intimo dos homens como algo extremamente instigante, e, assim, Di Lacross, Brad e os demais se viram seduzidos pela elfa de pele azul ardósia escuro, que ao citar o exorbitante preço de seu trabalho, concordaram imediatamente sem questionar nada, crédulos do investimento e da possibilidade de conseguirem algo mais de sua contratada.

Do grupo de aventureiros, Condolessa Queen foi à única que não se viu atraída pela estonteante graça da guia, e, muito pelo contrário, assistiu a aquele espetáculo de sedução em massa de seu grupo com desdém, pois, sabia que a Allíass El poderia persuadi-los fatalmente os conduzindo para uma emboscada já arquitetada pelo dragão Sardaph. Porém, como ótima interprete de sinais e talentosa dissimuladora, a aventureira fingiu também estar encantada pela tal criatura para saber até onde aquilo tudo poderia leva-los. Contudo, precavendo-se antes que algo de muito ruim viesse a ocorrer a todos, pretendia a guerreira agir em favor de seu grupo, sobretudo, de Lacross.

O grupo adentrou a Floresta Negra, e, com aproximadamente sete dias de viagem, em uma caminhada árdua, com pouquíssimas paradas para descanso, excessivos perigos mortais em forma de criaturas indescritíveis e terrores naturais, eles chegaram ao covil de Sardaph, o Dragão das Sombras. Nesse ínterim, Condolessa Queen se viu obrigada a confiar em Allíass El, pois, em muitos momentos foi ela quem os livrou da morte certa, inclusive, do ataque de guerreiros de uma comunidade de Elfos Negros, que não foram receptivos a presença da elfa. Estranhamente, embora a misteriosa guia tenha demonstrado na cidade de Hyrnan um talento para sedução extraordinário, ao longo da viagem, ela se mostrou silenciosa, na dela, e, pouco solicita a amizade interesseira dos homens do grupo, o que fez com que indivíduos do tipo Freddo e Storm, se mostrassem ainda mais encantados e predispostos a arriscar suas vidas por ela, o que angustiava mais e mais, a única mulher do grupo.


O preço de uma grande aventura tende a ser outra grande aventura quando se negocia com Dragões.

Sardaph recebeu os aventureiros em seu covil como um cortês anfitrião, apartando deles uma série de desafios mortais, dos quais já não teriam capacidade física e mental de sobressaírem vivos, devido os desgastes passados momentos antes de adentrarem o lugar. Na oportunidade, o grande dragão das sombras mencionou que a espada ao qual procuravam poderia ser deles, sem que uma gota de sangue fosse derramada no saguão de sua morada, mas que para isso, era necessário que os mesmos buscassem outro item em troca, o Coração de Totsmoon Ark.

Ilustração por Sandara.
Sardaph, O Dragão das Sombras,  que na
oportunidade de liquidar os Arautos da
Tempestade Proibida, oferece a eles a
opção de entregar a lendária espada
em troca de outro artefato.
O dragão lhes orientou que o item se encontrava dentro das ruínas do palácio de Defiant, nos Reinos Orcs, e, que uma perigosa fera o guardava, um antigo beholder. De fato, tratava-se do mago Totsmoon Ark que desejoso por poderes ilimitados e por uma inadvertida maldição foi o próprio transfigurado na besta guardiã. Para chegar até o local, o grupo receberia o auxílio de dragonetes como condução, e, também, deveriam levar consigo a elfa, Allíass Elly, pois, ela já havia participado de uma fracassada incursão até o lugar.

Brad, Freddo e Condolessa perceberam quando na face da elfa houve um lampejo de surpresa ao ouvir a voz hermética da criatura declarar a tarefa.

Antes que os Arautos da Tempestade Proibida na companhia de Allíass El deixassem o templo de Sardaph em suas montarias aladas, o Dragão fez questão de pontuar duas coisas:

- Brad Storm, o item que ao qual você e seu grupo buscarão em Defiant não o favorecerá na batalha contra o mal que assola o reino de seus avós, não tão quão a espada que guardo. Portanto, não seja tolo o suficiente e fazer um destrato comigo;

- E você, Elfa, eis a última oportunidade que lhe concebo sob as minhas graças de se redimir perante o seu povo. Caso fracasse, sugiro que busque outro lugar nesse mundo para morar.


Allíass El, a Elfa Negra,  que por devoção a um legitimo amor se viu lançada em uma fornalha de injúrias.

A comunidade élfica a qual Allíass El pertencia era uma das mais antigas de Ytarria, e foi constituída por uma grande quantidade dos elfos que participaram do evento que gerou o cataclismo, o que trouxe a eles e aos seus descendentes uma mácula eterna de exílio das demais sociedades élficas deste continente. Algo que com o tempo aprenderam a conviver muito bem, sobretudo, nutrindo pelos outros um rancor sem precedentes.

Ocorre que como senão bastasse somente o ostracismo por parte dos demais da espécie, os Elfos Negros também foram perseguidos mortalmente, e, a sua pele de cor diferenciada foi uma solução mágica que os mais antigos elfos encontraram para fazer com que as outras criaturas os reconhecessem, e, pudessem assim, diferencia-los dos demais em sua fúria sanguinária. Porém, essa insígnia com o tempo se mostrou pouco sábia, pois, a vingança dos orcs recaiu sobre todos da espécie, assim como o rancor dos anões. E, aos Elfos recriminados coube associarem forças com entidades de grande poder até então adormecidas, esquecidas ou enclausuradas nas profundezas do subterrâneo. Criaturas cujo poder rivalizavam com a do Eterno.

Os Elfos Negros da Grande Floresta Negra respeitavam Sardaph, pois, ele era um dos filhos de Lorde Belliash - um grande e finado rei élfico desta comunidade -, com a deusa dragão Anki-Hora, a Consorte dos Pesadelos, que habitava as profundezas abaixo da floresta, nos chamados Reinos Profundos e Obscuros. Porém, o dragão das sombras era conhecido pelo seu egocentrismo, e o habito peculiar de colecionar e negociar itens mágicos, ao custo de muitas vidas. Rituais em sua homenagem sempre foram compostos de três coisas imprescindíveis: itens mágicos, grandes festejos e três belas virgens élficas.

Certa ocasião enquanto se preparavam para os festejos de Sardaph, os Elfos Negros daquela comunidade se depararam com um problema, eles não haviam conseguido a terceira virgem élfica que compunha a tradição. E, entre os líderes elfos que tinham filhas virgens foi feito um sorteio para saber qual delas seria disposta ao dragão, e Allíass El foi à escolhida. No entanto, ela era prometida ao guerreiro Auiin Izar a muitas luas passadas.

Na noite que antecedia os festejos ao Dragão, Auiin Izar desafiou os mais velhos de sua comunidade, e foi ao encontro de Sardaph para pedir pela vida de sua noiva. O Dragão, ao contrário do que muitos cogitavam, se mostrou solicito ao pedido do elfo, e, concordou que era possível poupar a vida de Allíass El, desde que algo lhe fosse oferecido em troca até um mês, e, principalmente, de igual valor... Com clareza, Sardaph disse ao elfo que nas ruinas de Defiant havia um tomo de magias singulares que pertenceu ao mago Totsmoon Ark que fora transformada na besta que agora guardava o lugar.

Muito antes de seguir viagem para as ruínas de Defiant, Auiin informou aos mais velhos de seu clã o trato que havia feito com Sardaph, e, que estava disposto a honra-lo, a fim de, ter para si Allíass El. Um irmão do elfo e outros três primos se compadeceram de seu sentimento, e se colocaram a disposição em segui-lo nessa empreitada.

Ilustração por Mir-Nye.
Auiin Izar, o guerreiro Elfo Negro
prometido em casamento a Allíass El,
antes da entrega desta aos cortejos
do filho da deusa Anki-Hora, Sardaph.
Por meio do patriarca de seu clã, Allíass El tomou conhecimento de seu fatídico destino e do que havia se sucedido quando Auiin Izar ficou sabendo. A jovem elfa que já nutria pelo guerreiro prometido grandes expectativas se viu desconsolada com a possibilidade de ter o seu casamento arruinado. Sendo assim, Allíass El, imbuída de um espirito aguerrido e um senso de dever natural para com o seu noivo, logo, buscou meios furtivos para se aliar a comissão em pró do sucesso daquela missão que influenciava diretamente na felicidade de todos, pois, tinha plena certeza, de que a sua participação direta seria sumariamente vetado.

Em Defiant, o grupo de elfos negros liderados por Auiin Izar encontrou muitos desafios mortais, pois, o local se assemelhava a um ninho de infindáveis armadilhas, e outras aterradoras criaturas que se reportavam ao maligno guardião mencionado por Sardaph, o temível beholder Totsmoon Ark. E, sobre o líder dos elfos recaiu uma preocupação e responsabilidade ainda maior, pois, teve que aceitar de forma incondicional a participação de Allíass El na missão.

Os desafios nas famigeradas ruínas de Defianr se mostraram além do que a comissão de guerreiros oriundos da Floresta Negra poderia enfrentar, e, um a um eles foram eliminados com requinte de crueldade, surpreendidos pela grandiosidade do mal que se encontrava encerrado entre aquelas paredes deterioradas pelo tempo, até que somente restasse Auiin Izar. Ela tentou se evadir do lugar levando consigo alguns itens mágicos recolhidos pelos companheiros - como havia orientado o seu noivo -, antes que o funesto fim recaísse sobre ela também, porém, tomada da profunda dor de ter perdido o seu amante, a elfa acabou se deixando apanhar por alguns servos de Totsmoon Ark.

Diante do beholder, e, sem que Allíass El mencionasse uma palavra, a criatura falou como se estivesse dentro da mente dela:

- Sardaph, o filho da poderosa Anki-Hora, faz aniversário e você acredita que seja justo que quem deva pagar pelo presente deste infame seja Eu, Allíass El da linhagem de Ramyoss El? Como estou diante da prometida consorte de meu inimigo, não pouparei a oportunidade de lhe enviar um presente, haja vista que, ele me permitiu antes dele, usufruir de tamanha beleza.

Ilustração por Saryth.
O mago Totsmoon Ark se sente tão
insultado por Sardaph, que se
transformou em uma deidade lasciva
somente para profanar a virgindade da
noiva de seu inimigo, e, não obstante,
ele a envia de volta para
Floresta Negra munida de um
encanto de maldição.
Com alguns verbetes mágicos proferidos pelo beholder, a elfa negra se viu recuperada de todos os seus ferimentos - dos leves aos profundos -, desnudada de todos os seus trajes, e, encoberta por uma neblina perfumada de aromas lascivos e de poder alucinógeno. Allíass El vislumbrou com pouco discernimento quando a medonha criatura adquiriu uma estranha forma humanoide de tamanho próximo ao seu, beleza singular, dotada de quatros braços e veio ao encontro dela, tomando-a pelos braços sem qualquer tipo de resistência e a provendo de intenso e libidinoso prazer carnal.

Quando Allíass El recobrou a consciência, ela estava sobrevoando a Grande Floresta Negra sobre uma das dragonetes utilizadas como meio de condução até o distante Território Orc, e munida de um rolo de papiro onde constava um encanto produzido pelo mago. Lágrimas rolaram a sua face ao lembrar o que havia acontecido ao seu noivo, aos amigos deles e a ela, assim como uma tamanha dor invadiu o seu ser. Porém, a elfa não teve muito tempo para se lamentar, pois a criatura alada a levou diretamente ao templo de Sardaph, onde a mesma já era aguardada.

O temido Dragão das Sombras estava transtornado com a atitude de sua prometida, e, mais ainda ficou ao saber que a missão havia sido um fracasso. No entanto, a morte do petulante elfo Auiin Izar fora muito desejada por Sardaph desde a sua intromissão nos meandros da cerimônia, e, tornou-se ainda mais apreciada ao saber que Allíass El havia presenciado. Imediatamente, Sardaph pediu que suas servas que preparassem Allíass El para que fosse possuída ainda esta noite por ele. E, enquanto a elfa negra foi banhada e perfumada pelas outras noivas, o Dragão se apoderou do papiro mágico, o único item que aparentemente foi pego do mago. Porém, ao fazer a leitura dos signos mágicos contidos no papiro, simultaneamente uma agourenta onda mágica tomou o espaço do templo.

Na noite de núpcias de Sardaph com Allíass El, o mesmo não pode consumir a virgindade de sua noiva, pois, além dela já ter sido profanada por outro alguém, o dragão das sombras havia adquirido algum tipo de aversão sexual a ela, embora tivesse sobre ela desejos profundos. A partir daquele momento o dragão compreendeu que a semente daquela incomoda situação havia sido plantada no encantamento trago de Defiant, mas, para seu completo terror, ele não conseguia alcançar nenhum tipo de resíduo de memoria de sua noiva, pois, as suas magias simplesmente não surtiam efeitos sobre ela.

Aquela circunstância deixou o dragão tão enfurecido, que a partir daquela cerimônia, ele exigiu dos elfos negros, devotos de sua mãe e de seu pai, que lhe fossem entregue quatro virgens, dentre elas, pelo menos uma deveria ser uma membra da comunidade élfica da Floresta Negra, em punição ao desvio de conduta de Auiin Iza e de Allíass El. Tal modificação nos ritos tradicionais fez com que o povo élfico se voltasse contra Allíass El em sentido de ostracismo, e até mesmo, intolerância mortal. Porém, o que os elfos negros desconheciam, é que essa era uma alteração provisória, desde que a Allíass El conseguisse trazer o Coração de Totsmoon Ark para Sardaph, e, na companhia daqueles que o dragão julgasse capacitados para fazê-lo, sem mais contratempos ou amadorismo.

Allíass El foi designada por Sardaph a missão de ir ao encontro de todos aqueles que desejassem negociar itens mágicos com ele, e, assim, trabalhando como guia na cidade de Hyrnan, até que fosse oportuno o surgimento de um grupo de aventureiros capaz de retornar na companhia da elfa as Ruínas de Defiant.


Vitória ante o Beholder e Derrota diante o Dragão.

De volta a Defiant, Allíass El se viu novamente as voltas de lastimáveis lembranças do passado, de tudo que havia ocorrido a cerca de dois anos atrás, quando ainda estava na companhia de seu verdadeiro amor, Auiin Izar, em busca de uma solução que não os separasse. E, Condolessa Queen foi a única do grupo de Storm que percebeu no semblante da elfa negra a mudança de humor, e, quando os seus olhos marejaram por furtivas lágrimas.

Ilustração por Scott Purdy.
O poderoso mago Totsmoon Ark de
Defiant, que sedento por poder se viu
amaldiçoado com a transmutação
de sua forma humana para a de um
horrendo e temido beholder.
Os Arautos da Tempestade Proibida liderados por Brad Storm eram mais habilidosos que o antigo grupo de elfos negros enviados anteriormente pelo Dragão das Sombras, sobretudo, nos talentos que envolviam ataques surpresas e armadilhas, sobretudo, as últimas, para identifica-las e desarma-las com precisão. Com alguma habilidade mágica a mais, e, alguns itens encantados, logo o grupo chegou até a sala do tesouro onde estava o tomo de magia do arcano denominado Coração de Totsmoon Ark, e, consequentemente, conseguiu se apossar do artefato a tanto cobiçado por Sardaph.

O que o grupo mais temia aconteceu: um confronto direto com o beholder guardião Totsmoon Ark. Porém, ao contrário do último encontro com a besta, Allíass El percebeu que algo havia se passado a ela, o seu poder já não era tamanho – ainda que fosse mortal e não deveria ser subjugada -, mas algo havia acontecido que mostrou ao grupo uma possibilidade cuidadosa de vencê-la. Não tardou para que os sobreviventes conseguissem liquidar a temida e lendária criatura das Ruínas de Defiant, ao custo de algumas vidas. Assim que a criatura atingiu o limite de vida, a mesma assumiu a sua forma humana para vir a óbito tal como fora um dia antes da maldição do poder que a consumiu.

De volta a Grande Floresta Negra, os aventureiros remanescentes da arriscada missão (Brad Storm, Freddo Di Lacross, Condolessa Queen e Allíass El) entregaram a Sardaph o tomo de magia que tanto almejava, porém, o dragão das sombras mais uma vez se viu frustrado em seus propósitos, ao receber um artefato que já não detinha poder algum, pois, os verbetes mágicos contidos naquele livro estavam ligados diretamente a vida da criatura que fora morta, ou seja, com a destruição de Totsmoon Ark também morreu toda a sua magia. Uma morte com a qual Sardaph não cogitava a possibilidade, embora acreditasse na capacidade do grupo de furtar o item.

Sardaph, o dragão das sombras, descontente com o rumo que a sua negociação havia tomado, ele, se indispõe a entregar a lendária Espada Elementar de Forbidden Lands a Brad Storm e seu grupo, ainda que no fundo compreendesse que estava diante de um grupo que poderia surpreendê-lo mortalmente. A fim de não sair perdendo, o dragão propõe a eles a vida de Allíass El e alguns outros itens pelos virtuosos feitos para conseguir o Coração de Totsmoon Ark. Itens encantados, que segundo o dragão, os heróis com alguma habilidade demonstrada em Defiant, poderiam vencer o mal que assola as terras de Marshanda.

Allíass El pediu pelo fim do ostracismo em sua comunidade élfica, Sardaph negou envaidecido, e, disse a elfa negra que agora a sua vida não mais pertencia àquela comunidade, mas aqueles homens com quem comungava de entrosada companhia. Isso foi para a elfa uma apunhalada ultrajante no cerne de sua alma que aceitou os termos do dragão temendo que algo pior acometesse sobre os seus parentes.


Outros caminhos mais difíceis, e a momentânea derrocada dos Arautos.

Brad Storm estava farto de Sardaph, mas preferiu não ataca-lo naquele momento, sobretudo, estando eles cercados por uma série de serviçais de considerável poder, e, ainda, uma comunidade de aguerridos elfos negros, que se demonstrassem habilidade tal como a Allíass El poderiam mata-los antes que deixassem a floresta. Os Arautos da Tempestade Proibida saíram da presença do dragão das sombras com a missão de buscar outro artefato de poder semelhante, e, como sugestão do mesmo, uma das cinco partes de Pako (um artefato de lendário poder). Storm ouviu de seu pai, e, alguns de seus antigos companheiros, o quão penoso e perigoso foram às aventuras em volta deste item mágico.

O líder do grupo ponderou junto aos seus, se talvez não fosse oportuno obter uma das partes de Pako para si ao invés de troca-la com o dragão pela espada? Pois, as histórias contadas pelo pai relatavam a transmutação de simples criaturas em aberrações poderosíssimas que somente foram destruídas pelo poder em equipe do grupo de Vinnie Storm. Por Freddo Di Lacross qualquer aventura até então lhe parecia mais do que quista, sobretudo, na companhia de Allíass El e os outros. Embora, a elfa negra não fosse tratada como uma vassala, a mesma dispôs a sua arma para Brad Storm e os demais companheiros, pois, por inúmeras vezes a sua vida foi salva da morte iminente. E, quanto a Condolessa Queen também não havia qualquer tipo de oposição a jornada sugerida pelo líder, pois, embora tivesse aprendido a tolerar a presença de Freddo, ela estava mais empenhada em torna-se melhor a cada dia.

Os Arautos da Tempestade Proibida seguiram em viagem rumo ao encontro das partes de Pako, sem a definição de que achando uma delas barganhariam com o dragão, ou não.

Sem que houvesse percebido com clareza as mudanças fisiológicas, Condolessa Queen havia engravidado de Freddo Di Lacross em suas recorrentes idas e vindas a seu leito, em um relacionamento conturbado que aparentemente estava acabado, mas que com frequência demonstrava recaídas. Porém, nesse interim, Di Lacross também conseguiu persuadir e se aproximar de Allíass El.

Em um combate, Condolessa veio a abortar a criança que esperava de Freddo para surpresa dela que desconhecia a gestação. Semanas depois, veio a conhecimento de todos que Allíass El estava gravida. Algo que no íntimo de Condolessa soou como um triste golpe do destino. De fato, um fardo muito pesado que a fez se distanciar totalmente de Di Lacross, e, se aproximar de Brad, que na ocasião se mostrou mais do que um líder, um eloquente amante da personalidade singular da guerreira e companheira de grupo.

Ilustração por Steven Purtill.
Freddo Di Lacross se vê obrigado a deixar
juntamente com Allíass El o grupo dos
Arautos da Tempestade Proibida pelas
dificuldades da gravidez da elfa, e,
também pelo crescente ciúme dele
em relação ao relacionamento de
Condolessa Queen e Brad Storm.
Essa aproximação de Brad Storm e Condolessa Queen aflorou no amago de Freddo Di Lacross algo que não imaginou sentir por alguém: ciúmes.

Como a gravidez de Allíass El foi se tornando algo mais complicado do que poderia imaginar, o guerreiro oriundo de família nobre se viu na obrigação de dispor a sua amante e a seu primogênito todo o conforto que lhe era devido, longe dos perigos mundanos que os cercavam nessa vida de aventuras. Sendo assim, Freddo Aspen de Lacross achou por bem se afastar com a sua elfa da companhia de Brad e de Condolessa. Uma perceptiva desculpa para o verdadeiro sentimento que corroía o íntimo de Freddo, e, que com o passar do tempo feriu mortalmente Allíass El.

Freddo Di Lacross retornou para junto do pai e de sua família na companhia de Allíass El, esperava ali que seu filho nascesse munido de todo o conforto e carinho que recebeu em sua infância. Assim como esperava ele dissipar de sua mente o que sentia por Condolessa.

Contudo, não tardou para que a elfa negra percebesse um clima hostil em relação a sua presença, e, a criança que era aguardada. Havia uma cortesia aparente em relação aos tratos dispendidos pela família ao casal, algo intrigante e agoniante ao mesmo tempo, pois, todos eles se mostravam dissimulados, ardilosos, frios, e preconceituosos. Essa funesta força que emanava dos familiares de Freddo somada ao sentimento de seu amante para com a outra companheira agravaram ainda mais o estado de saúde de Allíass El. 

Quando Auiin Ellys (Adrien) nasceu, Allíass El estava tão debilitada que dispôs as suas últimas forças para que a criança nascesse com vida, e, trouxesse a Freddo uma alegria além das suas impudicas conquistas ou tesouros usurpados de antigos templos por meio de confrontos, sangue e aço. No entanto, isso não aconteceu, Freddo viu a morte da elfa como um presságio de que a sua vida de aventuras deveria seguir independente de qualquer coisa, pois, ele já havia constituído uma reputação. Sendo assim, o filho caçula de Dravon delegou ao pai, familiares e aos servos da casa a missão de criar a criança, cujo nome seria Adrien Aspen de Lacross.

Dravon se sentiu ultrajado pela atitude insolente do filho, que há muito tempo não via, e, quando ressurgiu a casa da família, trouxe contigo uma criatura medíocre gestante de uma criança bastarda. Assim, que Freddo deixou as dependências da família, o pai tratou logo de entregar a criança para que os servos pusessem fim a vida dele. Porém, o destino da criança foi mais gentil, naquele momento uma das sobrinhas de Freddo – Adrielly Aspen -, de coração benevolente e contrária a arbitrariedade do avô, achou por bem enviar a criança para o reino de Caithness, aos cuidados de seu tio, o Barão Alvidor Calil de Lacross do Baronato de Denton.