Fecho os olhos e retorno a abri-los,
Tentando sem êxito desacreditar no fato:
Que a felicidade é um estado momentâneo,
Às vezes muito breve,
Dotada de uma brevidade tal,
Muito além do que possa imaginar ou compreender.
Que começa em um piscar de olhos,
E dissipa em um respirar ofegante, sem lógica.
Sem que tenha tempo para retê-la em um repentino afago.
E entender os meandros da genealogia do “se sentir feliz”.
Portanto, volta tempo, se possível for,
Pois, dói demais não vivenciar este entendimento,
E, ainda mais, prolonga-lo por tempo indeterminado,
Essa doce sensação de plenitude que somente a felicidade me traz.
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Ilustração por Ródjer Goulart. |
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