Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

RPG: Aventuras em Yrth - A Dissidência de Adrien, O Caminhante.

Antigas ambições que um dia frustraram uma ascensão heroica.

“Não posso deixar coisas inacabadas para trás! Se aquele anão estúpido encontrou outra passagem de acesso para os salões das ruínas que por pouco não se tornaram as nossas catacumbas, Eu não posso tardar em ir ao encontro dele, e, recuperar aquilo que me foi roubado. Parte do que esta ali me pertence por direito”.

- Adrien, O Meio Elfo, divagando mentalmente sobre a legitimidade de seu direito quanto aos tesouros existentes nas ruínas anãs em Zarak.


Dia 10: 10/10/2110, Sobre a regência de Libra.

Ilustração de Tatiana Kirgetova.
Adrien, O Caminhante, abandona o grupo de
mercenários da Guilda de Arvey sobre o
pretexto de “ajudar um antigo companheiro
de Zarak” em situação de perigo contra
criaturas em uma antiga ruína.
Em meio ao trajeto em direção aos limites dos reinos anões com o Império Megalano, Adrien, O Caminhante, por intermédio de um dos guias do grupo, o anão Brinow Orklan, tomou conhecimento de que o vilarejo de Tourth Barabrum - um de seus antigos aliados no tempo em que viveu sobre as montanhas de Zarak - havia sido atacado recentemente por um bando de famigeradas criaturas, conhecidas como Grimlocks, e, que o anão, havia organizado um pequeno grupo de veteranos combatentes de regiões vizinhas para uma perigosa incursão ao local onde supostamente era sabido de que os monstros estavam alojados. Porém, o local tido como inóspito, tratava-se de uma conhecida ruína subterrânea de um antigo clã anão que já não tinha mais nenhum descendente vivo, e que fora abandonada há muitas centenas de anos atrás, por haver rumores de que o lugar era amaldiçoado e habitado por outras aberrações tão temidas quanto os que atacaram o vilarejo anão. Sendo assim, o Adrien achou por bem “ajudar o velho companheiro” e também de não envolver os novos companheiros de guilda nessa missão pessoal, tomando na calada da noite um distinto caminho rumo ao encontro de Barabrum, na companhia apenas de Dionísio Thirdway.



Quando o Meio Elfo e o Anão se conheceram, isto a cerca de cinco anos atrás sobre as montanhas de Zarak, ambos buscavam algo em comum: algo que lhes atribuísse renome o suficiente para serem respeitados dentre os seus, ou ao menos, temidos. Assim, os dois encontraram por um acaso em sua peregrinação conjunta pela fama heroica, o acesso a uma remota ruína de uma cidadela anã, cujo próprio idioma anão utilizado nas inscrições dispostas em suas paredes era de um dialeto morto há gerações, e que se referia a eventos históricos por muitos já esquecidos. Na ocasião, os dois aventureiros não puderam vasculhar com tanta minuciosidade o lugar, pois, o mesmo era muito sutil a desabamento, e, na imersão as profundezas do lugar eles acabaram por encontrar criaturas inimigas de poderio além do que pudessem prever. O bom senso e a possibilidade de retomarem no futuro essa missão, estando os dois bem mais preparados, fizeram com que eles revessem as suas ações e abandonassem a missão. No entanto, a apressada e desajeitada fuga pelos corredores da ruína causou um ruído tamanho, suficiente para fazer com que as paredes tremessem e dessem inicio a uma série de desmoronamentos, porém, ainda assim, renascendo em meio a escombros, Adrien e Barabrum conseguiram sair dali com vida. Por vezes mais tarde, os dois tentaram retornar as mediações para vasculharem por novas passagens, entretanto, foram missões frustradas. E, desde a última busca nenhum dos dois voltaram a se falar, trazendo consigo cada um, um pouco de mágoa, por atribuírem a cada qual uma serie de incompetências que resultaram no fracasso da primeira incursão as ruínas.

Adrien, ao contrário de Barabrum, deixou as montanhas de Zarak em busca de novas oportunidades por Ytarria, embora, no amago de sua alma tenha ficado um cravo de amargura pelo frustrante abandono da missão.

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