
Ainda levanto-me do sofá e peregrino até a porta da frente, em passos arrastados e penosos, conduzido por sonhos e esperanças que o tempo me condenou justas amarras. Surpreendo-me ao ouvir - ainda que distante -, seu doce gargalhar e até mesmo as palavras carregadas de sentimento (alegria, paixão, amor, fúria, etc.). Pois, entre nós, uma porta.
Pouso meu olho no olho-mágico da porta na expectativa de ainda vê-la, no entanto, bem sei que a lente esta arranhada e trincada, por minha culpa. Pois, foram muitas as pancadas que por orgulho deferi contra aquilo que sempre esteve ali para me permitir o acesso, mas que por fim, transformei em um obstáculo de proporções desmedidas... Enganei-me entre nós e a porta.
Prostro-me de joelhos diante a porta; em minha garganta por mais uma vez engasgam as palavras de perdão que nunca disse – ou suplantei rogar. A voz não sai de tamanha dor que me calça o ato, no entanto, as lágrimas vertem de meus olhos feito águas de nascente e rolam por minha face definhada pelo tempo e a angústia dos dias de quem carregou o Amor como um infortúnio. Entre nós uma porta, que a mim testemunha, compadece e martiriza.
Não consigo lembrar-me desde quando esta porta se interpõe as nossas vidas, principalmente, a felicidade. Todavia, essa porta tornou-se ao longo do tempo muito resistente e o que outrora parecia ser madeira, hoje mais se assemelha a um aço maciço e indestrutível – cunhada por um exímio ferreiro. Mas, enfim, compreendo sua natureza e o seu sentido, que somente a mim, e justamente, me convém à culpa.
A porta nunca foi trancada, pois nunca houve chave, somente, orgulho, medo e uma necessidade vã de se proteger de algo que transformaria para sempre a minha vida: a felicidade em forma tua.
Pouso meu olho no olho-mágico da porta na expectativa de ainda vê-la, no entanto, bem sei que a lente esta arranhada e trincada, por minha culpa. Pois, foram muitas as pancadas que por orgulho deferi contra aquilo que sempre esteve ali para me permitir o acesso, mas que por fim, transformei em um obstáculo de proporções desmedidas... Enganei-me entre nós e a porta.
Prostro-me de joelhos diante a porta; em minha garganta por mais uma vez engasgam as palavras de perdão que nunca disse – ou suplantei rogar. A voz não sai de tamanha dor que me calça o ato, no entanto, as lágrimas vertem de meus olhos feito águas de nascente e rolam por minha face definhada pelo tempo e a angústia dos dias de quem carregou o Amor como um infortúnio. Entre nós uma porta, que a mim testemunha, compadece e martiriza.
Não consigo lembrar-me desde quando esta porta se interpõe as nossas vidas, principalmente, a felicidade. Todavia, essa porta tornou-se ao longo do tempo muito resistente e o que outrora parecia ser madeira, hoje mais se assemelha a um aço maciço e indestrutível – cunhada por um exímio ferreiro. Mas, enfim, compreendo sua natureza e o seu sentido, que somente a mim, e justamente, me convém à culpa.
A porta nunca foi trancada, pois nunca houve chave, somente, orgulho, medo e uma necessidade vã de se proteger de algo que transformaria para sempre a minha vida: a felicidade em forma tua.
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