Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

segunda-feira, 12 de março de 2012

RPG: Aventuras em Yrth - A Saga dos Bravos de Orion - Recomeçar a esperança de sonhar a vitória

Em um local conhecido como o Bosque da Árvore da Vida situado no reino de Gallione, cujo outrora fora notório pelas belezas de suas matas e os animais silvestres que nele habitavam, agora se resume em uma passagem de destruição e morte, ou seja, neste cenário desolador, depois de incontáveis semanas, Orion e Mellina se reencontraram. Contudo, como o ex-imperador estava sob a forma do Lucavi Hashmalum, o golem Worker 9 o atacou imediatamente percebendo um grande perigo emanando dele. O ferimento provocado pelas rajadas de raios foi grave, e suficiente para fazer com que o cavaleiro Hotuken caísse inconsciente, deixando desabar à Pedra do Zodíaco de Leão e voltando a forma humana original. A princesa de Fovoham olhou desolada a situação de seu amado.

Ilustração 01: Worker 9, o robô guardião reprogramado para zelar pela segurança da princesa de Fovoham, Mellina Aragon.

Mellina Aragon pegou a sagrada pedra caída ao chão e a alocou no local específico disposto no Globo Celestial, e, prontamente, começou a configurar a máquina, conforme havia lhe sido instruída em sonhos. Com a ajuda do Worker 9, ela colocou Orion em uma espécie de plataforma abaixo da máquina, e a partir deste momento, estranhas luzes foram expelidas do equipamento percorrendo o corpo flagelado do soberano de Lesalia.

A fuga de Orion Colesffar Hyral da batalha pôde ser pressentida pelos Lucavis renascidos, inclusive o seu destino, em função do mesmo tê-la feita sob a forma de Hashmalum. Contudo, antes que as bestas do zodíaco viessem ao seu encalço por meio do poder de teletransporte, algo de abrupto aconteceu para que a certeza quanto à localização do Cavaleiro Hotuken se perdesse de suas mentes completamente. Embora os demônios não pudessem mais localiza-lo, a bruxa Matoya detinha poderes para contornar esta dificuldade, e, o fez, para impedir a concretização dos planos de Mellina Aragon.

O Worker 9 se colocou a frente do Globo Celestial na tentativa de proteger a Orion e Mellina, enquanto, o processo de teleporte seguia em andamento. No entanto, os Lucavis surgiram acompanhados de Matoya. Uma nova batalha recomeçou, porém, o golem de aço foi facilmente neutralizado pelos inimigos, sobretudo, por sua energia vital está em nível baixíssimo, e a cavaleira rúnica, mesmo de posse da espada Excalippur, também pouco pôde fazer além de tentar proteger a ela e a seu amado das investidas.

Os estrondos de combate foram suficientes para que Orion recobrasse a consciência e despertasse, percebendo ele que os três estavam cercados por aquela força maligna. Mellina tentou detê-lo sobre a plataforma, estando ela muito ferida, contudo, o seu impulso de combater e protegê-la foi maior. A cavaleira rúnica se viu obrigada em paralisar o processo do Globo Celestial, e pedir que o ex-imperador fizesse uso do poder da pedra sagrada para ao menos neutralizar o ataque dos inimigos. O cavaleiro Hotuken o fez contra a vontade, pois, sabia os riscos que aquilo implicava.

A Princesa de Fovoham foi surpreendida quando Matoya se saltou por de trás dos lucavis em direção a Orion, e, com isso, o ferindo mortalmente na garganta com garras medonhas. Mellina não a conhecia, mas soube a partir daquele momento que aquela mulher não era uma besta do zodíaco.

Apesar do Worker 9 ter sido neutralizado pelos demônios, a sua reserva de energia ainda era suficiente para uma última ação, uma que significasse o término de sua existência, algo que ele assimilou ao longo dos combates com os piogres: a autodestruição explosiva. E foi o que ele fez se lançando para próximo dos inimigos, tentando ao máximo afetá-los, e, também, evitar que a sua mestra fosse impactada por gesto tão poderoso.

A explosão suicida do Worker 9 projetou à todos para longe, e inflamando mais uma vez o que ainda restava do bosque a ser queimado. Tal ação também provocou danos seríssimos aos lucavis, essencialmente, a Velius, que mais uma vez se viu transformado na forma humana de Bernard Pádua... Os outros caíram ao chão, desacordados, mas em suas formas demoníacas. Matoya também foi arremessada para longe dali agarrada ao corpo de Orion, cujo tentou usar como proteção para diluir o efeito devastador daquele golpe. Mellina foi lançada com o Globo Celestial a metros dali.

A cavaleira rúnica restaurou a consciência com os berros de Bernard Pádua a percorrer possesso aquele cenário de chamas, devastação e coberto em densa fumaça. Já não era o templário que falava por si, mas, parte do lucavi. Mellina juntou forças e se ergueu determinada a obter a Pedra do Zodíaco de Áries, pois, agora cabia somente a ela retornar ao passado e mudar os eventos.

Bernard Pádua reencontrou a pedra sagrada, entretanto, antes que pudesse clamar pelo lucavi novamente, ele foi mortalmente ferido pelas costas com uma facada em sua nuca. Suas palavras foram emudecidas pela quantidade de sangue que brotou do corte profundo aberto de uma extremidade a outra. A pedra caiu das mãos do cavaleiro templário para as mãos da cavaleira rúnica. Mellina sentiu uma presença sinistra se aproximar como se fosse cobrir o mundo em trevas. A princesa de Fovoham sabia que sem o Worker 9 e Orion, ela não poderia contar com mais ninguém, portanto, correu o máximo que pôde em direção ao Globo Celestial.

Os Lucavis Altima e Baal Zebub ainda muito feridos pelo ataque do golem ergueram-se com dificuldade, e caminharam em busca dos demais.

Quando o Anjo Sangrento vislumbrou o corpo de Bernard Pádua jazido ao chão sem vida, ele paralisou estupefato. Um impulso de vida diferente emergiu, se alastrou e tomou conta. Como se no intimo daquela criatura demoníaca ainda voltasse a pulsar a vida do cavaleiro templário, Diórgines Pádua. Uma cólera abissal tomou conta do lucavi, porém, ela era puxada pelos sentimentos de dor de um pai que acabará de ver seu filho morto! A sua revolta se voltou contra tudo e todos, e sob a forma da basta do zodíaco, ele atacou de maneira extraordinária e letífera o seu consanguíneo, Baal Zebub.

Matoya se pôs entre Mellina Aragon e o Globo Celestial. A bruxa estava transformada em uma espécie de criatura abissal: aterrorizante, gigantesca e enfurecida. Seus tentáculos golpeavam o chão causando fortes tremores e varrendo tudo aquilo que estava à frente.

Ilustração 02: Matoya, a Bruxa Lendária, transmutada em uma criatura abissal.

Diórgines Pádua começou a atacar a gigantesca criatura utilizando-se de todos os seus poderes na forma do Lucavi Altima, O Anjo Sangrento. Em seu intimo ele acreditava que tudo aquilo havia se derivado daquela gigantesca besta demoníaca, cujo ele desconhecia a origem, mas que trazia em si a essência de um mal muito remoto.

De onde Mellina Aragon estava não era possível perceber o que ou quem enfrentava a criatura, pois, havia muitos focos de chamas e a fumaça estava carregada demais, todavia, ela conseguia perceber que um confronto estava em andamento. Isto era mais do que suficiente para distrair a atenção daquele demônio de proporções gigantescas, e, assim, ela chegar até o Globo Celestial.

Mellina alcançou o Globo Celestial com dificuldade, pois, em inúmeros momentos teve que se conter em função do combate e dos desafios propiciados pelo incêndio. Chegando até a máquina, ela conseguiu programá-la para teletransportá-la para anos atrás, precisamente para meses depois do nascimento de Orion. Sua intenção era raptar a criança do Palácio Imperial, e, viajar com a mesma até o continente de Altimerg (Ytarria).

O Globo Celestial levitou a uma altura um pouco acima da cabeça de Mellina Aragon, e pôr-se a emitir feixes luminosos de variados tons sobre ela. A cavaleira rúnica sentiu o seu corpo estranho, anestesiado e leve o suficiente para não sentir o chão abaixo de seus pés. Uma poderosa rajada de luz que se elevou até a imensidão do universo a tragou daquele tempo e espaço, conduzindo-a para uma viagem por meio de uma fenda aberta no cosmos, que mais se assemelhava a um labirinto formado por mesclas indecifráveis de sensações e imagens desconexas.

Matoya seria destruída pelo Lucavi Altima, senão fosse à intromissão repentina e crucial do Barão Zelmurg naquele combate. O nobre cavaleiro surgiu em meio às nuvens de fumaça montado em uma montaria alada, e, se aproveitou do momento de distração da besta do zodíaco para ataca-la mortalmente pelas costas com a Lança Longibunne, que a atravessou sem muita dificuldade. A bruxa por sua vez, com a distração promovida por este combate desnecessário com Diórgines Pádua perdeu o foco em Mellina.

Zelmurg e Matoya foram surpreendidos com o poderoso feixe de energia que se estendeu do chão até os confins do céu. A bruxa voltou a sua forma hominídea para buscar em meio aquele cenário caótico a Pedra do Zodíaco de Câncer, pois, sabia que se tardasse em alcançar a cavaleira rúnica, a realidade a qual se encontrava seria destruída para sempre. O barão, por sua vez, entendeu que a gigantesca criatura pudesse ser fruto de algum poder demoníaco dos lucavis, pois, assim que o Anjo Sangrento foi destruído, a mesma desapareceu, ou ainda, que o raio pudesse tê-la atingido mortalmente.

Matoya assim que localizou a pedra sagrada partiu em busca do Globo Celestial. Como o Barão Zelmurg desceu para se certificar da morte dos Lucavis, e, também, para recuperar a sua arma, ele avistou de longe o vulto de uma bela mulher a percorrer as mediações, e, que trazia pendurado em seu colo um pingente com as formas de uma figura disposta no grimório da lendária bruxa que Leda Traggora havia encontrado, assim sendo, curiosamente a seguiu. O nobre Lucca Dorea observou que a mulher estava próxima a uma espécie de engenhoca de aço, em formato esférico com diversas pequenas lanças, ela aparentemente tentava verificar algo do qual não compreendia, pois, estava a se queixar quanto ao funcionamento da mesma, e, muito nervosa. Contudo, ela ainda assim inseriu no centro daquilo a Pedra do Zodíaco de Câncer, e, automaticamente, a coisa se ascendeu por completa e se ergueu do chão até acima de sua cabeça.

O Barão Zelmurg se espantou com tal evento que se projetava diante de seus olhos, e, ponderou se aquela mulher não seria a condessa Ledda Traggora transmutada sob tal forma. Ele atraiu a sua atenção, no entanto, assim que ela o viu lançou um intenso raio na direção do nobre, que com muita sorte se esquivou. O barão concluiu que aquela não era a sua aliada de outrora, e, antes que o corpo da mesma fosse teletransportado pelo poder do Globo Celestial, ela foi atingida pela Lança Longibunne arremessada por ele.

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