Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

sábado, 10 de março de 2012

RPG: Aventuras em Yrth - A Saga dos Bravos de Orion - A Guerra dos Infames Arguidos

Ilustração 01: Zelmurg "O Urso Implacável" que liderou a vitória da aliança pelo fim do império, formada pelos reinos de Zeltennia, Limberry e Lionel.

No final da primavera do ano de 675 da era do Escorpião a capital do reino de Lesalia estava cercada pelas tropas da Derrocada das Clavas que assistiam assustada o início de uma nova guerra que se estenderia por todo continente, a qual ficou conhecida por todos como a Guerra dos Infames Arguidos. Os três lucavis Altima, Velius, e Baal Zebub, lideravam as tropas de piogres, adeptos do mal, e outros demônios menores que eles conseguiram converter para a sua aliança denominada de Vil Redentora.

Para o Barão Zelmurg a Guerra dos Legados havia chegado ao fim, e com o seu ideal cumprido com êxito além do necessário, uma vez que as tropas da Maestria das Clavas haviam sido subjugadas pelas suas, e o rei Orion estava colhendo a desgraça de ter se aliado a demônios. Portanto, ele deu ordem as suas tropas que não intervissem no confronto até que alguém da corte se dirigisse até eles para decretar publicamente o fim do Império de Lesalia e rogar auxílio.

Ilustração 02: O Lucavi Velius, O Bruxo Negro, que se apossou do corpo do cavaleiro templário Bernard Padua.

Entretanto, algo inesperadamente desastroso aconteceu quando os piogres que estavam sob a regência de Zelmurg se voltaram contra ele por influência do Lucavi Velius, O Bruxo Negro. Os Cavaleiros Nanten e os outros aliados que formavam a tropa da Derrocada das Clavas tiveram que forçadamente entrar naquela guerra. O barão tomado por um impulso desesperado estava prestes a usar o poder da pedra sagrada que lhe foi concebida pela condessa, contudo, ele percebeu nos olhos do demônio que o assistia de longe que era aquilo que almejava sedentamente que o fizesse. E assim, ele desistiu da ideia para desgosto do mesmo, mas que não hesitou em ataca-lo por desapontamento.

Ledda Traggora compreendeu tardiamente o que o Grimório da Bruxa Matoya representava para aquela sequencia de acontecimentos, e se sentiu ultrajada por ter sido feita um peão em meio aquela guerra, pois, Matoya era em si uma discípula, e também esposa, do Lucavi Velius, O Bruxo Negro.

Ilustração 03: A condessa Ledda Traggora de posse do Grimório da Lendária Bruxa Matoya tenta reaviver seu marido.

O Conde Traggora não resistiu aos ferimentos do combate contra o Lucavi Baal Zebub que não puderam ser curados pelos meios habituais, e, assim sendo, veio a óbito após alguns dias. E na tentativa desesperada de reavivar seu marido, a arcana vampira apelou para uma última bruxaria disposta no livro de feitiços que se relacionava a ressurreição. No entanto, ao fazê-la, mais uma vez a condessa foi apanhada de surpresa ao proferir os verbetes mágicos necessários, e, logo, sentir o sangue de seu corpo ferventar, como se algo rasgasse as suas entranhas, a pele inchar, as veias se dilatarem, seu corpo ficar totalmente disforme, e, por fim, explodir mortalmente. para então, ressuscitar Matoya, a Bruxa Lendária.

Ilustração o4: Bruxa Matoya, esposa do Lucavi Velius, O Bruxo Negro, que se apossou do corpo de Ledda Traggora.

A mitológica arcana estava novamente viva, e para sua admiração plena, o seu marido estava caminhando sobre a face daquele mundo juntamente com outros Lucavis, ainda que não plenamente em suas formas e poderes, mas preparando este continente para a recepção daquele que é o Grande Lorde. Matoya tinha que reencontrar o mais breve possível as demais pedras sagradas, e ter a certeza de que as mesmas seriam colocadas sobre os cuidados de seres corruptos para assim ressuscitarem os demais demônios aprisionados pelos Bravos do Zodíaco em eras passadas. Porém, ela tinha um pequeno empecilho oriundo das lembranças de Ledda Traggora que se referiam a uma mulher chamada Mellina Aragon, cujo tinha a intenção de retornar ao passado para evitar algum acontecimento vivido neste presente, e, isso a perturbou profundamente, pois, nada mais poderia atrapalhar a ascensão do grandioso mal que estava por vir.

Orion lutou bravamente contra o Lucavi Altima, contudo, quando ele estava prestes a vencê-lo nas dependências do palácio imperial de Lesalia usando a espada Excalippur, ele foi açoitado gravemente pelas costas por um General Devasso que interviu no combate em favor de seu mestre. O Anjo Sangrento aguardou pela próxima ação do imperador que seria o clamor pelo poder da pedra sagrada, cujo brilho era intermitente em uma pequena bolsa presa a sua cintura. O Lucavi aprisionado na Pedra do Zodíaco de Leão já conseguia falar diretamente a mente do Primeiro Cavaleiro Hotuken abatido ao chão, tentando de alguma forma influencia-lo na utilização de seu poder.

Mellina Aragon em seu retiro para estudo do poder do artefato que possibilitaria a realização de seu desejo não percebeu os rumos que a Guerra dos Legados havia tomado, e que está última em si terminara com a ascensão de uma nova guerra de proporções dantescas entre bem e mal. Desta forma, ao tomar conhecimento, ela imediatamente se apressou em retornar para Lesalia em busca de Orion e da Pedra do Zodíaco de Leão. A cavaleira rúnica estava convicta de que Zelmurg e os Traggoras estavam por de trás de todo este infortúnio. Nesse interim, a princesa de Fovoham seguiu também em paralelo com pesquisas a respeito de heróis e artefatos mágicos de grande poder que pudessem beneficiar a sua causa.

Ilustração 05: O Lucavi Altima, O Anjo Sangrento, que se apoderou do corpo do líder dos cavaleiros templários.

Antes que Orion fizesse uso do poder da pedra sagrada para bel-prazer do Lucavi Altima, um pequeno grupo de combatentes formados por cavaleiros e magos se teletransportou para dentro do saguão onde a batalha ocorria, e sem perder tempo, eles ergueram o imperador protegidos por poderes diversos de defesa e contra-ataque. Estes arcanos do tempo e espaço fazendo uso da magia que os enviou para aquele lugar retiraram a todos os aliados dali bruscamente para amargo dos oponentes. O imperador gravemente ferido foi conduzido para bem longe do Palácio Imperial, e além do cerco das tropas da Derrocada das Clavas que agora se digladiavam entre si.

Ilustração 06: Azmar, Cavaleiro da Ordem Hotuken que resgatou o imperador Orion da morte certa pelas mãos de Altima.

Estranhamente, um cavaleiro hotuken chamado Azmar foi quem liderou esse grupo de resgate do imperador Orion Colesffar Hyral, contudo, pouco se sabia sobre este herói, cujo rosto era estranhamente familiar a muitos, apesar do capuz que o encobria parcialmente a face, e, curiosamente, a armadura que trajava era de um modelo antigo, do qual já não se usava há décadas. Estando o rei ainda com a saúde debilitada, esse guerreiro se prostrou diante de seu leito e lhe falou ao ouvido em tom imperativo:

Majestade, a prosperidade de teu povo é o seu maior legado, contudo, o que estamos a viver em todas as partes são ruínas daquilo que já se sonhou algum dia.
Uma guerra imbuída de propósitos falsos e controversos desencadeou o continente a viver uma guerra de proporções ainda mais devastadoras e sem precedentes.
Uma oportunidade de mudança se precipita em seu horizonte, mas isso não basta para vencer o seu pior inimigo que é aquele que habita em seu âmago.
Creia que está nova vida seja para ti também um meio de aplacar o teu ego, de se reconciliar com os sonhos e o juramento que fez para com a sua nação ao receber a honrar maior de governa-los.
Não a desperdice, pois, não haverá outra, Orion Colesffar Hyral descendente de Delita Hyral!


O imperador caiu inconsciente devido aos ferimentos, e, somente recobrou a lucidez dias depois, quando uma tropa de batedores do reino de Gallione o encontrou desfalecido ao chão na região conhecida como planalto de Lenalia – fronteira com o reino de Lesalia. Um grupo de soldados foi designado para escolta-lo com segurança até a cidade mágica de Gariland - capital deste reino -, onde provavelmente receberia mais cuidados, e, amparo do monarca Saul Marion. Orion foi informado superficialmente da tragédia que se abateu sobre o seu reino, a queda do império, a nova guerra e os inimigos que avançavam sobre as fronteiras. Ele reparou o quanto os cavaleiros estavam abatidos e revoltos por conta das guerras que se sucederam em tão breve tempo.

Na Floresta Araguay, enquanto descansava a sua montaria após dias de viagem, a cavaleira rúnica foi surpreendida com uma espécie de sonho no qual ela era instruída a utilizar o poder do Globo Celestial por Sir Besrodio Bunanza em um laboratório que lhe parecia familiar, repleto de engenhocas e desenhos – tal como o da Mina Goug, porém, em um tempo remotamente passado -, onde o mesmo após tal gesto lhe orientou a se dirigir imediatamente para Gallione, precisamente para a cidade de Gariland. Mellina acordou ao som estrondoso de combate travado entre o Worker 9 e piogres.

Zelmurg seria morto pelo ataque do lucavi Velius, senão fosse à intervenção abrupta de um mago summon, cujo honorável traje lhe impunha a máxima graduação dentre a sua classe – algo muitíssimo raro nos tempos atuais de Ivalice -, que se utilizou naquele fatídico momento da invocação de Odin – O Senhor de Asgard -, para atravessar imponente em seu alazão de oito patas – Sleipnir -, com um ataque visceral e fulminante, as fileiras inimigas munido de sua lança Gungnir desferindo seu golpe principal contra o grande demônio. Tamanha foi à perplexidade do poder daquela invocação que a criatura inimiga abandonou o campo de batalha com receio de ser liquidada ali mesmo. Este arcano apanhou o barão em seus braços e se teleportou para um lugar remoto, distante e obscuro. O nobre questionou a identidade de seu benfeitor, porém, este último nada mencionou enquanto tratava as feridas dele por meio da invocação do poder summon da divindade Faerie.

Matoya se encontrou com o Lucavi Velius no palácio imperial de Lesalia - local que os demônios estabeleceram como quartel general -, onde o auxiliou na recuperação plena de sua saúde (resultado trágico após a batalha com um dos poderosos aliados do Barão Zelmurg), e também, aproveitou a oportunidade para aplacarem a saudade de eras passadas. A mesma ainda mencionou temerosa sobre o plano da cavaleira rúnica de retornar ao passado para alterar algum evento. Velius ficou perplexo com tal iniciativa dos inimigos, e informou aos demais consanguíneos ressurgidos. Os Lucavis se distribuíram no sentido de suspenderem parcialmente suas ações nesta guerra, deixando a cargo dos Generais Devassos, pelo menos até Mellina ser destruída, e o poder que ela tivesse alcançado não fosse furtado para benefício das legiões do mal.

Ilustração 07: Saul Marion, Rei de Gallione, e irmão da falecida imperatriz Hedellas Marion.

No palácio real situado na cidade de Gariland, Orion reencontrou o rei de nação Gallione, e que outrora fora também seu cunhado, Saul Marion. Contudo, o ex-imperador não foi recebido com o prestígio aguardado de uma nação que em um momento recente fora parte da aliança em pró da soberania do império, sobretudo, em função dos rumores que ofendiam a memória da falecida irmã do monarca, e, consequentemente, a honra da família Marion. O líder dos cavaleiros hotuken foi ultrajado verbalmente e condenado ao encarceramento nas masmorras no intuito de ser utilizado futuramente como moeda de troca em sinal de trégua. O reino buscava o fim da guerra a qualquer preço, e, se o mesmo significasse ter que entregar em bandeja de ouro a cabeça do rei de Lesalia, assim, eles o fariam sem nenhum tipo de remorso ou entrave.

Orion, demasiadamente transtornado com toda aquela situação, principalmente, com o desejo vingativo que comandava imperativamente as ações de Saul Marion, antes que fosse conduzido às masmorras pela guarda do monarca, ele fez uso da pedra do zodíaco de Leão, que consequentemente, o transformaram no Lucavi Hashmalum, O Possuídor. Uma vez demudado no demônio, o ex-imperador conjurou outros quatro servos menores oriundos das trevas para lhe auxiliarem no combate mortal que se sucederia no saguão real, e, invocou o poder summon de Brontes, O Poderoso Ciclope. O rei de Lesalia promoveu uma verdadeira chacina dentro do palácio de Gallione.

Ilustração 08: O Lucavi Hashmalum, O Possuidor, invocado pelo rei Orion por meio da Pedra do Zodíaco de Leão.

Antes que o Primeiro Cavaleiro Hotuken percebesse racionalmente o que havia feito, os lucavis Altima e Baal Zebub estavam manifestados diante dele, dotados de um sorriso malicioso e insolente em suas faces. Orion tentou ataca-los também naquela investida mortífera e insana iniciada contra os homens do rei Saul Marion, mas vivenciou o que os templários Diórgines e Bernard haviam contemplado outrora quanto ainda possuíam suas almas: os demônios não se digladiavam entre si! Antes que ele fosse cercado e rendido pelas legiões de bestas que se aglomeravam nas dependências do castelo, o ex-imperador teve a brilhante ideia de se teleportar para onde Mellina Aragon estava, mesmo desconhecendo seu paradeiro, somente pela conexão de seus sentimentos mais ternos e lembranças.

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