Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

domingo, 26 de maio de 2013

RPG: Aventuras em Yrth - Ladrões de Corcéis Encantados - Vestígios de morte


Dia 05: 05/10/2110, Sobre a regência de Libra.

Pela manhã, os mercenários informaram a Francis Malgorr que a colina onde foram atacados no dia anterior continha vestígios da passagem de seus animais, assim como de outros que poderiam se tratar de seus captores. O velho ranger confirmou a informação verificando tais sinais, contudo, em virtude da presença de criaturas amaldiçoados, acreditou ser sensato a continuidade da busca por meio de um trajeto maior. Um caminho no qual eles não passariam pelo mesmo ponto onde o grupo foi atacado, mas circundando o local. O grupo de mercenários concordou.

Ao fazer o caminho mais longo adentrando as fronteiras do reino anão, o grupo encontrou um pequeno vilarejo gnomo, onde puderam sem muita dificuldade fazer algum comércio, sobretudo, com uma das montarias para aquisição de alguns equipamentos perdidos e alimentos necessários a viagem.

Próximo do final da tarde, o grupo encontrou em meio ao caminho que seguiam e as margens de um rio, um homem trajado com uma imponente armadura de placa. Aparentemente este cavaleiro estava a aguardar o seu belo alazão de tom castanho escuro brilhoso matar a sede em uma margem de águas calmas abaixo da sombra de uma frondosa árvore. Porém, ao avistá-los o cavaleiro se moveu em suas direções afirmando desejar o animal incomum que os acompanhava, o chocobo.

Ilustração por Autor Desconhecido.
Brunniel de Athuryan, Cavaleiro Paladino,
auxilio os mercenários com vitais informações
em relação a busca por Qualbaeshi em Zarak.
O grupo imediatamente manifestou vontade contrária aos anseios do estranho cavaleiro. Porém, o homem brandiu a espada na direção deles e os solicitou um teste de suas habilidades para provar a ele que o caminho que estavam a seguir, assim como o intento em defender o animal, era o correto a ser feito.

O primeiro a tomar iniciativa foi Marduk, que embora demonstrasse expressiva força e determinação em seu ataque com o machado de duas mãos, teve o golpe facilmente desvencilhado pela habilidade do oponente com a sua espada de lamina larga. Algo que fez com que o guerreiro oriundo dos gélidos picos nevados e de espírito forjado em campos de batalha se sentisse extremamente desgostoso, sobretudo, após os fatídicos e recorrentes eventos. Embora, houvesse perdido a disputa para o errante, o gigante tentou impor em uma árvore próxima à natureza de seu poder, que conseguiu com austeridade.

Logo em seguida, o cavaleiro chamou a Worean que se aproximasse e demonstrasse a ele as suas capacidades marciais. O meio filho de Rowsever não se fez de desentendido, prontamente retirou da bainha suas duas espadas herdadas de seu falecido guardião. Entretanto, por mais uma vez, o estranho em armadura demonstrou aos que estavam a assistir que seria necessário mais do que determinação para seguirem adiante.

Sem mais delongas, o próximo da ordem a ser testado era Adrien, O Caminhante, que ao contrário de todos os demais, e para surpresa do próprio cavaleiro, surpreendeu o seu desafiador com um ataque fulminante que se fosse finalizado, possivelmente encerraria por vez a trajetória do errante naquele mundo. E, bastou tal eficaz demonstração de habilidade para o paladino se dar por convencido e se apresentar ao grupo como Brunniel, além de assegurar a eles que não era de fato o seu interesse levar o animal, mas somente testa-los.

Como já estava prestes a anoitecer, Brunniel, achou por bem conduzir os viajantes para um local seguro, onde poderiam descansar por uma noite. Na oportunidade em que estiveram juntos em acampamento, o cavaleiro relatou que houve recentemente a passagem pelas montanhas de um grupo hostil formado por homens, gnolls e kobolds conduzindo um rebanho de chocobos amarelos que aparentavam estar demasiadamente assustados, e, de que se era a intenção do grupo alcança-los, que possivelmente o fariam em alguns dias, uma vez que, eles não seguiam em velocidade, apesar de demonstrarem nervosismo e pressa.


Dia 06: 06/10/2110, Sobre a regência de Libra.

Na manhã do dia seguinte os mercenários acordaram recuperados da fadiga do dia anterior, assim como também de quaisquer resquícios de ferimentos passados, e, animados por uma aura repleta de ótimas perspectivas da qual desconheciam a origem (Benção da Perseverança de Athuryan). Porém, já não estava com eles o cavaleiro errante que os guardou ao longo da noite, pois, embora houvesse demonstrado arrogância em um primeiro contato, o mesmo conseguiu provar ao grupo, por gestos posteriores, que a sua graça estava muito além de uma errônea primeira impressão.

Ilustração por Frank Frazetta.
Goblins Abomináveis ou Anões Degenerados
das Montanhas de Zarak.
Criaturas bestiais e hostis
que caçam em bando sobre as montanhas
quase tudo que se move
e que possa ser consumido.
No seguir do dia, os mercenários chegaram às margens de um pequeno desfiladeiro, onde com cautela se aproximaram atraídos pela curiosidade propiciada com o ouvir distante de ganidos de dor. O grupo observou vários corpos amontoados de kobolds, assim como um dois chocobos amarelos destroçados. Aparentemente os autores dessa carnificina eram criaturas humanoides de tamanho semelhante ao de gnomos, porém, com o corpo disforme - mais recurvado -, bruto, de feições horríveis e grotescas saídos das entranhas da terra. Elas se moviam com agilidade por pequenas fendas dispostas nos paredões que circundavam o local, e de lá desciam e subiam constantemente, atacando com sadismo as criaturas incapacitadas desfalecidas ao chão. A fim de não chamar a atenção dessas criaturas que pareciam agir em um bando grande, o grupo se deslocou do local com cautela.

O grupo decidiu por contornar a região inóspita para evitar os riscos de um confronto desnecessário com tais criaturas, mas sem perder o foco dos rastros.

Passado algum tempo em caminhada, o grupo foi surpreendido por um ataque mágico vindo do alto e pelas costas, que foi suficientemente capaz de projetar o gigante Marduk, que por pouco não foi ao chão. Algo muito rápido passou sobrevoando sobre as suas cabeças, e, não tardou para que eles pudessem avistar o atacante do alto de um rochedo disposto a frente, que se tratava de outro chocobo, porém, de plumagem de tom escura.

Malgorr alertou ao grupo que esse era um tipo de chocobo hostil, selvagem, e, que provavelmente havia atacado o grupo por estar invadindo o seu território. Como tentativa de amenizar a situação, o ranger solicitou que Millo se reportasse ao seu parente e pedisse passagem, sem maiores confusões. O animal além de lhes permitir a continuidade do caminho, informou que o bando ao qual procuravam não estava muito longe dali. Após, isso o animal alçou voo em direção ao céu e sumiu por entre as montanhas.

Antes dos mercenários na cia de Malgorr e Millo tencionassem seguir viagem, eles perceberam tardiamente que foram seguidos por um pequeno grupo de sete das criaturas avistadas momentos antes.

Um confronto do grupo com os Goblins Abomináveis foi iniciado naquele lugar. Contudo, o que parecia ser uma batalha em quantidades iguais de um por um, logo se revelou a Marduk um número ainda maior de inimigos ao se aproximar do caminho por onde as criaturas surgiram.


Ilustração por Nebezial
Marduk, Cold Hearted, teve de impor,
sem margem de dúvidas,
um temor descomunal
no âmago de seus inimigos,
A Worean, Adrien e Magorr coube liquidar os errantes que se lançaram ao encontro deles, sem ter o conhecimento daquilo que de fato os aguardava por de trás de alguns rochedos que circundavam o caminho. Ao Guerreiro Nômade coube uma tarefa ainda mais árdua que ceifar algumas vidas inimigas, pois, tinha certeza que se não intimidasse as demais criaturinhas com austera presença, um confronto direto com aquela quantidade poderia abreviar a existência deles sobre a terra, pois, as forças inimigas venceriam por meio do desgaste físico do grupo.

Embora tivesse sido atacado ao se aproximar dos inimigos, Marduk em nenhum momento se desconcentrou daquilo que deveria ser feito, e, para tanto, o gigante nômade foi impetuoso em seu ataque liquidando com facilidade a vida de um dos inimigos. Com rugidos, vociferando injurias, olhar feroz e um semblante desfiguradamente selvagem conseguiu abalar a moral do grupo de criaturas inimigas, que logo se viram compelidas a abandonar a empreitada e se refugiarem pelo caminho de onde vieram.

Algum tempo de viagem perfazendo o caminho onde estavam frescos os vestígios da passagem do grupo de ladrões liderados por Qualbaeshi, o grupo de mercenários da Guilda de Arvey encontrou uma pequena clareira entre as montanhas onde acreditaram ser seguro descansar até o amanhecer de um novo dia, embora acreditassem já não estarem muito distantes do inimigo.

Acampados no local, e passado algum tempo, alguns membros do grupo perceberam a presença de um alguém a observá-los por de trás de algumas rochas que protegiam o acampamento. Adrien, O Caminhante, preferiu não assustar o observador, mantendo-se alerta a qualquer iniciativa da parte deste. Contudo, Worean, ao contrário de seu companheiro de grupo, preferiu se antecipar a qualquer intensão hostil, e, assim, desapercebidamente, se afastou da presença e dos olhos do grupo na tentativa de emboscar o desconhecido.

Com sucesso, Worean conseguiu surpreender o estranho que os observava furtivamente. Ele estava aparentemente com uns ferimentos leves, armado com uma faca, e, que deixou cair penhasco abaixo assim que foi agarrado pelo braço. O homem tentou se explicar, mas o mercenário preferiu que ele desse as suas explicações para diante de todos do grupo, pois, senão, o lançaria dali mesmo em busca de sua faca para uma queda mortal. Sem mais questionamentos, o estranho foi conduzido para o acampamento ao encontro dos outros, onde relatou quem era e os motivos que o levaram até ali.

Ilustração por MKage.
Toshida Murashai, mercenário sahudense,
conseguiu escapar do acampamento
de Qualbaeshi, e, na busca por auxílio,
acabou trazendo notícias a respeito
do paradeiro das filhas de Malgorr.
O homem se apresentou como Tochida Murashai, e mencionou diante de Malgorr e os demais mercenários, que havia escapado do acampamento de um grupo de bandoleiros que o mantinha em cárcere, e que viajavam escoltando um grupo de animais semelhantes a Milo, o Chocobo. O grupo então percebeu que estavam lidando com alguém capaz de leva-los ao encontro de seu alvo, e, que parecia não faltar com a verdade, ainda que sob alguma leve desconfiança. Angustiado o velho ranger perguntou sobre a presença de duas jovens, e o moribundo, não hesitou em falar o nome de uma delas, Enorinna, pois, foi ela na companhia de outra (Brendda) que tratou as suas feridas aferidas pela truculência de seus captores.

Como maneira de recompensar a Tochida pelas informações, Malgorr pediu para que Milo curasse os ferimentos dele, que se viu impressionado pela habilidade mágica da criatura.

O grupo revezou ao longo da noite, confiantes que muito em breve estariam diante de seus inimigos, e prontos para receber das mãos de Lord Klauss Athoris a recompensa que lhes cabia.

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