Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

RPG: Aventuras em Yrth - Fragmentos:As cicatrizes de uma batalha irreal.

Após o confronto com o último inimigo, somente lhe restou a certeza de que não houveram cicatrizes suficientes para dignificar tal vitória.


Marduk Snowfinger, o guerreiro bárbaro, sentiu na boca o gosto agridoce de seu sangue, pressentiu o inevitável fim diante do poder de um inimigo a sua altura, e, por muito pouco, não lhe foi concebida a graça de morrer digno dos salões de Valhalla.


Saldemos a eles, os nossos irmãos que trazem boa reputação a nossa casa!

Ilustração por Nebezial.
Marduk Snowfinger, o bárbaro oriundo
das Cordilheiras dos Picos Nevados,
cujo retorno de Zarak a guilda de
mercenários combatentes de Arvey,
após a conclusão de sua missão lhe
rendeu alguma reputação e honrarias
por parte de todos os seus irmãos
de armas.
O bárbaro, oriundo dos Picos Nevados, chegou a guilda munido de todas as honrarias possíveis por completar a missão que lhe fora confiado por Luca Benedino, na companhia de Worean e Adian, e, isso encheu o coração do gigante de orgulho e grande conforto ao seu ego, principalmente, em relação aos últimos dias atrás, quando em viagem de retorno a Arvey, onde por inúmeras vez se pegou queixando-se de não ter tido ao menos a possibilidade de destroçar com o seu machado de duas mãos o miserável inimigo, Qualbaesh StinkDog. Cansado, sobre o peso da viagem de retorno e também pela sua mais destrutiva batalha, que embora tenha terminado ainda sobre as montanhas, a mesma lhe rendeu lampejos de memória sobre a peleja, bem avivadas em sua mente, por meio de uma mescla de imagens confusas e surreais sobre uma monstruosa criatura que personificava a imagem do grande Fenrir, uma besta, que ouvira quando ainda era pequeno por meio das eddas narradas pelos mais antigos de seu clã. O fato é que, tais figuras distorcidas surgidas daquela época povoaram a mente do guerreiro de tal maneira, que até esse momento, ele não conseguiu discernir se aquilo foi real ou somente um fatídico sonho que se alojara em sua cabeça para persuadi-lo de medos. Enfim, novamente na guilda e na companhia dos seus, as atribulação de seu pensamento amenizaram, com somente alguns resquícios que volta e meia lhe tiravam o sono (sem frequência).

Quando os heróis chegaram ao forte da guilda, eles foram saudados pelos seus irmãos de armas com uma calorosa manifestação de boas vindas, uma felicitação ainda mais receptiva seguiu por parte do Grão Mestre Luca Benedino e do Segundo Conselheiro, Sebastian Cellus. O pobre gigante se sentiu honrado pelas belas palavras proferidas dos renomados heróis combatentes que lideravam aquela confraria. 


Dias de perseverança e de blindagem do espírito aguerrido.

Após algumas semanas, onde já havia esfriados os comentários sobre o êxito da missão completada por Marduk e Worean, tudo voltou ao normal. Ao bárbaro e ao espadachim, foram-lhes dispostas tarefas diárias que consistiam na manutenção da guilda, atividades que diferente de um furioso combate eram por si só cada dia mais pesadas, pois, elas eram complementas com a rotina dos treinamentos que se intensificavam, sobretudo, em cima de habilidades as quais lhe faltou intimidade. Marduk tinha consciência de sua fragilidade, e se não fosse pelo intermédio dos deuses, ele não retornaria com vida a esta casa, e as poucas cicatrizes deste evento espalhadas em seu corpo lhe servem para lembrar as suas deficiências.

Junto com Sebastian Cellus, o bárbaro tentou remediar as dificuldades passadas com exaustivo  treinamento, onde o Mestre de Armas e o Grão Mestre, em atenção a ele, traçaram uma estratégia de treinos em várias de suas habilidades já sabidas e a serem aprendidas também. Sendo assim, ao impetuoso nórdico lhe foram passados exercícios que consistiam em toma-lo ainda mais resistente a dano: Os seus companheiros investiam insistentemente contra o seu dorso, de forma que ele não pudesse demonstrar nenhum tipo de dor, para muitos alheios, este seria um treinamento desumano, entretanto, para outros, aqueles que verdadeiramente facearam a morte, este era o necessário para fazer de Marduk, um grande guerreiro. Além da tolerância a dor, também vieram as atividades para melhorar o seu desgaste físico, por meio do controle sobre a fadiga, e, para isso, todos os dias, ele corria as voltas do forte seguindo até a cidade e voltava, além de nadar no rio que margeava a guilda, uma tarefa difícil quando consistia em carregar o seu corpo tão pesado. Sua resistência melhorou gradativamente dentro daquilo que ele e os seus mestres almejavam, porém, a sua agilidade ainda carecia de uma melhoria também. Quanto a esta última atribuição, o gigante nada poderia dizer em relação, pois, ele ganhou massa muscular, logo, por vez, também aumentou o medo que algumas pessoas nutriam por ele. 

Ilustração por John Staub.
Marduk foi recrutado pelo anão Woody
Gwildown, Senhor da Forja, para auxilia-lo
nas tarefas da forjaria, e com isso, estreitou
os laços com o zeloso e talentoso artesão,
o que lhe rendeu algum aprendizado.
Os dias de Marduk na guilda eram divididos entre os árduos treinos e as tarefas do cotidiano. Luca Benadino atendendo a uma solicitação de Woody Gwildown, o anão mestre armeiro que cuidava zelosamente da forja e das armas, pediu que lhe fosse designado um ajudante para auxilia-lo nas atividades da forjaria, e o Grão Mestre escalou Marduk para este serviço junto ao renomado ferreiro artesão. Então, esse passou a ser o principal oficio do mercenário junto a guilda, algo do qual ele até gostava fazer, que era ajudar o pequeno Gwildown, pois, assim, o nórdico tinha a oportunidade de testar todas as armas antes de dispô-la aos demais, e o aço incandescente chamava a atenção do guerreiro que não escondia o sorriso de um menino quando assistia o talentoso anão executando a sua primorosa arte: que incidia em derramar sobre as formicas aquilo que viria se tornar uma arma, e ainda quente, martelava insistentemente aquela matéria bruta contra o aço de uma bigorna fria, provendo-lhe forma, para tão logo, mergulha-la em um balde de água gelada, para assim finaliza-la em uma ceifadora de vidas e conquista de glórias!

O estágio junto ao ferreiro permitiu a Marduk aprender um pouco sobre o conserto de algumas armas ou mesmo sobre a melhor técnica em afiação para a lâmina de seu poderoso e encantado Machado de Duas Mçãos, cujo recebeu um nome quando foi melhorado pelos Anões de Zarak, um nome de arma veio a calhar “Fúria Impiedosa”.

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