Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

RPG: Aventuras em Yrth - Fragmentos: Sob Morriel, primeiro dia de acampamento e seguidos.

Descontração em meio a um clima de suspense ou abrupto confronto.

Primeiro dia de Acampamento sobre as Montanhas de Zarak.

O comentário de Marina em relação à proximidade de um inimigo ainda ignoto pela maioria do grupo, exceto por Devin, fez com que SnowFinger sacasse o seu machado - o Fúria Impiedosa -, rangesse os dentes e ficasse a observar em direção onde a linda arcana mencionou tê-lo avistado, ainda que sendo essa uma imagem turva de um estranho humanoide. O bárbaro esperava ansiosamente experimentar de forma efetiva as melhorias em seu machado. Ele rezou aos deuses em silencio, e com olhos semicerrados por uma batalha que dignificasse a sua trajetória. 

“Pai Odim dai-me tua força, reserve meu lugar diante de tua casa onde posso lutar ao lado de meus ancestrais, que meus inimigos possam sentir a lamina de minha Fúria (Machado) e o peso do meu braço! Valhalla nos espera... Valhalla é nossa casa...”

Assim, Marduk orava a sua divindade, cantando isso repetidamente em inaudíveis murmúrios, cuja compreensão permitia somente a quem preferir entender. Ao término de suas orações, o grande guerreiro, o maior em tamanho e em força de todos que ali estavam, voltou os olhos para os anões e disse de forma que pudesse se fazer compreendido:

- Arrrrr... Olha pequeninos guerreiros, por tempo não sabem o que é lutar, mas será uma honra morrer ao lado de tão valorosos guerreiros e prestem atenção hoje é um ótimo dia para morrer... Hahahahaha! - Assim, o nômade guerreiro gargalhou satisfeito em estar na companhia de outras criaturas que ainda muito jovens são instruídas a combater pela sobrevivência.

Os anões sorriram e gargalharam em resposta ao honesto lisonjeio do guerreiro.

O espadachim, treinado por soldados do império megalano. pondera após as palavras de Marina o fato de que a qualquer momento o grupo poderá ser atacado, e quanto a isso prefere estar atendo, e, observando os trejeitos do gigante nômade, Worean se afasta um pouco do grupo, principalmente, para notar os arredores do acampamento com mais calma.

Ilustração por Autor Desconhecido.
Rargrunami Hammersheep, anão guerreiro
e habilidoso cozinheiro, que ao longo da
viagem oficializou a sua passagem pelo
grupo garantindo por muitas das vezes
a refeição.
- Não sei quanto a vocês, mas sempre que sei que combateremos, tenho fome! Hehehe – Assim exclamou para todo o grupo Rargrunami Hammersheep, o anão oriundo do Reino de Thranel. Um guerreiro e hábil rastreador, que se comportava como um glutão, falador, e dono de uma gargalhada muito ruidosa. E que naquele momento estava a mexer uma carne ensopada em um pequeno caldeirão disposto sobre a fogueira com uma colher de pau usando uma das mãos, por vezes bebericando o caldo para saber se o tempero estava bom. Enquanto que, com a outra mão, ou ele coçava uma das nádegas ou jogava mais condimentos sobre a comida.

O gnomo Magoo, um mercador andarilho sempre em busca de novidades, e que se comportava amistosamente, sempre sorridente e disposto a contar piadas, a respeito de tudo e todos, não se conteve com o momento e a oportunidade, ainda que estivesse a degustar relaxadamente um fumo em seu cachimbo, somente para não perder uma piada com Rargrunami, diz:

- Seja lá o que Rargrunami esteja preparando, cheira muito bem! Pelo menos todos nós temos certeza que a sua comida depois de digerida não trará odores ruins, até perfumará o ambiente... Hihihi - Dogo Magoo dizendo para todos, enquanto cutucava quem estivesse ao lado para apontar a mão suja do anão cozinheiro preparando a própria comida, e de quem mais estivesse disposto a comer com ele. 

Marduk segue em direção ao cozido do velho anão a fim de sondar a aparência do aromatizado alimento. E, diante do fogo, a sua sombra que encoberta praticamente a quase todos, ele diz com um semblante atento:

- Hurrrrf... Parece bom pequeno... Hurffff... Tá com uma cara boa!!!

- Ô Amigo, Senhor Sombra de Penedo, se tem algo que sei preparar muito bem é uma boa gororoba e a lamina de meu machado para ceifar a vida de um inimigo... hehehe quer provar? Para a mão aqui... – O anão Rargrunami pega uma concha com alguns pedaços de carne, caldo e legumes picados e aproxima do gigante nômade. Em seu semblante, o cozinheiro demonstrou satisfação no elogio feito somente pelo aspecto e o aroma de sua comida.

Os anões Brinow Orklan e Runnosdur Blazewinter  antes de se alimentarem serviram comida e água aos animais que os ajudaram ao longo do dia na subida. E, enquanto tratavam os animais, os dois conversavam entre si sobre a satisfação de estarem no reino - ainda que na superfície -, e, falavam algo a respeito dos desafios de ser um mercador entre os reinos anões e os demais não anões.

O anão Orinran Mournerain, guerreiro, oriundo do mesmo reino do Atravessador Mercante, Ekarriel, e, cujo comportamento ao longo dos dias transpareceu a todos convicção, lealdade  e generosidade, com o seu prato em mãos, alimentou-se satisfatoriamente com a comida preparada por Hammersheep, pois, foi um dos primeiros daquela noite a se servir na primeira rodada juntamente com Tourth e Barbaelthor. Pois, da vez passada, ele havia ficado para comer por último, e, aquilo o angustiou, pois, não sabia preparar tão bem uma refeição.

Worean retornou até a fogueira, próxima ao grupo somente para preparar uma porção de sua ração e comê-la, para tão logo, descansar da viagem ao lado da carroça em um primeiro turno, e revezar o outro. 

Ilustração por Autor Desconhecido.
Orinran Mournerain, anão guerreiro,
oriundo do reino de Ekarriel, e, uma vez
generoso e leal, não pactuaria jamais de
alguém falando mal de um outro anão
de sua convivência, ainda que fosse um
primo gnomo.
- Primo Magoo... Quando você estiver com fome, vai comer fezes de orc, achando que é a comida da sua avó! – Assim declarou Orinran lambendo a ponta dos dedos e fitando com um sorriso entre os dentes o gnomo desdenhoso.

Alguns dos anões riram em couro de Dogo, que ficou sem graça pelo comentário a respeito da comida do cozinheiro Rargrunami.

O bárbaro aceita e prova do ensopado feito pelo anão cozinheiro, colocando rapidamente na boca a fim de amenizar a queima da mão. Comentando logo em seguida: - Hunmm - suspirando o gigante sem esconder a satisfação do delicioso sabor que acabará de provar. - Rargrunami isso é bom, por Odim, isso é muito bom mesmo! - O Nórdico da uns tapinhas nas costas do velho anão, acompanhado de uma gargalhada!

- Rargrunami seja lá o que esta preparando, esta cheirando muito bem. – Assim mencionou brevemente Worean antes de se afastar do grupo e se dirigir para próximo da carroça.

Dogo Magoo disse para Delvin:

- Famintinho, é melhor você se alimentar enquanto ainda tem alguma coisa na panela de Rargrunami, pois isso não é polenta, e o seu amigo grandalhão parece ter tomado gosto do rango com um temperinho diferente. Hihihi – Disse o humorado gnomo olhando para o halfling, esperando saber de sua reação e em função de uma afamada peculiaridade racial.

- Dogo, não fique atazanando a vida dos nossos companheiros, a sua comida nem lá é grandes coisas para criticar a dos outros... Fica esperando ou Eu ou Orklan preparar a refeição. – Assim pontou com o rosto austero o gnomo Stanhal Brandy para Dogo Magoo, enquanto tomava da mão desse último, um cachimbo que os dois compartilhavam, e coçava a sua longa barba prateada.

De longe, Marina assistia impressionada a animação do acampamento formado pelos anões, principalmente tendo eles recentemente sabido por meio dela que estavam muito prestes de serem emboscados, e estavam ali a conversarem “de maneira bem natural”, como se nada estivesse por vir. Ela bufou com certa apreensão e incredulidade no que aquela cena lhe parecia, e, alguns dos seus trejeitos denunciavam esse sentimento como a sobrancelha franzida pela tensão. Porém, ela não deixou de observar os anões, Brinow e Ronnosdur, trocarem suas experiências pessoais conversando sobre os desafios a cerca da vida de mercadores entre os reinos vizinhos aos Reinos Anões, a maga os escutava com bastante entusiasmo, com demasiada atenção, e o rosto dela não escondia a curiosidade sobre as novas terras que agora lhe eram em partes apresentada, de tal forma que Ela pôs a mão direita sobre o queixo como se estivesse a refletir cada uma daquelas palavras que a sua mente absorvia.

Absorta em pensamentos, Marina BlackHeart então se lembrou do mapa em que viu em um dos aposentos proibidos de sua mentora – aqueles os quais a mestra somente permitia entrar na sua companhia, ou nem mesmo isso, tendo na maioria das vezes trancas mágicas para assegurar o conteúdo -, um imenso desenho que parecia ser de Ytarria, e, logo, a aprendiz refletiu se Irvy algum dia explorou Ytarria, ou apenas o mantém para conhecer outros lugares que talvez ela saiba poder existir algum tesouro tal qual a própria almeja, ou ainda, algum segredo que a conduza a misteriosos conhecimentos... A jovem arcana conclui que nada existe sem ter algum propósito nesta vida, aquele mapa poderia sim ser algo que levaria a sua tutora a algo impressionante.

Ilustração por Autor Desconhecido.
Dogo Maggo, o gnomo mercador de
especiarias, que tem o mundo como
a sua casa, e se aproveita das
situações mais inusitadas para
ironizar e desdenhar.
- Hmmm Bela... Dona... Bela Dona... Bela dos Cachos Azuis hehehe – Assim dizia Rargrunami Hammersheep para Marina. - Você! Quer um que Eu lhe prepare um pratinho do meu ensopado de carnes com legumes? – O anão cozinheiro estendia a cumbuca em madeira com uma colher em direção a jovem, após tentar lhe chamar a atenção por algumas vezes, pois, no seu olhar havia um brilho, em sua face um sorriso largo de boca fechada, e estando o mesmo desejoso pela atenção da mulher que tem deixado os anões até sem jeito na hora de se comportar com tamanha beleza.

Tourth Fallrage e Orinran Mournerain percebendo a dificuldade de Rargrunami em chamar a atenção de Marina, que parecia estar em outra dimensão observando os outros dois companheiros anões que conversavam animadamente sobre as suas experiências, resolveram ajudar o cozinheiro com a bela jovem:

- Marina! Marina Comida?! Você quer?! – Assim falaram em tom alto e se entreolham logo em seguida desconcertados por que acabaram de dizer.

Dogo, o gnomo humorista, não se contem, e começa a gargalhar de rolar no chão pelo constrangimento dos doia anões e a maneira engraçada como chamaram a atenção de Marina. Porém, Brandy percebendo a saia justa em que o sem modos quis colocar os companheiros anões, ele prontamente lança uma baforada de fumaça sobre a boca de Magoo, enquanto segura com uma das mãos as narinas do mesmo, o que faz com que esse se engasgue, tudo de maneira rápida e eficaz contra indesejados.

Ilustração por Autor Desconhecido.
Stanhal Brandy, o gnomo, mercador de
tecidos, oriundo de Ekarriel, e que
possui uma tendência bondosa,
desconfiada e que geralmente evita
falar devido a sua voz baixa (quase
sussurrada).
Marina concentrada em seus pensamentos por alguns instantes, se voltou recompondo-se, e retirando o capuz que cobria o seu belo rosto.

- Claro! Obrigada – Com um sorrindo estampado em seu rosto a jovem maga respondeu. - Aceitaria seu ensopado com grande alegria, pelo cheiro parece estar bastante delicioso.

A arcana olhava os anões, sorrindo de maneira agradecida a cortes pela atenção dos mesmos nos últimos dias, sobretudo, relatando sobre a vida da raça e dos reinos, como se os mesmos transparecessem uma amizade de longa data.  E vendo o gnomo gargalhar, ela tomou uma postura até mais calma, e também sorriu novamente com Dogo, tirando um pouco de seu semblante preocupado que se sentia em saber que os bandidos estavam no encalço de todos.

- Quanto a isso não se preocupe, companheiro... Vejamos se vai sobrar algo para nosso amigo grandão depois que eu começar!- Assim disse Delvin desdenhoso em relação ao semblante caricato de Dogo que acabara de engolir muita fumaça, e, estando o halfling com as mãos estendidas para apanhar uma cumbuca.

O halfling com uma colher cheia, e antes de levar a boca orienta a companheira Marina:

- Marina, melhor aproveitar o rango. É como eu sempre digo: coma como se fosse a última vez, nunca se sabe quando vai ser a última mesmo... hehe!

= Brilhante!! Depois de tanto se entupir de comida resolveu filosofar! Pensei que você não ia parar de comer e beber... – Retrucou a maga para o insaciável glutão.

Todos que estavam às voltas da fogueira gargalharam pela alfinetada da jovem no pequeno sagaz. 

Barbaelthor Fullmoon falou a todos que se encontravam sentados próximos a aquecedora fogueira, estando ele de pé e a entreolhar a cada um dos companheiros de viagem, o anão com um rosto parcialmente sério, enquanto mastigava uma raiz, cujo mencionou ser boa para manter os dentes claros, entregando nas mãos de Marina, Delvin, Worean, Marduk e Dogo:

Ilustração por Autor Desconhecido.
Barbaelthor Fullmoon, anão oriundo
do Reino de Blainiel, Sacerdote
Combatente, que  se comporta
como um mediador, justo e muito
observador.
- Lembre-se que ainda hoje revezaremos em turnos, companheiros. Portanto, cautela na quantidade de comida e bebida que ingerirem, pois, como a jovem disse ainda pouco, um estranho com atitude suspeita nos seguiu ao longo do dia, e, embora somente ela tenha visto-o, atenção, pois, aqui é Zarak, mas não os salões de nossos reinos. – Assim concluiu o anão, tido como um dos mais velhos do grupo.

- Experimentem... Esta muito bom...  - Assim grunhia Marduk enquanto também tentava falar a Delvin e Marina com parte da barba ensopada pelo cozido que escorria da cumbuca, pois ele abriu mão da colher para se servir do alimento como se fosse uma bebida.

- Existe hora pra falar, e hora pra comer. Prefiro que a hora de comer dure mais que a de falar! HAHAHA! – Frisou o halfling para os demais - Realmente está muito bom, Grandão! - Apelido que o halfling se referia ao guerreiro nômade, que por ele já tinha alguma consideração - Agora dá licença que essa cumbuca tá muito rasa... – Já acenando com a cumbuca vazia para Rargrunami ,- HEY! Ainda tem mais desse cozido aí?!

O guerreiro nórdico consentiu as palavras do anão Barbaelthor, acrescento:

- Sim velho guerreiro você tem razão, vamos seguir conforme o combinado e se esse filho de uma anta resolver aparecer, prometo aos deuses que o abrirei ao meio e colocarei sua cabeça a adornar essa gigante carroça!

Delvin, o halfling ladino, apesar da superfície leviana e despreocupada em meio aquele momento repleto de ironias, não deixou este de seguir continuamente atento aos arredores, como todo sagaz batedor, pois, fazer com que as pessoas imaginem que está distraído ou desatento para surpreendê-las, faz parte do seu treinamento, no qual jogar com habilidade na vida de ladino sempre fez toda diferença, e algo que aprendeu muito bem com o seu tutor Grover Mallory.

SnowFinger esperava inquieto por um combate, ele olhava fixamente para os lados, na esperança  de um “filho de rapariga” tentar uma investida contra o acampamento, de tal forma que franzia o rosto, rangia os dentes e rosnava, pois, em seu pensamento o guerreiro clamava essa fatídica aparição: 

“Aparece safado... Vire homem... Cadê você, cão sarnento do inferno?! Com medo do Marduk?!”

Assim esse sentimento se descobria no olhar do Bárbaro, refletindo no mesmo, o brilho das chamas e na lamina de seu afiado machado.

A arcana observava o local do acampamento com acuidade, ela perscrutava  com olhares atentos os arredores, e examinando possíveis esconderijos, principalmente, caso a mesma precisasse utilizar uma poderosa magica havendo de fato uma emboscada.

O cozinheiro, Rargrunami Hammersheep disse para Delvin com certa infelicidade, sobretudo, sabendo que a sua comida foi tão quista:

- Pequeno, embora o seu estômago seja do tamanho de um gigante, a comida que temos não é para tanto... hehehe Sugiro amanhã caçarmos, pois, uma carne fresca com certeza é bem melhor do que essa coisa que vocês pegam na dispensa da guilda. - O anão entregou o pequeno caldeirão para que o halfling raspasse as sobras.

Rargrunami Hammersheep complementa em alto e bom tom, com o semblante satisfeito do agrado que todos demonstraram pela sua comida:

- Estou satisfeito que tenham gostado da minha gororoba, sobretudo, a Bela Dona... hehehe... - Ele se assenta com uma generosa cumbuca e se fartou de um pouco mais do que separou para uma última refeição, enquanto olhava para os demais com os olhos reluzentes de satisfação.

- Aconselho que descansem o quanto puderem, talvez amanhã possam fazer o mesmo. – Worean estava parcialmente afetado pela informação transmitida por Marina, especialmente, estando ela de dentro da carroça, e ainda assim, ter observado algo do qual ele, em uma posição mais privilegiada, passou de forma despercebida. Desta maneira, Hosborn estava disposto a fazer qualquer um que tentasse impedi-los de seguir viagem naquela missão intervir ao custo de sua própria vida, caso assim ousasse. Ele se recostou na lateral da carroça disposto a dormir até o inicio de seu turno, com as duas lâminas presenteadas pelo seu tutor em punho devidamente sacadas em punho para uma pronta ação.

A arcana olhou para os anões Brinow e Ronnosdur, que chegaram justamente para se servir de um último prato de refeição assegurado por Rargrunami, não deixando de demonstrar pelos dois um notório entusiasmo nas palavras, principalmente, em relação ao que havia sido dito momentos antes enquanto ela observava aos dois em seus afazeres, compartilhando histórias de suas andanças. Desta forma, ela sem hesitar, perguntou a eles de maneira singela.

- A quanto tempo são mercadores, e por aonde viajaram além dessas terras? – Ela parecia afoita e aguarda-los somente para descansar.

Ilustração por Autor Desconhecido.
Runnosdur Blazewinter, anão oriundo
do reino de Blainiel, guerreiro viajante
e guardião de caravanas entre Zarak
e os reinos Não Anões do Norte.
Um tipo sensato, justo e honesto.
Brinow Orklan e Runnosdur Blazewinter sorriram para a bela companheira de viagem assentados ao chão gramado, tendo suas armas (machados) postas ao lado, com cumbucas na mão e prestes a dar uma primeira colherada. Porém, surpresos pela pergunta súbita, que logo, Runnosdur consentiu para que Orklan, o líder da caravana falasse primeiro, sobretudo, além dele ser o mais velho entre os dois:

Brinow raspou a garganta, e, colocou-se a responder a Marina:

- Bom, Bela BlackHeart, acho que tenho um pouco mais de trinta anos de viagens fazendo essa rota comercial que encobre os nossos reinos anões, e os de vocês... Quero dizer, Mégalos, Caithness e Sahud. – Após dizer isso Orklan saboreia uma primeira colherada em seu prato com satisfação. – Embora Mégalos e Caithness se pareçam um pouco entre si, senão muito, e, assim acredito que vocês, não anões, também devam enxergar os nossos reinos, como algo do tipo, ou seja muito similares entre si, é curiosamente distinto entre a sua terra, que fica ao sul das nossas, e a outra, que fica além das nossas e ao norte. Sahud é um lugar diferente em vários aspectos, com uma cultura muito dessemelhante das de vocês, e de uma linguagem própria. – Ele respondeu a Marina com a sua peculiar atenção.

Marina estava compenetrada nas palavras do mercador Orklan, especialmente, quando ele mencionou sobre uma diferença gritante desse reino além das Montanhas de Bronze, com o de Mégalos e de Caithness, ela ansiava em saber mais, mas ela também percebia que ele tinha fome em comer.

O anão Runnosdur tomou a vez da palavra:

- Jovenzinha, eu tenho pelo menos vinte anos de viagens, mas não conheço Sahud, só ouvi falar por meio de meus amigos e conterrâneos. – Assim complementou o anão guerreiro que ganhava a vida fazendo viagens como segurança de caravanas entre Zarak e os demais reinos ao sul. – Já ouvi falar de algumas histórias sobre o povo de Sahud, e de como algumas relações comerciais terminaram muito mal para alguns mercadores de suas terras, simplesmente por desconhecerem alguns modos locais e não saberem se expressar devidamente. – Ponderou o Anão afagando a própria barba enquanto a olhava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário