Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

RPG: Aventuras em Yrth - Bodas de Arcádia - Dia XIII

Dia 04/10/2011, Segunda-feira.
Signo regente: Libra
Estação do ano: Primavera


Ao longo da noite, Vallon e Baronis, com receio de serem acometidos pelos moradores do vilarejo que os hostilizaram em sua chegada ao local, resolvem por revezarem em turnos. E o argoziniano no último turno, antes do amanhecer é surpreendido com uma estranha agitação vinda dos guardas que estão sobre os muros que cercam a vila. Algo que os perturba parece vir do lado de fora.

Vallon consegue ver alguns aldeões agrupados em um grupo de pelo menos trinta a caminhar em direção ao portão principal do vilarejo, que é posteriormente aberto ao soar de fortes pancadas. Ele não consegue observar mais do que os grandes portões serem escancarados, e, uma falação indistinguível ser proferida logo em seguida. Não querendo se intrometer sozinho naquilo, ele acorda Jhon.

Enquanto Vallon tentava explicar a Jhon o que se passava no lugar, um jovem aldeão se aproxima deles para lhes pedir auxílio, pois, ele havia percebido que se tratava de guerreiros em viagem, e, que de alguma forma poderiam prestar algum auxílio naquele momento, contudo, deixou claro a eles que não poderia pagar pelos préstimos.

Jhon e Vallon acordam os demais companheiros, e, juntos se reúnem no centro do vilarejo para buscarem mais informações a respeito do problema. Os aldeões se mostram amedrontados, e alguns deles ainda esquivos em relação a eles, contudo, o grupo consegue saber que se trata de um bando formado por cerca de quarenta orcs aproximadamente que costumam vir ao término do período de colheita para recolherem mantimentos para seu covil - que não fica muito distante do vilarejo -, ou que na falta destes, capturam alguns jovens para fazerem de escravos. Não havendo nada, ou mesmo uma leviana possibilidade de afronto as criaturas, os populares são subjugados por ameaças de morte e destruição pelos orcs. Os mais jovens do Vilarejo de Solemar, e, alguns outros mais velhos confiam na capacidade do grupo, contudo, os demais e a grande maioria, já não se mostram tão interessados na intromissão dos mesmos nesta questão, uma vez que, mesmo que o grupo de guerreiros consiga dar conta das criaturas, a vila ainda terá que enfrentar a hostilidade de outros clãs em função deste ato heroico.

Jhon Irenicus, o arcano, independente da decisão do líder do vilarejo em não aceitar o auxílio deles, decide juntamente com o grupo a comprarem essa briga com os orcs. Todos decidem por participar desta empreitada, exceto Feller, que resolve ficar na vila e esperar por eles.

Antes de partirem no encalço do bando de orcs, Feller empresta a espada de Colliman Solon.

Características da Arma:
Nome: Custodiri Fulmine ou a Resguardado por Relâmpagos
Tipo: Espada de Lâmina Larga
Tamanho: 1,10
Peso: 0,7 Kg
Material: Triandeun (Uma liga de aço composta por dois tipos de altíssima qualidade, e, cristais celestes)
Ataque em BAL: +6
Ataque em GDP: +4
Poderes especiais:
- Convoca um relâmpago (dano: 2d), caso o número de convocação escolhido pelo portador seja o resultante posterior ao ataque;
- Em períodos tempestuosos: o relâmpago convocado adquire um poder superior de ataque (dano: 3d), e uma tonalidade mais reluzente; e,
- Quando o portador estiver em um período de signo de afinidade, os números anterior e posterior ao escolhido por ele também passam a ser de convocação.


O grupo parte seguindo o rastro deixado pelo bando de orcs. Ao longo do caminho Jhon sugere alguns planos que possam colocar em prática antes da chegada deste bando até o covil, contudo, isso logo é descartado quando eles chegam a um desfiladeiro, e, percebem que não muito longe dali está localizado o lugar onde os malditos estão acampados. Local para onde levam o prisioneiro e a comida recolhida como tributo do vilarejo. O arcano usa suas magias de ilusão e levitação sobre Lúcia para que a mesma sobrevoe o antro das criaturas, e verifique o lugar.

Lúcia ao retornar lhes informa que existem três tendas: uma pequena, uma média e uma grande. A pequena, bastante ornamentada com símbolos e objetos aterrorizantes se refere a do xamã; a média, provavelmente, pertence ao líder; enquanto que, a terceira e maior, se refere a um alojamento misto entre os demais membros do covil, e, também dos escravos. Ao todo são cerca de setenta membros, sendo a maioria destes jovens, e um grupo muito pequeno de mais velhos, algo em torno de quinze.

O grupo arquiteta embebedar os orcs, para logo em seguida lhes surpreender com um ataque. Assim sendo, retornam para do vilarejo a procura de material suficiente para colocar o plano em ação: barris e carroças. Os aldeões em sua maioria se mostram receosos em ajuda-los apesar de uma minoria acreditar em suas boas intenções, neste momento Feller que tomou conhecimento do plano, vai ao encontro das lideranças do lugar, e consegue persuadi-los, e com isso, conseguir a carroça e os barris.

Jhon prepara as bebidas nos barris, de gosto duvidoso e extremamente forte, pois, segundo o anão Baronis a estupidez dos orcs não lhes permite distinguir entre o que é bom ou não, ou seja, entre uma deliciosa cerveja e a urina de um cão enfermo. E a elas ainda foi acrescido o veneno conseguido no combate com os homens lagartos dias atrás.

Feller, o ciclope, decide em se juntar ao grupo após relatar a necessidade dele ter ficado no vilarejo para tentar de alguma forma apaziguar o clima entre os aldeões, e evitar problemas maiores.

Retornando as proximidades do acampamento orc, eles colocam o plano em pratica: Vallon passeia feito um comerciante despercebido na trilha que culmina no local onde estão os inimigos, mas, antes mesmo ele possa avistar o lugar, os batedores denunciam a sua chegada, e, tão logo um grupo de criaturas parte em direção dele. Rapidamente, o argoziniano deixa a carroça e a montaria para trás, e parte em fuga na direção contrária, auxiliado pela magia de aceleração lançada por Jhon sobre ele.

Apesar de ligeiro, dois orcs do grupo continuam a seguir Vallon em meio ao desfiladeiro. Baronis percebendo perigo parte em direção ao auxilio do argoziniano. Jhon lança sobre o pequeno guerreiro uma magia que o disfarça, transformando sua aparência na de um lobo. Desta forma, eles conseguem eliminar as duas criaturas que estavam a perseguir o amigo, e, assim retornando com vida para o esconderijo. No lugar ficam reunidos a tramar os passos seguintes. Contudo, com o discorrer do tempo, apesar da aparente satisfação sentida pelos demais orcs que recolheram a carroça com os barris repletos de bebida alcoólica, nada de anormal ocorre no acampamento de seus inimigos.

Jhon, inquieto, procura averiguar o que se passa no covil dos orcs, e para isso, transforma seu corpo em água, fazendo o percurso de maneira invisível pelo córrego que passa por dentro do lugar. Com isso ele descobre mais algumas coisas, sobretudo, quem é o xamã, e, que dentro da grande tenda, gritos de dor e prazer são ouvidos.

No crepúsculo, eles partem para a segunda etapa do plano: invadir o acampamento orc sob o disfarce daqueles que foram mortos pela manhã, como se estes houvessem retornado após lutarem arduamente, e, assim, capturado o carroceiro fugitivo. E estando o grupo uma vez dentro do lugar, poderão assassinar primeiramente o xamã e o líder, criando uma distração crucial, para logo em seguida, atearem fogo no lugar, além de algumas ilusões, e desencadearem uma chacina, antes de libertarem os escravos... Porém, nesse interim surge caminhando em meio ao desfiladeiro um grupo com cerca de trinta homens do vilarejo a qual estavam tentando ajudar munidos com tochas e ferramentas do campo em direção ao acampamento das criaturas. Lúcia que fazia parte do plano original de invasão é designada para ir até o encontro deles, e evitar que sigam com aquela marcha, evitando que estraguem o que foi arquitetado ao longo de todo dia. Feller opta por ficar no alto do desfiladeiro dando cobertura aos companheiros com suas flechas.

Feller abate os batedores com suas flechas. Ao chegarem ao acampamento dos inimigos, logo, o grupo percebe que a bebida foi consumida exclusivamente pelos mais velhos, dentro da tenda do líder.


Ilustração 01: Obada Calunsi, O Orc, Xamã da tribo Calunsi.

O xamã é buscado por alguns mais novos dentro da tenda para que tente averiguar os ferimentos dos “aliados”, contudo, o mesmo está visivelmente embriagado, e, desnorteado. Enquanto isso, Jhoin começa a incitar magicamente chamas sobre as tendas, exceto a grande, onde acredita estarem os prisioneiros. Com esse sinal Feller passa a arremessar suas flechas em chamas da colina em direção as barracas do xamã e do líder.

Jhon aproveita a aglomeração das criaturas para lançar a sua magia de pânico, e, logo em seguida, uma ilusão monstruosa de um xamã orc a levitar o xamã daquele clã.

Instaurado o clima de caos no acampamento orc, Vallon e Baronis partem para dentro de tenda do líder para rechaçar primeiramente todos os mais velhos, o que o fazem com extrema facilidade em função do estado debilitado proporcionado pelo excesso de bebida alcóolica, para logo em seguida, percorrerem o restante do lugar para a pilhagem dos demais. Vallon toma conhecimento do quão mortífera é a espada que pertenceu a Solon.


Ilustração 02: A espada Custodiri Fulmine de Solon.

Lúcia desiste de conter a multidão de homens oriundos da vila que vieram em auxilio aos guerreiros, e, cujos nervos já estavam exaltados, sobretudo, observando gritos e incêndio nas proximidades. A halfling se aproveita da confusão para saquear o acampamento, e os mutilados ao chão, que por ventura, ela adota uma postura sanguinolenta, ao infligir um último golpe para lhes concretizar a morta.

Jhon levita o xamã ao máximo a fim de lhe proporcionar uma queda mortal. Contudo, todas as magias utilizadas ao longo deste interim o deixaram extremamente fadigado, e, sangrando.

Vallon deixa Baronis a liquidar felizmente os orcs que encontra pelo caminho, enquanto ele adentra a grande tenda para libertar aqueles que estavam sendo mantidos cativos. Os libertos agradecem e saem apressadamente daquele lugar a ser consumido pelas chamas que já se espalhavam pelo lugar em pequenos focos.

O grupo de homens se ajunta aos guerreiros para liquidar de vez todos os remanescentes orcs: jovens, mulheres e crianças.

O covil orc foi todo consumido em chamas, e ao centro dele, Vallon, Baronis e alguns homens pilharam os cadáveres dos inimigos e atearam fogo.

Lúcia e Jhon deixam o acampamento antes de verem Vallon e Baronis concluir o serviço. Com eles também seguem os demais homens.


Ilustração 03: Tarta Calunsi, Meia-Orc, Guerreira e filha do líder da tribo Calunsi.

Vallon e Baronis encontram ainda um último empecilho antes de deixarem aquele cemitério em chamas: uma orca enfurecida. Com essa criatura ainda travam uma última e feroz batalha. Contudo, apesar da ferocidade e habilidade da criatura, a mesma não é párea para os dois guerreiros.

Com o tempo eles se encontram no alto do desfiladeiro, e partem em regresso ao vilarejo, juntamente com os demais.

No local eles são recepcionados com muita alegria, pedidos de desculpas e gratidão por aqueles a quem conseguirem resgatar do covil das criaturas. Ainda assim, uma minoria formada por aldeões mais velhos nutria certo receio quanto a possíveis ataques futuros de outras tribos Orcs que habitavam as proximidades da vila, todavia, a grande maioria não conseguia conter o contentamento de rever seus parentes desaparecidos, que foram capturados, que sofreram perversamente como escravos nas mãos daquelas criaturas, e que agora, estão livres em sua companhia.

Um banquete é preparado com fartura para recepcionar todos aqueles que haviam sido capturados, e também, para consagrar o grupo de heróis por tão bravo e generoso ato.

Quase todos os homens e mulheres que foram capturados pelos Orcs pertenciam ao vilarejo de Solemar, com exceção de uma jovem Elfa, de bela aparência, dotada de uma voz melodiosa, e, demasiadamente retraída. Lúcia a percebeu em meio aquela multidão, sobretudo, quando verificou que os libertos já estavam todos próximos aos seus familiares, e, quanto a ela, estava isolada, olhando de maneira amedrontada para os lados. A halfling a acolheu e a trouxe para próximo do acampamento do grupo, a apresentando primeiramente, a Feller, que estava a alimentar Simão, o corcel de batalha, e, que percebendo que a jovem estava com fome, deu-lhe de comer.


Feller, o ciclope, ao perceber que as festividades estavam a acontecer na praça do vilarejo, resolveu por trazer a jovem Elfa com ele para próximo das demais pessoas, e tendo ele conversado pouquíssimo com ela, pode perceber que a mesma sofria de uma terrível enfermidade, pois, desconhecia a sua origem e até mesmo o seu nome. Ele logo tratou de dar a ela uma alcunha temporária, e a chamou de Tullar, que em sua língua natal significa “Encanto Gentil”.

Ilustração 04: "Tullar", A Elfa que desconhece suas origens e que por gratidão quer seguir com os aventureiros por terem a resgatado do cativeiro orc.

A presença de Tullar junto ao grupo de aventureiros trouxe a Jhon Irenicus e também a Vallon um relevante desconforto, sobretudo, para o mago. O fato de a jovem ter atraído a atenção dos demais companheiros, e em partes a de alguns cidadãos do lugar, fez com que a comemoração perdesse todo o sentido para ele, preferindo o mesmo se retirar. Esse desconforto da parte de alguns se tornaria ainda pior no dia seguinte, com o interesse dela seguir junto deles, dispondo seus poderes mágicos em favor de todos.


Vallon com suas histórias e a sua presença carismática, logo, se vê cercado de homens e mulheres a beberem, demasiadamente felizes pelo glorioso feito, e também pela bebida alcoólica. Não tarda para que ele perceba um convite insinuado de uma rapariga que estava a fita-lo para bem logo ficarem a sós e mais a vontade. Ele rapidamente trata de arrumar uma maneira de se livrar de seus ouvintes, e partir em busca da jovem que está a espera-lo próximo ao moinho.

Ilustração 05: Uma cidadã da Vila Solemar a presentear com prazer o bravo herói, Vallon.

O argoziniano e a jovem Mirelly começam a se beijar, e, logo, essas carícias se tornam mais envolventes e quentes. Eles partem para baixo da estrutura do moinho – um local seguro, e por ser próximo a roda d’água é barulhento o suficiente para não serem notados -, onde tudo pode ocorrer de forma deliberada e sem pudores. Contudo, estando os dois nus, e tomados de êxtase, Vallon se surpreende enquanto se põem a admirar aquele corpo feminino (jovem e maduro), a face de sua filha, Valliant... A situação lhe causa um colapso nervoso que o desvirtua de tudo aquilo. A companheira fica frustrada com a situação, mas tenta ser cautelosa e consolar o herói, enquanto se veste novamente acreditando não ter mais nada a ser desfrutado. Ambos deixam o lugar rapidamente, e, inconsoláveis.

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