Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

RPG: Aventuras em Yrth - Bodas de Arcádia - Dia XIV

Dia 05/10/2011, Terça-feira.
Signo regente: Libra
Estação do ano: Primavera


Discursões acaloradas entre Jhon, Vallon, Tullar e Lúcia se iniciaram explosivamente desde o amanhecer quanto o ingresso da jovem elfa ao grupo. As relações ficaram estremecidas entre alguns, sobretudo, do mago com a jovem elfa.

Baronis, o anão, e Feller, o valériu, tentaram se isentar deste debate, uma vez que, no entendimento deles, eles ainda eram recém-chegados ao grupo, logo, esse tipo de opinião não lhes competia. Contudo, pelo guerreiro de Zarak, que teve uma boa impressão da jovem na noite anterior ao vê-la cantar, e, sabendo que a mesma detém poderes de cura, o mesmo não faria objeção quanto à presença dela junto a eles em um primeiro momento, apesar de que o fato da elfa desconhecer o próprio passado lhe causasse algum desconforto quanto à confiança, que diga se de passagem, em se tratando de questões raciais entre os dois, é algo totalmente questionável. Para o ciclope, o conhecimento que tem quanto aos elfos se deve ao bom relacionamento de sua tribo com os que habitam as Montanhas de Bronze, portanto, pode ser dado um crédito a jovem Tullar, no entanto, o que mais lhe chama a atenção é que ela parece alguém desorientada e enferma, e o fato dela desconhecer seu passado, também lhe traz um desconforto tal como os demais.

A poucas horas do anoitecer, Feller percebe ao longe no horizonte sinais que indicam a existência de alguma vila ou cidade, contudo, os demais do grupo estão a dialoga, e, também a discutir a relação, sobretudo, o mago, o argoziniano, a halfling e a elfa.

Percebendo que a conversa toma um rumo mais ameno e amistoso, Tullar se ver inclinada a tentar por mais uma vez estreitar os laços entre ela e Jhon, e, para isso, a jovem elfa usa de seu poder para regenerar o braço dele - sem que o mesmo tenha solicitado. Todos ficam vislumbrados quando ao correr da mão dela sobre o lado disforme do mago surgem miríades de luzes claras se acumulando em movimento circular dando uma forma translúcida de parte de um braço, porém, antes que ela chegue à altura da mão, algo inesperado ocorre, um poderoso lampejo.

Essa rajada de luz faz com que Jhon fique temporariamente cego e desnorteado. Em função do grande consumo de energia necessário para realizar está magia, e elfa também se vê debilitada. O Mago confuso caminha vacilante e acaba se lançando sobre a Tullar, e, os dois caem ao chão, e, tão logo são ajudados pelos companheiros. Recuperados do efeito desastroso da magia, Jhon pragueja ao longo do caminho pela iniciativa da jovem, e ainda mais, pelo resultado que além de não ter sido satisfatório, deixou-o com o seu pequeno pedaço de braço formigante. A elfa fica inconformada pela falha e pela natureza precária das forças mágicas naquele lugar, no entanto, Lúcia a consola.

Ao anoitecer eles chegam à cidade Oakwood. No lugar, eles buscam por estadia em uma boa hospedaria, uma refeição suculenta, e, também o calor de uma taberna, sobretudo, o boêmio anão Baronis.

Na Hospedaria, antes que todos tomem as ruas, Vallon e Jhon os convocam para uma conversa rápida a despeito do rumo da jornada. O Argoziniano acredita no poder dos sonhos que os colocaram juntos, contudo, tem como pretensão retornar as suas terras, principalmente, para rever a sua amada filha, Valliant. Jhon Irenicus, por sua vez, não deposita tamanha fé nos sonhos, não crê na possibilidade de destino, e ainda mais, de que a sua vida esteja sendo conduzida a passos premeditados por uma força maior desconhecida que lhe transmite uma falsa sensação de livre arbítrio. O mago teme em se manter naquele continente, especialmente, em função de pessoas ligadas a seu passado e a fatos recentes que podem trazê-las à tona, por tal motivo, percebe na amizade estabelecida com o combatente oriundo das terras hiborianas a possibilidade de partir para um lugar distante de todos estes riscos. Feller, Baronis e Lúcia compreendem a importância de premonições por meio de sonhos, acreditam na possibilidade de destino, e, quanto a isso, se mostram aptos a seguirem.

Em função da beleza da jovem Tullar, Jhon Irenicus aconselha que a mesma não vá com os demais até a taverna, pois, a sua aparência despertaria a atenção de seres inconvenientes, e, que de alguma forma acabaria por atrair algum problema. A mesma concorda em permanecer na hospedaria na companhia dele e de Vallon. Lúcia também acha sensato que ela não vá, pois, além de muito bela, ela também não tinha nenhuma outra roupa a não ser a que trazia ao corpo, cujo aspecto estava deplorável (amarrotada, imunda de poeira e manchas de sangue).

Para a taberna Bufar dos Touros - a mais animada da cidade -, seguem Baronis, Feller e Lúcia. O anão ao chegar, logo procura por algum outro de sua espécie, ou mesmo gnomos, e não demora muito para perceber uma mesa afortunada de primos a jogarem cartas e a beber cerveja, pela animação, ele nota que com um pouco de boemia não terá problema em se entrosar e conseguir a camaradagem do pequeno grupo, e, assim o faz com êxito.

O valériu e a halfling pedem uma refeição farta acompanhada de suco de frutas, algo para saciar a fome e manter a pequenina feliz e atenta o suficiente as histórias daquele gigante de um olho só, que na ocasião conversam sobre a cultura dos sonhos e presságios em sua tribo. Curiosa e faladeira, ela acrescenta também com um pouco de seu crédulo cristão a importância dessas mensagens durante o sono, e que se for da vontade de seu Deus, ela também ajudará a Vallon retornar para junto de sua filha. Nesse momento ela se emociona pelo sentimento de saudade e preocupação do argoziniano, e desapercebidamente, deixa correr uma lágrima lembrando-se de sua família, sobretudo, de seu pai e o quanto ele a amava. Feita a refeição, os dois retornam para hospedaria levando uma vasilha com refeição para elfa - mas, suficiente para alimentar até três no pensamento do ciclope.

Baronis segue em sua curta saga junto ao grupo de gnomos, e com um pouco de artimanha, o anão consegue se sair bem com os companheiros de jogo. O dinheiro que ele ganha é o suficiente para pagar uma boa refeição e um pernoite luxuriante na companhia da taberneira mais suculenta daquele lugar.

Lúcia chega ao quarto de Jhon e Vallon no momento de impedir que Tullar fosse colocada em uma situação constrangedora... A halfling fica possessa com os relatos da elfa, e principalmente, com a atitude infantil dos dois companheiros, que abusam da confiança daquela criatura crédula e lamentável; O mago e o argoziniano não conversam muito, e, logo, ao verem a comida nas mãos da pequena companheira se lembram de ir a taverna para se alimentarem.

Na taberna Berros de Canecas – que fica próxima a hospedaria -, Jhon e Vallon conversam mais uma vez sobre os rumos da aventura, a presença da elfa no grupo, e, sobre a lealdade dos dois. O desconforto no pedaço do braço do mago torna-se ameno à medida que bebe mais, logo, em função dos muitos acontecimentos, ele se vê a beber mais e mais. Os dois companheiros deixam o lugar embriagados, mas não o suficiente para errarem o caminho do local onde iriam repousar por aquela noite.

Vallon preocupado com a saúde do companheiro - que não para de se coçar -, resolve chamar pela elfa no quarto onde ela dorme na companhia de Lúcia. Ambas se levantam e vão até o quarto verificar o que os bêbados estão a reclamar. No lugar, as duas são surpreendidas com um mau cheiro horrível consequente pela ingestão em demasia de bebida alcoólica. O mago é arisco, e tenta ele mesmo se curar, contudo, não consegue. Tullar, apesar do problema causado, ver nisso a oportunidade de consertar o seu erro, no entanto, também falha. O argoziniano vai tentar fazer primeiros socorros, porém, a halfling o impede percebendo o quão ele está alterado, assim, ela mesma toma a iniciativa, e dá as suas recomendações.

A noite passa tranquilamente, porém, Lúcia dorme mal preocupada com o estado de saúde de Jhon. Durante a noite ela se levanta para vê-lo, mas, não força a sua entrada ao perceber que a porta esta trancada com a barra de madeira, além da trinca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário