Bem-Vindo Errante Viajante

Do Olimpo trago a almejada chama, da qual sugiro dançarmos embriagados a sua volta, e quando assim for, sujiro arriscar tocá-la, pois, felizes os que dela se queimarem.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

RPG: Aventuras em Yrth - Em busca de Pako - O Himbetsu

O Império da Eterna Guerra


Trata-se de uma casta de guerreiros implacáveis, essencialmente, mestres em seus respectivos estilos marciais. Seres que abdicaram de seus serviços ora prestados a um senhor feudal, ora a uma coroa, e, que decidiram após eventos circunstanciais que permeiam o seu crédulo, a seguirem uma via sem volta para a constituição de um tesouro superior, o de suas próprias vidas. Para tanto, eles consagraram suas habilidades e talentos em pró de uma idolatria incomum ao próprio ego, pois, de fato, o que almejam é tornarem-se lendas imortais, e, para isto, eles acataram viver sobre um código de conduta mortal que não lhes permitem evadir-se jamais em uma batalha quando desafiados.

História

Reza a lenda que no primórdio, após o evento do grande cataclisma em Ytarria, muitos deuses se confrontaram para assegurarem seu status perante seus adeptos, e uma maneira de fazê-lo eficazmente foi elegendo dentre estes os seus avatares. As divindades que representavam aspectos como a caça, a guerra, a justiça e o caos, trataram por escolherem seus Campeões – assim elas preferiam se referir a estes fiéis eleitos -, e sobre eles talharam signos espirituais capazes de distingui-los dentre os demais, além de provê-los com poderes divinos.

Em um dado período de paz, houve um banquete entre estas deidades mais propensas ao confronto direto. Nesta dada ocasião, elas estabeleceram um acordo mortal para seus eleitos, sobre o pretexto da aquisição da imortalidade e de poderes divinos jamais concebidos a alguém, desde que, estes zelassem por suas vidas e pela fé, por meio da supremacia de seus talentos nos confrontos a ocorrerem entre os demais campeões que por ventura viessem a encontrar pelo caminho, e, cujo, o desafio fosse feito.

Desta forma, os deuses deixaram de se digladiarem abertamente, atribuindo aos seus escolhidos à maneira mais fácil de destruir um deus, isto é, destituindo o pilar central de sua fé: semeando a confusão e a descrença dos seus adeptos por meio da queda daqueles que melhor lhes representam no mundo, os seus campeões (avatares).

Devido a essa natureza conflituosa dos guerreiros abençoados, e sedentos por mais poder, que integram essa divisão, eles ficaram conhecidos pela maioria dos povos do continente como o Império da Eterna Guerra, e, para o povo de Sahud, como O Himbetsu.

Um Campeão, Avatar, Arauto, Nárniun ou Herarudo.

Para um guerreiro se tornar um Campeão, e, assim, um membro do Império, é necessário que ele se destaque perante os olhos da divindade a qual consagra as suas proezas; Uma vez ganhada à atenção do deus a quem venera, geralmente, este ser de grande poder tende antes de conceber a sua dádiva um último desafio, e este derradeiro obstáculo pode ser apresentado de varias maneiras, tais como: a busca por um artefato perdido, um combate com temíveis criaturas, ou mesmo, um duelo com outros asseclas da divindade de semelhantes capacidades.

O Campeão segue um código de conduta mortal – O Signo Olímpico -, que faz dele um errante em busca de outros guerreiros consagrados por divindades opositoras a sua. E por agora deter um elo direto com o seu deus, o que lhe faz um prodigioso ser caminhante entre os mortais, e dentre os demais religiosos a responsabilidade de não desapontá-los, ele dificilmente se deterá a servir com o mesmo zelo a um lorde ou a uma nação, salvo, se está última for devota de sua divindade, pois, isso tende a afetar diretamente e positivamente na sua relação com o sagrado.

Existe uma espécie de magnetismo sobrenatural que sempre aproximará dois campeões, e isso independe do local em que estejam, pois, os deuses conspiram favoravelmente para que esse evento mortal, egocêntrico e religioso aconteça. Em um campo de batalha, é fato que cedo ou tarde, os mesmos se encontrem, pois, é trata-se de um dever involuntário que os rege, e faça com que um vá ao encontro do outro. E eles sempre se reconheceram, mesmo que nunca tenham se visto, pois, a insígnia espiritual permitira isso.

O Desafio

Está é a lei máxima entre dois Campeões do Império da Eterna Guerra de distintas divindades. Um dever divino que os coloca frente à frente para um combate mortal, onde valores além da carne e da alma estão em jogo.

O desafio entre dois Campeões consiste em desafiar diretamente para um combate.

O Código do Signo Olímpico: Os 10 passos para ascensão

01 - O Desafio entre dois campeões deve ser pronunciado abertamente;
02 - Um desafio não poder ser negado, contudo, no caso de períodos sacros que envolvam uma das duas deidades, ele pode ser procrastinado até que se finde;
03 - O combate somente termina quando um dos campeões é morto;
04 - A vitória deve ser consagrada a divindade a qual o vitorioso serve para ser digno de todas as benesses (*);
05 - Estes confrontos não ocorrem dentro de templos ou locais consagrados a uma divindade (*);
06 - Somente dois combatentes podem se enfrentar por vez;
07 - No combate não pode haver nenhum tipo de intervenção externa;
08 - Não existem alianças entre campeões;
09 - Um campeão somente pode lutar uma vez por dia;
10 - Uma divindade que teve um campeão abatido não pode desafiar o campeão daquela que a venceu pelo período de um ano (*);

(*) Ver sobre Ascendente Adjuvante (Kametsu)

Benesses dos Vitoriosos, Soul Deep Divitiae ou Souhudīpu Tomi:

+1 ao Nível de Habilidade a perícia principal;
+Pontos de Vida Extra do campeão derrotado;
+1 ano de longevidade para cada ponto de vida extra do campeão derrotado;
+1 Técnica de Combate ou Habilidade Especial (Vantagem) do campeão derrotado.

Um Destituído, Caído, Vazio, Morpérfido ou Sôha

São todos os campeões que ao término do combate reconheceram a superioridade de seu oponente, e, que, fatalmente, foram tomados por um lapso de profunda desesperança, tolice, ou mesmo, insanidade, e, assim, proclamaram algum tipo de injuria para com a sua divindade, ou a menosprezaram diante daquela que a venceu. Quando isso ocorre, o derrotado é sentenciado a destruição de sua alma e ao esquecimento, algo inverso pelo que sempre lutou arduamente.

Ascendente Adjuvante (Kametsu)

Está é a alcunha pela qual é denominado um ser que não pertence ao Império da Eterna Guerra, mas, que suas capacidades e talentos foram suficientes para derrotar o Campeão de uma divindade.

A esse ser é oferecida no momento da morte do campeão a possibilidade de adentrar a casta do Império, e receber as Benesses dos Vitoriosos que caberia a um campeão normal, isto como forma de reconhecimento dos demais deuses que se opõem a divindade que foi derrotada.

Após esse evento, este ser poderá ser procurado por algumas das divindades que se opõem aquela a qual derrotou para fazê-lo dele o seu campeão; No entanto, caso o mesmo recuse a proposta dos deuses, não haverá nenhuma outra Benesse dos Vitoriosos.

Contudo, quanto a este último ponto que trata sobre as futuras recompensas adquiridas após a morte de um campeão pela espada de um guerreiro desprovido de uma benção divina, paira uma controvérsia, pois, é do conhecimento de alguns grandes guerreiros uma citação, a qual a atribuição original se perdeu com passar dos anos, mas que acreditam ter sido proferida por um deus trapaceiro, e que diz:

Consagro a alma deste honorável campeão ao único ser a quem reconheço como
O Senhor de minhas bênçãos,
O Senhor de minhas maldições, e,
O Senhor de meu destino,
Eu, (nome)!
Aquele a quem as estrelas no céu não podem negar teu brilho;
Aquele que o chão sobre o qual caminha estremece ao peso de seu valor; e,
Aquele cujo vento a de semear seus inefáveis feitos aos quatro cantos!


Esta passagem denominada de Weihe mich, mein Gott, que é conhecida entre os deuses, e guerreiros tradicionais do Império, como uma blasfêmia, pois, coloca o guerreiro ao patamar dos deuses, contudo, é o que possibilita o ingresso desses campeões sem deuses a este seleto grupo.

Em relação ao Código do Signo Olímpico, estes guerreiros evitam desafiar o quinto item, pois, no caso do envolvimento deles em um desafio, há relatos de divindades que interviram de maneira sutil em favor de seus Campeões. Eles também desconhecem a legitimidade do décimo item, e, assim, é reciprocamente para os deuses quando desafiados por estes por meio de seus Campeões.

Por fim, apesar de serem tratados como uma desonrosa estirpe pela lenda, estes guerreiros são os que melhor definem o atual significado dos que pertencem ao Himbetsu, pois, já não há mais uma competição pela supremacia de uma divindade, contudo, uma batalha de egos. E quanto a isso, há impressionantes relatos de guerreiros que afrontaram mortalmente os deuses a quem serviam, e alguns poucos destes, inclusive, tiveram êxito em seu propósito letífero e megalomaníaco.

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